A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

quinta-feira, abril 22, 2010

Dia a dia - Sem saída de opção

Correio da Manhã
 
20 Abril 2010 - 00h30

Em 1999, primeiro ano de vida da moeda única, a dívida pública portuguesa era de 62,9 mil milhões de euros. 10 anos depois, o stock da dívida directa do Estado já ascendia a 132,7 mil milhões de euros. E o número real é superior por causa da dívida monstruosa das empresas públicas, especialmente do sector dos transportes, da RTP e outras, que, mais tarde ou mais cedo, serão pagas pelos contribuintes.

Feitas as contas, os primeiros 10 anos de Portugal no euro saldaram-se por um crescimento praticamente nulo da riqueza gerada e por uma subida impressionante do endividamento do Estado, que mais do que duplicou neste decénio. Como se prova pelos resultados, nem a economia, nem o Estado estavam prontos para aderir à mesma moeda que os alemães. Comparar o ritmo de produtividade das duas economias é como correr com um vulgar carro contra um monovolume de fórmula 1 num autódromo. Antes da moeda única, essas diferenças de competitividade eram acertadas com as desvalorizações do escudo. O truque funcionava como doping da economia portuguesa.
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Obviamente, o resultado dos primeiros dez anos não foi brilhante, mas sair do euro é pior do que descer de divisão. Seria condenar várias gerações a uma pobreza periférica e incentivar ainda mais a emigração.



Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto
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