Lisboa
Dinheiro do sexo sob investigação
Procurador Rosário Teixeira segue rasto dos milhares nas contas de Michael Barbosa, o que levará a todas as ligações do chefe da rede de alterne
- 3h00 Correio da Manhã 2010 11 11
As elevadas quantidades de dinheiro que a polícia encontrou em contas de Michael Barbosa, o cabecilha da rede de exploração das prostitutas que serviam, entre outros, alguns políticos e juízes na zona de Lisboa, estão a ser investigadas por Rosário Teixeira, procurador do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, pelo crime de branqueamento de capitais, entre outros. Apurar a origem desse dinheiro, soube o CM, será importante para saber se clientes VIP eram vítimas de extorsão.
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Seguir o rasto do dinheiro de Michael Barbosa, criminoso que vivia perto do El Corte Inglés no mesmo luxuoso condomínio do que Isabel dos Santos, filha do presidente de Angola, e que entretanto foi preso pela Judiciária por ter morto o próprio pai (ver apoios), pode levar os investigadores a muitas das suas ligações.
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Barbosa é a personagem central de um processo que também envolve um jornalista da RTP, Carlos Pinota, por gerir dois sites de prostituição – um deles é o Momentos de Prazer – e promover encontros sexuais entre mulheres e clientes VIP. No que diz respeito ao primeiro, recaem sobre ele fortes indícios de crimes como associação criminosa – chefiava uma rede que explorava travestis e prostitutas na zona do Conde Redondo.
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Michael Barbosa tinha a trabalhar para si gente que geria os mais de cinco apartamentos para onde os clientes eram levados – e caiu na investigação da PSP, coordenada pela Unidade Especial de Combate ao Crime Violento do DIAP, por causa do site da internet T Gatas, que promove muitos dos travestis que se prostituem diariamente nas ruas da zona do Conde Redondo.
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O site continua activo, tal como o Momentos de Prazer – que anuncia exclusivamente a prostituição feminina –, gerido pelo jornalista Carlos Pinota e pelo sócio Miguel M. Também as contas bancárias destes dois estarão a ser passadas a pente fino, além dos 21 computadores apreendidos neste processo. Dois deles são de Carlos Pinota.
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