O Vaticano não permitiu que seus funcionários testemunhassem e se negou a cooperar com uma comissão criada na Irlanda para investigar as denúncias de abusos sexuais contra crianças por sacerdotes de Dublin - no que se transformou em um dos maiores escândalos da Igreja Católica nos últimos anos
Segundo documento diplomático dos Estados Unidos, revelado pelo site WikiLeaks, o Vaticano argumentou que o requerimento para os depoimentos não foi feito pelos canais oficiais.
Quando a Comissão Murphy solicitou informações, em 2009, "o Vaticano se ofendeu muito [...] porque viu isso como uma afronta à soberania pontifícia", afirma um documento da Embaixada dos Estados Unidos em Roma, de 26 de fevereiro deste ano.
As descobertas da comissão Murphy, publicadas em novembro de 2009, causaram comoção na Irlanda e na comunidade católica mundial, ao detalhar como as autoridades da Igreja de Dublin acobertaram sacerdotes pedófilos por três décadas.
Elaborado pela juíza Yvonne Murphy, o documento, que possui mais de 700 páginas, contém provas da existência de um esquema por meio do qual sacerdotes e autoridades policiais encobriram agressões cometidas por padres e freiras de instituições católicas irlandesas entre 1975 e 2004. Ao todo, 46 padres estão sendo investigados por denúncias de 320 vítimas.
O escândalo forçou o papa Bento 16 a convocar, em abril deste ano, os bispos da Irlanda para discutir maneiras de voltar a inspirar a confiança dos fieis.
O telegrama intitulado "Escândalos de abuso sexual afetam relações Irlanda-Vaticano, atinge a igreja irlandesa e impõe desafios para a Santa Sé" registra as observações da diplomata americana em Roma, Julieta Noyes. Ele foi publicado pelo jornal britânico "Guardian", uma das cinco publicações que obtiveram acesso antecipado aos mais de 250 mil documentos americanos vazados pelo WikiLeaks.
O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, escreveu à Embaixada da Irlanda e exigiu que qualquer requerimento relacionado à investigação passasse pelos canais diplomáticos.
No telegrama, Noel Fahey, embaixador irlandês no Vaticano, disse a Noyes que o escândalo de pedofilia na igreja foi a crise mais difícil com a qual lidou. O governo irlandês queria "ser visto como cooperativo com a investigação" porque seu próprio Departamento de Educação estava implicado, mas os políticos estavam relutantes em pressionar funcionários do Vaticano para participarem dos interrogatórios.
Segundo a vice de Fahey, Helena Keleher, o governo acabou cedendo à pressão do Vaticano e deu aos seus membros imunidade do testemunho - o que ela considera ter deixado as coisas piores.
Com agências
.Quando a Comissão Murphy solicitou informações, em 2009, "o Vaticano se ofendeu muito [...] porque viu isso como uma afronta à soberania pontifícia", afirma um documento da Embaixada dos Estados Unidos em Roma, de 26 de fevereiro deste ano.
As descobertas da comissão Murphy, publicadas em novembro de 2009, causaram comoção na Irlanda e na comunidade católica mundial, ao detalhar como as autoridades da Igreja de Dublin acobertaram sacerdotes pedófilos por três décadas.
Elaborado pela juíza Yvonne Murphy, o documento, que possui mais de 700 páginas, contém provas da existência de um esquema por meio do qual sacerdotes e autoridades policiais encobriram agressões cometidas por padres e freiras de instituições católicas irlandesas entre 1975 e 2004. Ao todo, 46 padres estão sendo investigados por denúncias de 320 vítimas.
O escândalo forçou o papa Bento 16 a convocar, em abril deste ano, os bispos da Irlanda para discutir maneiras de voltar a inspirar a confiança dos fieis.
O telegrama intitulado "Escândalos de abuso sexual afetam relações Irlanda-Vaticano, atinge a igreja irlandesa e impõe desafios para a Santa Sé" registra as observações da diplomata americana em Roma, Julieta Noyes. Ele foi publicado pelo jornal britânico "Guardian", uma das cinco publicações que obtiveram acesso antecipado aos mais de 250 mil documentos americanos vazados pelo WikiLeaks.
O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, escreveu à Embaixada da Irlanda e exigiu que qualquer requerimento relacionado à investigação passasse pelos canais diplomáticos.
No telegrama, Noel Fahey, embaixador irlandês no Vaticano, disse a Noyes que o escândalo de pedofilia na igreja foi a crise mais difícil com a qual lidou. O governo irlandês queria "ser visto como cooperativo com a investigação" porque seu próprio Departamento de Educação estava implicado, mas os políticos estavam relutantes em pressionar funcionários do Vaticano para participarem dos interrogatórios.
Segundo a vice de Fahey, Helena Keleher, o governo acabou cedendo à pressão do Vaticano e deu aos seus membros imunidade do testemunho - o que ela considera ter deixado as coisas piores.
Com agências
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wikileaks desnuda vaticano caduco...
11/12/2010 15h22Falar de uma instituição milenar é objeto de discussão sim, sobretudo agora que um conservador está à frente não denigre a imagem dos homens e mulheres de bem que está à frente dela. A carcomida doutrina que a sustenta ainda cria, abriga, projeta e prolonga fossos doentios mundo afora. Na redoma de uma indumentária n esta um santo que se mistura ao povao falando em nome Deus, como se Deus passasse procuração, chancelado por uma entidade terrena! Ah, doidivana e leviana presunção! Dá nisso né, bispados e arcebispados escamoteando a verdade. Ainda bem que a Verdade está além dos altares! Dizei "Sim, sim; não, nao". E se não fosse a pressão popular do jornalismo democrático e dos verdadeiros homens de bem o reacionário Bento XVI nao teria convocado para uma reunião dos bispos Irlandeses... vejam: "bispos irlandeses". Lobos cobertos de batina; mesa farta; bem abrigados; carros e mídias à disposição custeados pelo povo... È ou não é heresia? Viva a crença do povo!Viva a Verdade que libertaFernandessao luis de montes belos - GO..
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