O banco central, que é o supervisor do sistema bancário, retirou a autorização para o exercício da actividade do Banco Privado Português (BPP), justificando a decisão com a “inviabilidade dos esforços de recapitalização e recuperação” do banco.
O Fundo de Garantia de Depósitos e o Sistema de Indemnização aos Investidores foram accionados
(Nélson Garrido/arquivo)
(Nélson Garrido/arquivo)
“Foi revogada a autorização para o exercício da actividade do Banco Privado Português, SA, depois de verificada a inviabilidade dos esforços de recapitalização e recuperação desta instituição desenvolvidos no contexto das providências extraordinárias de saneamento adoptadas pelo Banco de Portugal”, revelou hoje a entidade liderada por Vítor Constâncio.
A decisão implica a “dissolução e liquidação do Banco Privado Português, SA. Nesta data são notificados o Fundo de Garantia de Depósitos e o Sistema de Indemnização aos Investidores, para efeitos de activação dos respectivos sistemas de garantia”, lê-se no comunicado publicado no site da instituição.
Ontem uma delegação do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) apresentou ao Banco de Portugal uma proposta para a compra da licença bancária, através de uma operação designada por Employees Buy-Out (EBO), ou seja, a compra da instituição pelos seus empregados.
A proposta passava pela transformação dos créditos privilegiados dos trabalhadores em capital, acrescidos de financiamento do SNQTB com o apoio da Privado Holding, a accionista do BPP, num modelo que estava por definir.
A decisão implica a “dissolução e liquidação do Banco Privado Português, SA. Nesta data são notificados o Fundo de Garantia de Depósitos e o Sistema de Indemnização aos Investidores, para efeitos de activação dos respectivos sistemas de garantia”, lê-se no comunicado publicado no site da instituição.
Ontem uma delegação do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) apresentou ao Banco de Portugal uma proposta para a compra da licença bancária, através de uma operação designada por Employees Buy-Out (EBO), ou seja, a compra da instituição pelos seus empregados.
A proposta passava pela transformação dos créditos privilegiados dos trabalhadores em capital, acrescidos de financiamento do SNQTB com o apoio da Privado Holding, a accionista do BPP, num modelo que estava por definir.
A proposta de aquisição seria feita pelo sindicato, situação inédita em Portugal, e por cerca de 100 trabalhadores do banco fundado por João Rendeiro.
No final de Março, o secretário de Estado do Tesouro, Carlos Costa Pina, tinha afirmado que o BPP é um banco “aparentemente já sem solução”.”Os casos problemáticos do nosso sistema financeiro estão resolvidos”, afirmou o governante, no âmbito de uma conferência da Associação Portuguesa de Bancos.
A recente aprovação do Fundo Especial de investimento para os clientes que tinham aplicações em produtos de retorno absoluto, e que teve uma adesão da ordem dos 90 por cento, acentuou a descapitalização do banco, intervencionado pelo Banco de Portugal no final de 2008.
Em Fevereiro, quando tomaram conhecimento da aprovação deste fundo por parte do regulador do mercado de capitais, a CMVM, os accionistas do banco (através da Privado Holding) mostraram o seu desagrado pela decisão.
Para a Privado Holding, liderada por Diogo Vaz Guedes, a medida vinha criar “dificuldades e obstáculos possivelmente inultrapassáveis ao desígnio de viabilização do BPP e de uma solução satisfatória e justa para os clientes”, arrastando o banco, segundo os seus accionistas, “para uma situação de insolvência”.
No final de Março, o secretário de Estado do Tesouro, Carlos Costa Pina, tinha afirmado que o BPP é um banco “aparentemente já sem solução”.”Os casos problemáticos do nosso sistema financeiro estão resolvidos”, afirmou o governante, no âmbito de uma conferência da Associação Portuguesa de Bancos.
A recente aprovação do Fundo Especial de investimento para os clientes que tinham aplicações em produtos de retorno absoluto, e que teve uma adesão da ordem dos 90 por cento, acentuou a descapitalização do banco, intervencionado pelo Banco de Portugal no final de 2008.
Em Fevereiro, quando tomaram conhecimento da aprovação deste fundo por parte do regulador do mercado de capitais, a CMVM, os accionistas do banco (através da Privado Holding) mostraram o seu desagrado pela decisão.
Para a Privado Holding, liderada por Diogo Vaz Guedes, a medida vinha criar “dificuldades e obstáculos possivelmente inultrapassáveis ao desígnio de viabilização do BPP e de uma solução satisfatória e justa para os clientes”, arrastando o banco, segundo os seus accionistas, “para uma situação de insolvência”.
Notícia actualizada às 13h02
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