Dia a dia
O antigo patrão do caso BPN Oliveira e Costa saiu ontem de prisão domiciliária e passa a gozar de liberdade parcial de movimentos. Tem de apresentar-se ao tribunal uma vez por semana e não pode sair do País. Para os mais cépticos sobre o funcionamento da Justiça, este é um sinal de que o chamado ‘caso BPN’ não vai dar em nada.
- 0h30 2010 11 11 - Correio da Manhã
O caso BPN, contudo, já vem dar qualquer coisa em matéria de censura penal, política e social. O caso BPN é hoje uma galáxia constituída por 17 inquéritos e o maior contributo que deu foi, desde logo, o seu próprio estoiro e a revelação de uma gigantesca rede de cumplicidades e influências no sistema político que explica uma parte da tragédia que vivemos.
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Não chega, obviamente, para reparar os males produzidos, de forma consciente e reiterada pela maior parte dos figurões que constavam dos órgãos sociais, mas foi um passo em frente. E foi um passo em frente a que a equipa coordenada pelo magistrado Rosário Teixeira tem dado excelente resposta. Basta ler a acusação produzida no primeiro processo e analisar o aturadíssimo trabalho que ela reflecte para chegar a essa conclusão. Basta olhar para aquele trabalho, feito quase numa lógica de carolice, para concluir que o apoio de quem trabalha a sério na Justiça é um dos poucos caminhos que temos para sair do actual pântano.
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