A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

sexta-feira, abril 30, 2010

Renovação da carta obrigatória aos 50 anos ainda desconhecida por muitos automobilistas



Lei é de 2005
Público - 29.04.2010 - 17:41 Por Lusa


Nas estradas portuguesas ainda há quem guie ilegalmente, supondo o contrário, por desconhecimento de uma lei já de 2005 que passou a exigir renovação das cartas de condução aos 50 anos. Anteriormente, a primeira renovação era exigida aos 65 anos de idade.
Os condutores têm uma tolerância de dois anos para se proceder à 
revalidação 
Os condutores têm uma tolerância de dois anos para se proceder à revalidação (Paulo Ricca)

"Temos detectado, de facto, algumas situações", admitiu hoje à Lusa uma fonte da GNR, explicando que as polícias não podem deixar de autuar mesmo quando se percebe que a infracção se ficou a dever ao exclusivo desconhecimento da lei.

"Considero que a lei precisava de ser melhor publicitada", afirmou, por seu lado, o advogado Alberto Martins Dalte, que quarta-feira conseguiu a absolvição, no tribunal da Maia, do seu cliente Júlio Pena, um dos automobilistas que se confessou surpreendido por esta alteração legislativa.

Júlio Pena tinha uma carta de condução válida até 2023, data que, conforme explicou, foi mantida em 2006 quando pediu uma segunda via, por ter perdido os documentos.

"A lei em questão, embora produzisse efeitos em 2008, foi publicada em 2005. Portanto, a validade da carta já devia estar corrigida para 2008, mas manteve-se em 2023", disse o condutor.

"Como então desconhecia a lei, estava convicto de que poderia conduzir até 2023 com aquela carta", acrescentou.

Em 17 de Novembro de 2007, o Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT), sucessor da Direcção-Geral de Viação, garantiu ao Diário de Notícias que o organismo iria enviar cartas de aviso a todos os condutores que, na sequência da nova lei, viram antecipada a idade de renovação da carta.

No entanto, fonte não oficial da estrutura regional do Norte do IMTT garantiu à Lusa que o processo foi interrompido, tendo em conta a quantidade de condutores a notificar.

Os serviços centrais do IMTT, que todas semanas divulgam o número de cartas de condução requeridas e expedidas, não conseguiram fornecer à Lusa, em tempo útil, dados sobre a renovação de cartas por condutores que completaram 50 anos ou que ultrapassaram essa idade sem o fazer.

A lei que ainda está a apanhar desprevenidos muitos condutores, apesar de publicada em 2005 e aplicada três anos depois, obriga a uma primeira renovação das cartas de condução aos 50 anos de idade.

Os condutores têm uma tolerância de dois anos para se proceder à revalidação. Esgotado esse prazo, a lei impõe a submissão do condutor a novo exame prático de condução.

A legislação obriga também a uma segunda renovação da carta aos 60 anos de idade e mantém as revalidações dos 65 e dos 70 anos, bem como a obrigatoriamente de renovação de dois em dois anos para pessoas com 72 anos ou mais.

Contactado pela Lusa, o presidente da Via Azul - Associação Nacional dos Técnicos Examinadores de Condução Automóvel, José Bernardino, desvalorizou a falta de informação dos condutores quanto à lei que os obriga a revalidarem a carta de condução aos 50 anos.

Reconhecendo vantagens na antecipação em 15 anos da renovação de carta, considerou que o processo "peca por insuficiente", por se exigir "apenas" um atestado médico, além da tramitação burocrática.

"É bom que se exija mais cedo uma comprovação da sanidade mental e aptidão física, através do atestado médico, mas é insuficiente", frisou.

"Se obrigassem os condutores a fazerem uma formação, começava-se a incutir o hábito de formação contínua dos condutores", acrescentou.
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PCP contra medidas do Governo


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Obras públicas
 PCP contra manutenção de parcerias entre público e privado e privatizações 
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Público - 29.04.2010 - 21:19 Por Lusa

O PCP frisou hoje ser a favor do investimento público "de qualidade", mas encarou com preocupação a ideia de o Governo manter na construção de infraestruturas as parcerias entre público e privado e as privatizações.

Em conferência de imprensa, o ministro das Obras Públicas, António Mendonça, garantiu que o comboio de alta velocidade (TGV) entre Lisboa e Madrid, o novo aeroporto e a terceira travessia do Tejo vão avançar e que será reavaliado apenas o projecto auto-estradas do centro.

Falando pela bancada do PCP, o deputado Bruno Dias considerou que a melhor forma de recuperar a economia passa por "um investimento público de qualidade".

"No essencial, o ministro António Mendonça disse que as opções do Governo se mantêm relativamente aos projectos principais, mas PCP entende que o modelo de negócio previsto é uma má opção para o país, porque conserva a perspectiva desastrosa das parcerias entre público e privado", criticou o deputado comunista.

Bruno Dias disse também que o PCP entende que "há uma necessidade de se garantir que as opções sejam tecnicamente rigorosas e fundamentadas dos pontos de vista da programação financeira, da calendarização e faseamento dos projectos".

"É também importante o ponto relativo à incorporação de tecnologia nacional. Não podemos ter grandes projectos em que no essencial sejam comprar tudo feito, em vez de se promover o aparelho produtivo nacional. Temos vindo a assistir ao desmantelamento dessa indústria, que é substituída pela importação", lamentou o deputado do PCP.

De acordo com Bruno Dias, o PCP "continua a defender que haja investimento público de qualidade, mas as opções, que se mantêm no essencial, colocam ainda interrogações e preocupações graves quanto ao futuro, sobretudo no que respeita às parcerias entre público e privado e as privatizações".
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Reacções

PCP rejeita suspensão de obras como TGV e aeroporto de Lisboa

Público - 29.04.2010 - 19:08 Por Lusa


 O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, recusou hoje a suspensão de investimentos públicos como o TGV e o novo aeroporto de Lisboa, defendendo "cautelas" como o faseamento das obras e a incorporação de produção nacional nos projectos.

"Temos de continuar ligados à Europa, numa perspectiva de desenvolvimento e crescimento essas obras públicas devem ser feitas", defendeu Jerónimo de Sousa em conferência de imprensa, sublinhando no entanto que devem existir "cautelas" e não fazer-se "o projecto pelo projecto".


Para o PCP, são "condições indispensáveis" que seja previsto o faseamento das obras, se existe capacidade financeira, se o projecto vai ser público ou privado e se há incorporação da produção nacional.


O ministro das Finanças afirmou hoje que o Governo está a identificar projectos de obras públicas que sejam menos prioritárias e que não constituam ainda compromissos assumidos pelo Estado para "aliviar" encargos financeiros.

Sobre um eventual aumento de impostos, Jerónimo de Sousa considera existirem notícias "profundamente inquietantes" e afirmou que "a questão do IVA vai estar em cima da mesa".


Propostas que para o PCP podem "tapar buracos", mas não resolvem os problemas nacionais, defendendo que "sem criação de riqueza, sem aparelho produtivo e produção nacional, não há solução duradoura".

Jerónimo de Sousa prometeu combater as propostas do Governo e disse recusar participar num consenso nacional.

"O consenso é importante, mas com base em propostas e soluções para crescer, defender o aparelho produtivo e o mercado interno, aumentar a capacidade dos consumidores", disse, acrescentando que os comunistas não estão disponíveis para "um falso consenso e um acordo sem sentido".


"Podemos nesta fase não ser cumpridores, mas pior era a desilusão em 2013, porque o que este governo e o PSD estão a fazer é exigir sacrifícios dolorosos e inúteis, porque não estão a resolver a dificuldade", defendeu.

Sobre o apelo do líder do PSD a "todos os que têm contas a acertar e reivindicações legítimas a expor" para que ajudem a "criar uma certa paz política e social", Jerónimo de Sousa considerou que este é "o exemplo do apelo à resignação, é uma voz que vem do pântano, que diz aos portugueses para não lutarem, para baixarem os braços, para se conformarem".  
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Conferência de Imprensa do PCP
PCP contra o aumento dos sacrifícios
Quinta, 29 Abril 2010
pcpO PCP afirmou hoje em conferência de imprensa que a actual situação do país - crise, desemprego, quebras na produção, baixos salários, dependência, corrupção - associada à intensificação dos movimentos especulativos dos últimos dias, provam que o Governo PS, com o apoio do PSD, tem arrastado o país para o desastre económico e social. .
Sobre as declarações que são feitas de que os trabalhadores e o povo não devem neste momento realizar manifestaçãoes e protesto, Jerónimo de Sousa afirmou que podem contar sempre com o PCP, na firme denúncia, no combate contra a política de direita, na afirmação de uma política de ruptura, patriótica e de esquerda.

Áudio da declaração de Jerónimo de Sousa

 

quinta-feira, abril 29, 2010

Alta Comissária para a Saúde alerta para um SNS "insustentável"



PNS falhou nos mecanismos de gestão e execução, diz Maria do Céu Machado
Público - 29.04.2010 - 20:36 Por Lusa
A Alta Comissária para a Saúde, Maria do Céu Machado, disse hoje que "a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde [SNS] é um problema complicado", sublinhando que "neste momento o SNS português está praticamente insustentável".
Maria do Céu Machado alerta para a necessidade de corrigir os 
erros do passado  
Maria do Céu Machado alerta para a necessidade de corrigir os erros do passado (Rui Gaudêncio)


Maria do Céu Machado falava na conferência de abertura do Congresso Internacional das Ciências e Tecnologias da Saúde na Macaronésia, que decorre até sábado em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, com cerca de 500 participantes de Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde.

A responsável reconheceu ainda que o Plano Nacional de Saúde 2004/2010 "falhou nos mecanismos de gestão e execução", que é necessário "corrigir no plano 2011/2016".

"Uma missão da Organização Mundial de Saúde [OMS] esteve em Portugal a avaliar o programa 2004/2010 tendo encontrado virtudes mas também defeitos, concretamente a falta de ligações fortes a instrumentos de governação, desigualdades na saúde e insustentabilidade do SNS", referiu.

"É preciso encontrar soluções, corrigir os erros do passado, sem esquecer que a base do plano, que está em elaboração, são o conhecimento científico e as sugestões de todos, desde o cidadão comum aos municípios, universidades e organizações civis", revelou.

Por outro lado, referiu que será preciso divulgar bem os objectivos e conteúdos do novo Plano Nacional de Saúde, porque "um inquérito feito em 2007 a técnicos de saúde sobre o plano anterior revelou que 87 por cento já o conheciam mas 83 por cento não o tinham lido".

"Para contornar esse problema vamos editar a versão completa na Internet, incluindo Twitter e Facebook, uma versão de 150 páginas para decisores, administradores e técnicos de saúde, uma versão executiva de 30 páginas e para o cidadão comum uma versão de 5 páginas e para a comunicação social uma versão de uma página".

Maria do Céu Machado acrescentou que "na Internet já são 2500 os seguidores", mas pretende que "sejam um milhão", usando todos os instrumentos necessários que "capacitem o cidadão, uma vez que há pouca literacia sobre saúde".

A comissária insistiu que para aumentar a participação de todos, em particular dos cidadãos, vão decorrer entre 15 a 24 Junho diversos fóruns regionais em todo o país.

O próximo Plano Nacional de Saúde terá, garantiu, alguma continuidade com o anterior, mas será acrescido de instrumentos de governação, parcerias estratégicas, em particular com as regiões, e inovação.

Os principais eixos estratégicos assentam na igualdade no acesso aos cuidados de saúde, a qualidade dos cuidados, a promoção da cidadania e as políticas saudáveis.

O Congresso Internacional de Ciências e Tecnologia da Saúde na Macaronésia, organizado pela Universidade dos Açores e com o apoio do Instituto Politécnico de Lisboa, reúne cerca de meio milhar de participantes, 62 prelectores de 32 instituições e mais de 150 comunicações livres. 
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Comentários 1 a 8 de 8

  1. Anónimo , portugal. 29.04.2010 23:52

    Explicação

    gostava que alguém explica-se os custos da existência de diversos sub sistemas de saúde.temos sns , quantas pessoas abrange , quanto custa per capita.temos a adse , quantas pessoas valor per capitadepois temos a , edp. tap pt petrogal, ren ,aguas de portugal , etc etc quantas pessoas abrange e quanto custa percapita.não seria melhor nivelar por cima todos os portugueses e racionalizar com melhor gestão todo os serviços.alguém pode explicaR ?????????????
  2. Médico , Porto. 29.04.2010 23:39

    sobre o SNS

    Para essa gente que anda aí a falar tão bem de Cuba... estão muito enganados. A medicina cubana não publica trabalhos científicos em revistas de renome que sejam sujeitos a peer-review. As instalações, bem como a formação dos seus profissionais, deixam muito a desejar. A melhor ciência médica está nos EUA, Reino Unido, Suécia, França... e não em Cuba. Quanto a nós, temos o 13.º melhor sistema de saúde do mundo. O problema do nosso SNS é um problema de falta de organização e má gestão financeira. Não se admite que às oito horas em ponto os médicos não estejam todos no serviço, que alguns estejam a meio da manhã meia-hora num bar do hospital a tomar café e a conversar, que não se comprem materiais mais baratos de qualidade idêntica, e por aí fora.
  3. Anónimo , portugal. 29.04.2010 23:38

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    Mas as parcerias publico-privadas, as EPE não iam resolver os problemas todos? Ou só iam resolver os problemas dos boys? Um hospital antes de ser EPE tinha 1 administrador, agora são as dúzias!!!! Alguém paga....
  4. Nome , Pantanal de jacarés. 29.04.2010 23:26

    O "insustentável" país das marias do céu

    Falam mal de Cuba a toda a hora, é um país pobre mas os cuidados de saúde mais sofisticados chegam a toda a gente (mesmo!) e apesar da miséria dos anos 90 a saúde nunca foi "insustentável". Mas afinal o que é que é sustentável aqui? A aldrabice, o roubo público e descarado? As reformas e ordenados dos Armandos Varas, com "licenciaturas" acabadas dois dias antes de ser promovidos a administradores do Banco do Estado e a ganhar milhares de contos mesmo quando estão "suspensos"???! < na falta de vergonha, incompetencia e anos de erros grosseiros é que está a "insustentabilidade".< Pobres miseraveis q matam portugal
  5. joaquim horácio serra leitao , coimbra. 29.04.2010 23:03

    tudo

    tudo é insultentável. é sns, a social, os transportes públicos, as empresa públicas etc. pronto,está bem.mas então porque é que eu pago milhares de euros de impostos directos, fora os indirectos?para onde é que vai o dinheiro? será para a economia paralela? para os patrões que fogem ao fisco como o " diabo foge da cruz"? para os ditos trabalhadores independentes, que nada declaram e não pagam nada? eu gostava que as finanças ficalizassem mesmo. e já não falo dos of shores ( em inglês é mais bonito dizer o que é a ladroagem) e dos irc sobre os milhões de lucros dos grandes empórios. mas a populaça gosta de levar porrada.e às vezes até lhes dá jeito, não é.? quando a patronagem declara menos do que ganham é porreiro paga-se menos irs e desconta-se memos para a s. social, não é?e os outros que gemam. chama-se a isto solidariedade nacional. e já agora não se esqueçam de por as bandeiras nas janelas, porque se aproxima o mundial do pontapé na bola, que vai resolver todos os problemas da A. Sul. Como o euro 2004 resolveu os de portugal, não foi?
  6. O capitalista , Portimão. 29.04.2010 23:03

    SNS

    do que estavam à espera? que fosse sempre o mesmo regabofe, os pobres por qualquer coisinha, medico. medicamentos práticamente de borla e nós empresarios a aguentar com os impostos.
  7. Lucas , Lisboa. 29.04.2010 22:04

    Sem nexo

    Esta notícia está mal construida, tem um titulo bombástico, mas depois não explica porque é que o SNS é insustentável...Fala dos problemas do plano nacional de saúde, mas não diz em que é que o SNS é insustentável, insustentável é não haver SNS para todos, como acontece nos EUA onde muita gente morre todos os anos sem cuidados de saúde, Portugal tem muitas coisas boas, há que preserva-las e acrescentar qualidade de vida, melhorar a economia, por o sector privado a trabalhar em novos produtos e novos mercados, em vez de se entreterem a ver quem consegue destruir mais e melhor, se alguma coisa funciona acima da média em Portugal é a saúde !!!
  8. PAGUEM IDIOTAS !!! ESTAVAM À ESPERA DE QUÊ, DEPOIS DÉCADAS DE DESGOVERNO PS/PSD ? , PAGUEM IDIOTAS !!! ESTAVAM À ESPERA DE QUÊ, DEPOIS DÉCADAS DE DESGOVERNO PS/PSD ?. 29.04.2010 21:35

    PAGUEM IDIOTAS !!! ESTAVAM À ESPERA DE QUÊ, DEPOIS


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quarta-feira, abril 28, 2010

Patrões exigem fim do limite mínimo do subsídio de desemprego

Apoios aos desempregados
27.04.2010 - 09:30 Por PÚBLICO

A Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) vai propor ao Governo que o subsídio de desemprego não tenha qualquer limite mínimo. O objectivo da medida, que promete gerar polémica, é evitar que alguém possa ganhar mais estando no desemprego do que a trabalhar.
<p>António Saraiva é o actual presidente da CIP</p> António Saraiva é o actual presidente da CIP
 (Shamila Mussa)

Esta é uma das propostas que amanhã será discutida na reunião da Comissão Permanente de Concertação Social, onde serão analisadas as alterações ao subsídio de desemprego previstas no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC). De acordo com o “Diário Económico”, a CIP defende ainda a redução do subsídio de desemprego, à medida que a situação de desemprego se prolonga, e que uma parte do subsídio social de desemprego seja pago em vales sociais.

Mas as propostas de alteração dos patrões vão mais longe. Para a Confederação do Turismo, só deve beneficiar do subsídio de desemprego quem não tenha outros meios de subsistência e os desempregados devem ser obrigados a prestar serviço social.

Estas medidas estão em total colisão com a posição da CGTP, que recusa quaisquer alterações que fragilizem os desempregados ou reduzam o seu rendimento. A confederação sindical alerta ainda que as propostas de trabalho recebidas pelos desempregados são precárias e oferecem baixos salários, o que pode ser pernicioso para a economia. A UGT que só hoje se deverá divulgar a sua posição, também deverá opor-se a mudanças tão definitivas com as propostas pelos patrões.

No PEC o Governo avisa que vai tomar medidas para incentivar os desempregados a regressar ao mercado de trabalho e, para isso, quer reduzir a relação entre o salário e o subsídio de desemprego e reduzir o valor dos salários que obrigam um desempregado a aceitar uma oferta de trabalho.
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Antigo ditador do Panamá Manuel Noriega extraditado para França

Caso referente a lavagem de dinheiro


Público - 27.04.2010 - 08:33 Por Agências
O antigo ditador do Panamá Manuel Noriega chegou esta manhã a Paris depois dos Estados Unidos darem luz verde à sua extradição para França.
Manuel Noriega no aeroporto de Miami antes de embarcar no voo para
 França  
Manuel Noriega no aeroporto de Miami antes de embarcar no voo para França (Reuters)


Noriega, que tem mais de 70 anos, tinha sido julgado à revelia em 1999 e condenado a de anos de prisão por lavagem de dinheiro de lucros de cocaína através de bancos franceses – o dinheiro servira então para a compra de apartamentos de luxo. O antigo ditador, que tinha sido também informador da CIA, deverá ser sujeito a um novo julgamento em França

Noriega foi capturado pelos EUA no Panamá em Janeiro de 1990, duas semanas depois da invasão do país, na que foi na altura a maior intervenção militar norte-americana desde a Guerra do Vietname.

Noriega cumpriu entretanto a sua pena nos Estados Unidos por tráfico de droga, uma pena que terminou há dois anos, mas tinha permanecido numa prisão na Florida enquanto lutava contra a extradição para França. Os seus advogados dizem que como prisioneiro de guerra, Noriega deveria regressar ao Panamá (onde também foi condenado à revelia a uma pena de 20 anos por assassínio de opositores políticos, fraude e corrupção).

Noriega foi o chefe da espionagem militar até se tornar o comandante da poderosa Guarda Nacional e líder de facto do Panamá em 1982. Tinha sido recrutado pela CIA no final dos anos 1960, lembra a emissora britânica BBC, e gozou do apoio dos EUA até 1987 – era aliás um dos maiores aliados de Washington na América Latina.

Mas no ano seguinte foi acusado judicialmente nos Estados Unidos por tráfico de droga, e em 1989 declara “estado de guerra” depois de uma eleição marcada por alegações de irregularidades.

Seguiu-se um período de tensão entre tropas dos EUA estacionadas no Canal do Panamá e as tropas de Noriega. A morte um marine americano na Cidade do Panamá precipitou a invasão, que já estava planeada pela Administração de Bush-pai .

Noriega refugiou-se na embaixada do Vaticano mas acabou por se render depois de ter sido “bombardeado” com música pop e heavy metal em alto volume. Noriega foi então levado para os EUA e, em 1992, condenado por um tribunal de Miami.
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ENTREVISTA EXCLUSIVA COM O GENERAL NORIEGA

Atualizado em 11 de abril de 2008 �s 16:33 | Publicado em 01 de fevereiro de 2005 �s 17:27
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Noriega.jpg
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* Luís Carlos Azen ha
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No dia 20 de dezembro de 1989, milhares de páraquedistas americanos foram lançados sobre o Panamá. Foi mais uma das muitas intervenções dos Estados Unidos no quintal deles, a América Latina. Quem autorizou a invasão?O presidente George Bush, pai, que eleitores americanos chamavam de "wimp", fracote.
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Preso como bandido, o ditador panamenho Manuel Noriega foi levado para Miami e julgado. Pegou 40 anos de cadeia sob a acusação de facilitar o tráfico de drogas. O que fez este homem cair em desgraça com os gringos? Noriega foi assalariado da Central de Inteligência Americana, a CIA. Levava 100 mil dólares mensais para dedurar comunistas da América Central, na época em que Estados Unidos e União Soviética ainda estavam envolvidos na Guerra Fria - o confronto ideológico entre as superpotências que durou de 1945 a 1990.
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Estivemos com o general Noriega quando ele ainda mandava no Panamá. Assessores o chamavam pelas costas de cara de piñata, abacaxi, por causa da pele esburacada. Eu trabalhava como correspondente da Rede Manchete, em Nova York. Fui escalado para cobrir a crise que envolvia a Casa Branca e o então líder panamenho.
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Vocês já notaram como os americanos estão sempre em guerra contra alguma coisa? É para assustar o populacho e torrar dinheiro público com a indústria armamentista. Na época Noriega desafiava Washington, dizendo-se vítima de um complô imperialista. Os americanos o acusavam de lavar dinheiro sujo de traficantes da Colômbia. 
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Eu e o cinegrafista Hélio Alvarez desembarcamos na capital panamenha para acompanhar a crise que precedeu a invasão do país. Noriega, como bom político, dava uma no cravo, outra na ferradura. Permitiu a volta de um líder exilado bastante popular com a classe média panamenha, Arnulfo Arias. 
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Arias tinha vencido a eleição presidencial de 1984. Noriega deu um jeito de cancelar o resultado e, pasmem, recebeu apoio americano - Arias era ultranacionalista e poderia oferecer maiores riscos aos interesses de Washington. Na época de nossa viagem, em 1988, Noriega tinha o apoio dos mais pobres - feito Hugo Chavez, hoje, na Venezuela. 
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Não dá para ser muito nacionalista num país tão vital para os interesses americanos. O Canal do Panamá reduz em 35 mil quilômetros a distância marítima entre Nova York e a Califórnia. Os americanos não queriam um canal tão estratégico sob controle de um inimigo. Assim que desembarcamos na Cidade do Panamá contratamos um guia.
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Ele trabalhava para a TV estatal panamenha e tinha contatos no governo. Numa noite de folga, depois de algumas cervejas, se ofereceu para nos ajudar a conseguir uma entrevista exclusiva com o presidente. Pediu 100 dólares de gorjeta. 
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Dei o dinheiro como parte do pagamento pelo trabalho que ele estava fazendo, sem acreditar muito na promessa da entrevista. Na época, o ditador panamenho se negava a falar com os jornalistas americanos que acompanhavam a crise. Um ou dois dias depois, o guia nos deu a dica: Noriega iria a um bairro popular para um encontro com lideranças locais. 
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Fomos ao lugar, ainda descrentes de que o general iria aparecer. Noriega foi. Fez um discurso típico de república bananeira, brandindo um facão e prometendo resistir aos gringos. Presumo que àquela altura nosso guia já tinha se acertado com os seguranças. Na confusão, encostei no ditador e estiquei o microfone. 
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Ele aceitou dar entrevista quando soube que éramos do Brasil. Noriega disse não acreditar numa intervenção americana. Meses depois, seria bombardeado em pleno quartel-general. Feita a entrevista exclusiva, que foi ao ar no Jornal da Manchete, nosso próximo passo era acompanhar o desembarque do líder exilado. 
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Uma multidão acompanhou Arnulfo Árias pelas ruas da capital panamenha. Estávamos tranquilos. Não havia sinal dos brucutus que defendiam Noriega. Quando entramos nos becos do centro antigo da Cidade do Panamá, fomos pegos de surpresa. 
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A tropa de choque cercou os manifestantes, disparou bombas de gás pimenta e cassetadas em quem encontrava pela frente. Na confusão, nosso guia correu para um lado e Hélio Alvarez para outro. Bombas de gás explodiram perto da gente, num posto de gasolina. Fugi correndo para um beco. O gás pimenta queimava a pele, provocava lágrimas e dificultava a respiração. 
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Por alguns segundos, achei que ia desabar. É aquele momento em que a gente se pergunta: será que escapo dessa? De repente, alguém me puxou para dentro de uma casa de madeira. Recebi um pano molhado, que usei para cobrir o rosto. Deitei no chão da casa e comecei a recuperar a respiração. Minutos depois, refeito, corri para uma avenida. 
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Um carro identificado com a palavra "Press" no párabrisas parou para me resgatar. Eram colegas da tevê canadense. Voltamos ao hotel, onde reencontrei o Helinho ainda impregnado pelo cheiro de gás. Pela janela do quarto notamos que os brucutus do Noriega entravam pelo estacionamento do hotel, distribuindo pancadas em quem encontravam pela frente. Com frieza, Helinho usou uma fresta da cortina para filmar tudo. 
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Apagamos a luz do quarto, deitamos ao lado das camas e não respondemos quando alguém bateu na porta. Mais tarde, o então correspondente Moisés Rabinovitch, do jornal "O Estado de S. Paulo", se juntou a nós. Ele tinha contato com diplomatas brasileiros e recebeu a sugestão do embaixador de que deveríamos sair do hotel. Depois de transmitir o material exclusivo, o Helinho decidiu ficar, cuidando do equipamento. Fomos, eu e o Rabino, dormir na Embaixada Brasileira. 
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Foram os americanos que financiaram a construção do Canal do Panamá. Antes fizeram aluguel perpétuo de uma faixa de terra panamenha. Pagaram U$ 10 milhões de entrada e U$ 250 mil por mês. Esses gringos são mesmo bons de negócio. O canal só voltou ao controle panamenho em 31 de dezembro de 1999, depois de um acordo fechado entre Panamá e Estados Unidos nos anos 70, durante o governo Jimmy Carter. Quando decidiu invadir o Panamá, Bush pai despachou 20 mil soldados para enxotar Noriega do poder. 
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Bush pai foi diretor da CIA, a quem Noriega serviu muitos anos como delator. Quando deixou de interessar aos americanos, tomou um bico - como tantos outros. A invasão americana levou Noriega a buscar refúgio na embaixada do Vaticano. Depois de muito resistir, o ditador derrubado se entregou. Ainda hoje, cumpre pena nos Estados Unidos. 
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Quando penso naquela viagem, não festejo a entrevista com Noriega, nem as imagens exclusivas do Helinho.Lembro da boa alma que salvou a minha vida, me puxando pelo braço para dentro de um barraco.Sei que era uma mulher. Mal tive o tempo de olhar para o rosto dela. Quem quer que seja, que Deus a abençoe. 
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Publicado originalmente em 2005
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O general Noriega está acabando de cumprir a pena a que foi condenado, por tráfico de drogas, em uma penitenciária da Flórida. Ele foi condenado a 40 anos de prisão no dia 10 de julho de 1992. A pena foi reduzida para 30 anos.
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Noriega teria direito a liberdade no dia 9 de setembro de 2007. Porém, a Justiça americana deve aceitar o pedido de extradição da França, onde Noriega também responde a processo. Se condenado, pode pegar mais 10 anos de prisão por lavagem de dinheiro. No Panamá, Noriega foi condenado por homicídio "in absentia".
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O general é um dos veteranos da famosa Escola das Américas, na qual os Estados Unidos formaram alunos que figuraram com destaque em violações dos direitos humanos em toda a América Latina.
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Atualizado em 11 de setembro de 2007
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http://www.viomundo.com.br/arquivo/a-morte-de-perto/entrevista-exclusiva-com-o-general-noriega/
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terça-feira, abril 27, 2010

Hungria entrega-se de alma e coração a Viktor Orbán


Orbán disse que ontem foi "o fim de uma era" 
REUTERS/Laszlo Balogh
Por Clara Barata
 
O próximo senhor com quem se fala em Budapeste vira o país à direita com uma maioria arrasadora, num estado em crise profunda

A Hungria tornou-se ontem no primeiro país da antiga Europa comunista a ser governada por um partido capaz de proceder, sozinho, às mudanças constitucionais que prometeu aos eleitores. Num país afundado numa grave crise económica e social, onde surgiu uma direita radical e xenófoba, são grandes as expectativas sobre como irá Viktor Orbán, o líder do Fidesz (centro-direita) lidar com os problemas que os húngaros confiam que irá resolver.

O Partido Socialista sai do poder, após oito anos de governação marcados pela crise que obrigaram a Hungria a ser o primeiro país da União Europeia a recorrer a um empréstimo do FMI, em 2008. Após a segunda volta das legislativas, o Fidesz conquista 263 dos 386 assentos no Parlamento, cinco a mais do que os necessários para a maioria de dois terços.

Com esta maioria, o Fidesz poderá mudar a Constituição e a legislação que regula o sistema eleitoral, os media e os direitos de cidadania - pontos fundamentais do seu programa. Orbán, aclamado por milhares de fiéis agitando bandeiras, falou numa "revolução nas urnas" relata a AFP. "Os húngaros chegaram hoje a um acordo nacional que significa o fim da era que mergulhou o povo na pobreza e no desespero", disse Orbán.

Ainda antes da votação de ontem, uma sondagem do Instituto Nezopont revelava que 57 por cento dos eleitores viam mais benefícios do que riscos em que o Fidesz ganhasse uma maioria de dois terços, adiantava a agência noticiosa húngara MTI.

Os mercados financeiros olham expectantes esta maioria avassaladora, que propõe mudar a administração local, apontada como um sorvedouro de dinheiro. Orbán promete reduzir o número de eleitos locais e cortar nos orçamentos públicos. E limitar de forma drástica o número de deputados.

O próximo primeiro-ministro tenciona também cortar os impostos e combater a corrupção - mas tem sido parco em detalhes. Isso deixa os mercados nervosos, porque os últimos anos da sua anterior experiência como chefe do Governo (1998-2002) foram marcados pelo populismo.

A questão da nacionalidade

Um dos primeiros gestos do próximo executivo deve ser conceder nacionalidade húngara, com passaporte e direito de voto, às pessoas de cultura magiar que vivem nos países vizinhos. São cerca de três milhões, na Ucrânia e na Roménia, entre outros, e um caldeirão de potenciais conflitos. A Ucrânia, por exemplo, não contempla a possibilidade da dupla nacionalidade. E com a Eslováquia, que fez do eslovaco a única língua oficial, já houve desentendimentos. Uma grande incógnita é a forma como lidará com o Jobbik, o partido de extrema-direita anticiganos e antijudeus, que entra pela primeira vez no Parlamento, com 16,67 por cento dos votos e 47 deputados.

O partido liderado por Gábor Vona torna-se, quase da noite para o dia, a terceira maior força política. E tem ambições: por exemplo, a liderança das comissões parlamentares de Negócios Estrangeiros e Segurança Nacional. Para mostrar "que o radicalismo também tem um rosto profissional", disse Vona, citado pela MTI.

Porquê estas comissões? Provavelmente porque se relacionam com as comunidades de cultura magiar no estrangeiro, tema caro aos nacionalistas, e as relações exteriores - por exemplo com a União Europeia, da qual o Jobbik quer sair.
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Perfil

A pátria sou eu- Orbán é um governante com planos para os próximos 20 anos

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Viktor Orbán, o líder do Fidesz e próximo primeiro-ministro da Hungria, consegue algo inédito na Europa que até há 20 anos era comunista: ser eleito com uma maioria de dois terços. E volta ao poder, que deixou com pouca vontade, ao perder as eleições em 2002. Confrontado com os resultados das legislativas que punham fim aos seus quatro anos como primeiro-ministro, não hesitou em tentar levar os seus apoiantes para a rua para contestar os resultados, com uma frase recordada pelo Le Monde e que dá bem a entender a fibra de que é feito: "A pátria não pode estar na oposição."

Hoje os húngaros parecem bastante satisfeitos com Orbán, que em 1989 - ainda um jovem de 26 anos - discursou na Praça dos Heróis de Budapeste exigindo eleições livres e a retirada das tropas soviéticas. Jurista de formação e estratego de longo prazo, depois da derrota de 2002 endureceu o discurso. Tornou-se o campeão das minorias húngaras que vivem nos países vizinhos após o desmantelamento da Grande Hungria pelo Tratado de Trianon, em 1920, recorda a L"Express. Tal como outros observadores, a revista francesa atribui-lhe responsabilidades no surgimento de outro partido cujo extremismo de tom retrógrado assusta a Europa - o Jobbik.

Orbán, conservador e populista, criou um movimento de organizações populares, para lá do partido, com que pretendia mobilizar o "povo de direita" - e alguns destes "círculos cívicos" revelaram-se mais radicais e foram as sementes do grupo que se formou em torno de Gábor Vona, o líder do Jobbik.

Racista e xenófobo, contra a União Europeia, olhando sempre para as injustiças do Tratado de Trianon, desejoso de punir o "crime cigano" e expulsar os judeus das terras magiares - um discurso odioso que parece saído dos tempos de antes da II Guerra - é o que caracteriza o Jobbik. "O Fidesz legitimou o discurso de exclusão. Preparou a cama para o Jobbik", disse à L"Express Attila Ara-Kovacs, director de um think-tank húngaro.

Como vai agora Orbán lidar com o Jobbik é uma das incógnitas. Há quem aposte muito nele. "Ninguém brinca com Orbán. É um lutador. Se ele considerar o Jobbik uma ameaça, vai acabar com ele", disse ao New York Times Peter Rona, um economista que conhece o futuro primeiro-ministro húngaro e a sua personalidade autoritária.

A economia é o principal desafio de Orbán - terá de gerir as condições de um empréstimo de 20 mil milhões de euros do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia. No ano passado, a economia contraiu-se 6,3 por cento, e neste ano parece estagnada. Ele prometeu criar um milhão de empregos em dez anos, mas foi parco em detalhes sobre como conseguirá isso.

E note-se: Orbán (que fará 47 anos a 31 de Maio) tem planos para dez anos, não para os quatro do mandato para o qual é eleito.

Num discurso no fim de 2009 previa que nos próximos 15 a 20 anos a política húngara poderia definir-se por "uma força política central", em vez do sistema dual dos últimos 20 anos, após a queda do comunismo. "Empenho-me pessoalmente em que, em vez de uma política marcada por lutas permanentes, se privilegie uma política cujo objectivo seja a governação permanente." Que se leia como se quiser. Clara Barata

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segunda-feira, abril 26, 2010

Manifestações do 25 de Abril de 2010 e fascismo em Portugal


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pcpdep 25 de Abril de 2010 — Manifestação 25 Abril, Lisboa, 2010
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 rm57071 25 de Abril de 2008 — Alunos do 6º-A da Escola D.Afonso, IV Conde de Ourém
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fjordep 5 de Fevereiro de 2008 — A censura e a pide no tempo de Salazar
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.mfonse75 5 de Julho de 2008 — A Colónia Penal do Tarrafal nos dias de hoje.
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sábado, abril 24, 2010

PJ faz apreensão recorde de obras de arte falsas


 


Uma centena de pinturas e desenhos falsificados de pintores famosos

Ontem

ANTÓNIO SOARES
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Foi a maior apreensão de quadros falsificados em Portugal e uma das maiores da Europa. A PJ do Porto descobriu, na zona de Lisboa, cerca de 80 obras de pintores famosos, prontas a entrar no mercado da arte através de galerias e leilões. E chegou à falsificadora.
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Uma cópia de uma pintura a pastel de Júlio Pomar detectada numa leiloeira do Porto, em 2007, colocou os investigadores da Polícia Judiciária (PJ) no encalço de um vasto esquema de falsificação de quadros de pintores portugueses famosos. Júlio Pomar, Bual, Júlio Resende, Cruzeiro Seixas, Cargaleiro, Malangatana, Vieira da Silva, Nadir Afonso, nenhum destes grandes mestres escapou ao engenho para a cópia de uma autodidacta, de 54 anos, residente em Lisboa mas natural do Porto. 
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A mulher foi detida em 2008, em Lisboa, e libertada pelo tribunal. Na ocasião, foram apreendidas cerca de duas dezenas de quadros acabados, todos os equipamentos artesanais usados nas cópias, reproduções ou falsificações de pinturas e desenhos dos autores consagrados, bem como esboços de outras obras.
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Mas desde essa altura que os inspectores ficaram convencidos de que muitos outros quadros falsos poderiam já ter sido produzidos e estar à espera de entrar no mercado legal de obras de arte, através de leilões ou galerias.
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Por isso, as investigações não pararam e agora os inspectores da Directoria do Norte regressaram a Lisboa para apreender mais de 80 obras, que estavam armazenadas e à espera do momento certo para serem vendidas. Vários comerciantes envolvidos nas transacções foram também constituídos arguidos.
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A falsificação dos quadros de pintores famosos processava-se de várias formas, nomeadamente a fotografia de alta qualidade a partir dos originais, a serigrafia e a cópia pura e simples, nalguns casos com resultados que ficavam notoriamente aquém dos originais. Numa situação (ver texto ao lado), foi o próprio Júlio Pomar a detectar a falsificação.
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Algumas das obras agora recuperadas já tinham sido comercializadas, presumindo os investigadores que mais nenhuma se encontre em circulação e que este circuito tenha sido completamente neutralizado. No entanto, a PJ acredita que haverá outros grupos que se dedicam à falsificação de arte, um negócio que não esmorece em tempos de crise, como referiu um investigador ao JN. 
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http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Policia/Interior.aspx?content_id=1551217
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sexta-feira, abril 23, 2010

Coreia do Norte ameaça confiscar propriedades de empresas sul-coreanas

Monte Kumgang vale dezenas de milhões de dólares para Pyongyang
 
23.04.2010 - 09:51 Por PÚBLICO

O regime de Pyongyang avisou hoje que vai confiscar cinco propriedades de uma empresa sul-coreana na estância turística do Monte Kumgang, fazendo subir a já alta tensão entre os dois países.

As propriedades – construídas logo para lá da fronteira entre as duas Coreias – serão postas sob controlo estatal de Pyongyang ou vendidas a outras empresas estrangeiras, foi precisado pela agência noticiosa sul-coreana Yonhap.

Esta medida surge num momento em que os dois países estão num estado de elevada crispação devido ao naufrágio de um navio militar sul-coreano, em Março passado, que Seul diz ter sido atingido por um torpedo submarino da Coreia do Norte. O incidente causou a morte de 46 marinheiros, constituindo um dos mais mortais entre os dois países desde o fim da guerra das Coreias de 1950-53.

O fluxo turístico para a instância do Monte Kumgang foi suspenso por Pyongyang em 2008, depois de um soldado norte-coreano ter morto a tiro um turista sul-coreano que entrara numa área de circulação proibida. A estância faz dezenas de milhões de dólares de receitas por ano para a Coreia do Norte.
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quinta-feira, abril 22, 2010

140 anos nascimento de Lenine

 

- Álvaro Cunhal -

O Que Devemos a Lénine

1970

Quando, em 28 de Maio de 1926, um golpe militar reaccionário pôs fim à República parlamentar em Portugal, o Partido Comunista Português, fundado cinco anos antes, era um pequeno partido, com reduzida influência. Desde então, ao longo dos 43 anos de ditadura fascista, a repressão caiu com particular ferocidade sobre os comunistas. Como se explica então que todos os partidos democráticos existentes em 1926 tenham soçobrado sob a repressão e o Partido Comunista, nas mais difíceis condições, se tenha tornado um influente partido e indiscutivelmente a maior força política da Oposição antifascista? O facto explica-se porque o PCP, partido da única classe verdadeiramente revolucionária, se forjou e temperou através de duras provas, como um partido revolucionário guiado e inspirado pela teoria científica do proletariado revolucionário — o marxismo-leninismo.

- Carlos Aboim Inglez -

Lénine Gigante e Génio

2000

Passa em 22 de Abril o 130.º aniversário do nascimento de Vladimir Ilitch Lénine, na pequena cidade de Simbirsk, à beira do Volga. Efeméride que recordamos, não pela efeméride em si, mas porque nos seus breves 54 anos de vida Lénine se revelou, a par de Marx e Engels, um gigante da luta revolucionária de emancipação social e nacional dos trabalhadores e dos povos do mundo, um genial pensador cuja obra permanece na actualidade de uma enorme riqueza e pertinência teórica e prática.

- DOMINGOS ABRANTES -

Recordar Lénine!

2005

No dia 22 de Abril completaram-se 135 anos que na velha Rússia czarista, nas margens do imenso Volga, na cidade de Smibrisk, nascia Vladimir Ilitch Ulianov, aquele que veio a ser universalmente reconhecido como mestre e dirigente do proletariado mundial e odiado pelas classes dominantes e seus escribas e que, pela sua acção revolucionária, passaria à história com o nome de Lénine.

- Maria da Piedade Morgadinho -

As referências de Lenine a Portugal

2005

Ao celebrarmos os 140 anos do nascimento de Lenine é oportuno relembrar as referência a Portugal em algumas das suas obras: o ataque à monárquia e a luta pela República, a participação de Portugal na I ª Guerra, o apoio e aproveitamento da Grã-Bretanha a Portugal na manutenção das suas colónias, a comparação entre a revolução republicana de 1910, em Portugal, e a revolução russa de 1905-1907, que embora tenham sido revoluções burguesas tiveram ambas um forte carácter popular; a criação do Partido Comunista Português, em 1921, foram questões sobre as quais Lénine se debruçou. No 25 de Abril de 1974, a revolução portuguesa, podemos constatar como mantiveram a validade as teses e questões essenciais elaboradas por Lénine.
 
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140 anos nascimento Lenine







Lenine

Lenine

Lenine







Lenine

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Lenine







Lenine

Lenine

Lenine



     
Lenine..

Artigos de «O Militante»

Ler e estudar Lénine - Materialismo e Empiriocriticismo

Maria da Piedade Morgadinho

Lénine - Entre duas revoluções

Maria da Piedade Morgadinho

Discurso de Lénine na inauguração do monumento a Marx e Engels

Lénine
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