Branqueamento atinge advogados
A mansão de João Rendeiro na Quinta Patino, em Cascais, é um dos principais alvos das buscas que visam obter provas para recuperar património do BPP e dos seus ex-administradores e declará-los perdidos a favor do Estado. A mansão, avaliada em vários milhões de euros, bem como outros bens imobiliários do ex-banqueiro que se encontram na posse de empresas instaladas em paraísos fiscais, foram visitados pelos investigadores do processo, que é da 9ª secção do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP).
- 0h30 Correio da Manhã 2010 11 13
Coadjuvados por inspectores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ, os magistrados não conseguiram ainda arrestar a casa de João Rendeiro. Esse passo pode no entanto ser concretizado nas próximas semanas, depois de analisada a documentação recolhida nas buscas. O fundamental está agora na análise do papel que tiveram os advogados envolvidos com os arguidos. Um deles foi alvo de buscas, e é provável que outros advogados venham a ser investigados por envolvimento na dissipação do património de João Rendeiro, Paulo Guichard e Salvador Fezas Vital.
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As procurações emitidas pelos arguidos e outros documentos apreendidos desenham uma intervenção dos advogados que pode estar para lá do foro profissional, e não é de descartar a possibilidade de virem a ser constituídos novos arguidos por branqueamento de capitais. As diligências dos investigadores devem inclusive continuar nos próximos dias.
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DUQUE PROIBIDO DE SAIR DO PAÍS
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O vereador da Câmara de Sintra e dirigente da SAD do Sporting Luís Duque foi ontem ouvido no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, por suspeitas de corrupção num processo relacionado com o BPN.
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Duque ficou proibido de contactar os arguidos Carlos Marques, Nelson Rego, João Sardinheiro, Diamantino Morais e Teresa Cantanhede e também de se ausentar do País. Ficou ainda sujeito a Termo de Identidade e Residência.
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