A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

quinta-feira, dezembro 03, 2009

e.conomia 2009.12.02

 Os "bancos demasiado grandes" estão cada vez maiores
2 Dezembro 2009

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Apesar dos repetidos discursos em defesa de uma reestruturação do sistema financeiro que evite novas crises, a realidade é que um dos principais problemas identificados – o de haver bancos demasiado grandes para poderem falir – parece ainda ter-se agravado mais, como noticia hoje a Bloomberg.
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Guerra comercial já é imparável
Michael Pettis, num artigo de opinião no FT, alerta que a recente decisão do Vietnam de desvalorizar a sua divisa constitui um sinal claro de que “o movimento na direcção de um conflito comercial global já pode ser imparável”. O economista, professor na Universidade de Pequim, destaca as semelhanças entre os desenvolvimentos mais recentes e aquilo que aconteceu durante a Grande Depressão dos anos 30.
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Krugman preocupado com regresso à recessão
Paul Krugman escreve no seu blogue que “as probabilidades de uma recaída para a recessão parecem estar a subir”. O economista defende que nos EUA, a recuperação do PIB se deve principalmente às medidas de estímulo temporárias e assinala que os outros indicadores não dão grandes esperanças de assegurarem uma retoma sustentável.
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Até quando é que o preço do ouro vai continuar a subir?
O ouro continua a bater recordes nos mercados internacionais, numa tendência que parece, para já, ser imparável. A Reuters analisa a questão e pergunta a vários analistas até quando é que isto poderá durar.
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“Prós e prós” ou o debate económico em Portugal
João Rodrigues e Vítor Neves, no blogue Ladrões de Bicicletas, assinalam a inexistência de verdadeiro debate no programa “Prós e Contras” emitido na passada segunda-feira na RTP. O tema era a crise económica e os seis economistas presentes estiveram sempre de acordo. Um feito notável: num programa que se diz de debate, conseguir juntar seis economistas que pensam exactamente o mesmo sobre uma crise tão complexa com a actual.
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— e.conomia.info
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(Newsletter nº111 | 02 DEZ | 2009)
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[versão PDF]
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Será que queremos combater a desigualdade salarial com mais progressividade no IRS?
2 Dezembro 2009

[Paper] “Taxation of Human Capital and Wage Inequality: A Cross-Country Analysisl”

[Autores] Fatih Guvenen, Burhanettin Kuruscu e Serdar Ozkan

[Publicação] IFS, Novembro 2009

[Classificação JEL]

[Palavras Chave] Wage Inequality, Human Capital, Skill-Biased Technical Change, Tax Policies

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Os três economistas do Institute for Fiscal Studies partem da comparação entre os EUA e seis países europeus, e do facto da desigualdade salarial ter aumentado do lado de lá do Atlântico desde 1970, enquanto registou variações marginais nestes países. Estudam qual o contributo da progressividade do imposto sobre o rendimento do trabalho nesta evolução e concluem que o impacto é forte. A progressividade pode explicar até 50% da diferença de desigualdade entre os EUA e a Europa. A lógica é a de que a maior progressividade do imposto comprime os salários após impostos, criando assim um desincentivo a que os indivíduos invistam em formação o que, por sua vez, reduz também a desigualdade salarial antes de impostos. O problema, avisam é que a redução da desigualdade acaba por ser garantida à custa de menor crescimento.
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[Artigo] Os EUA são um dos países do mundo ocidental com maior desigualdade salarial. Esta distinção foi conquistada com um aumento progressivo das diferenças salariais desde os anos 70. Já na Europa (os autores consideram seis países: Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Holanda e Suécia) registaram-se apenas variações ligeiras (os autores consideram seis países: Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Holanda e Suécia)
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[Abordagem] Analisam a evolução salarial desde os anos 70 nos sete países e analisam a relação entre a progressividade do imposto e a desigualdade salarial. Criam depois um modelo de ciclo de vida no qual os indivíduos decidem se vão trabalhar, estudar ou se permanecem desempregados, e onde a desigualdade surge pela diferença na capacidade de aprendizagem dos indivíduos e por choques idiossincráticos
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[Conclusões] Os países com maior progressividade nos impostos têm menor desigualdade salarial antes de impostos e registam menores aumentos de desigualdade ao longo do tempo. No entanto isso tem um preço, escrevem: “Os resultados ilustram como as políticas publicas podem influenciar de forma forte a resposta de uma economia à evolução tecnológica ao distorcer os incentivos dos indivíduos em investir em capital humano, o que mantém a desigualdade baixa, mas à custa de menor produto agregado”. Os impactos são especialmente fortes para os escalões de rendimento mais elevado.
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[Comentário] O resultado chama a atenção para as consequências da aplicação da política fiscal como instrumento de longo prazo no combate às desigualdades. Pode assim fundamentar a importância de combater a desigualdade através de um conjunto de políticas mais abrangentes. Os resultados são, contudo, conseguidos a partir de uma modelização muito simples da forma como os mercados de trabalho funcionam.
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— e.conomia.info

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