"Acalmar os mercados." Ouvi isto vezes demais. Mas afinal o quê, quem são os mercados? Será uma entidade alienígena, de outro mundo que não pode ser questionada?
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Refiro-me ao mercado que mercantiliza a vida das pessoas que constituem o estado. Portanto, daqui resulta que talvez devamos assumir que é uma entidade supra partidária à qual estamos agarrados. À uns tempinhos atrás o estado financiou a banca - não sei se já se esqueceram. Pergunto: Com que juros? E agora os mercados, essa edilidade, financiam os estados. Com que custos, com que juros? Ou arranjamos aí um layoff para o estado - pedido ao mercado ou aos mercados, realmente não se entende quantos são, claro está - ou então recorremos ao amigo de sempre. Vem daí Zé Povinho, desta vez calha-te a ti! (pergunto-me quando é que não calha).
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Quer dizer, quando os estados estão mal aumentamos os juros... Ah bom, já devem estar a ver para quê... Porque agora que os estados têm de se financiar, não é, alguém pode fazer mais algum dinheirinho - é pouco, obviamente - com isso. Mais uma vez vem à minha cabeça - ahhh! afinal serve para algo! - a discussão do capital versus humano, e não capital humano!!! Há uns tempos atrás falei neste sítio acerca da moralidade do lucro. Repito então: Será todo o lucro moral? O legal é moral?
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E eis que surge a pergunta mais rodada nestes dias: Quem será o pai/mãe do mercado?
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