Segunda-feira, 13 de Dezembro de 2010
Claro que tudo o que supostamente está escrito nos milhares de documentos divulgados pela WikiLeaks poderia ser mentira e mesmo os tais documentos não passarem de uma invenção de Julian Assange para baralhar as suas ex amantes mais ou menos voluntárias, mais ou menos arrependidas. No entanto, a realidade do momento é a catadupa de novidades sobre isto e aquilo, que vamos vendo escarrapachadas nos jornais; como as descaradas mentiras dos governantes portugueses sobre os voos de e para Guantanamo, as opiniões “pitorescas” dos, chamemos-lhe assim, diplomatas estadunidenses, sobre o “carismático Sócrates”, que tanto e tão duro trabalhou para “melhorar o seu inglês” (tarefa em que teve tanto sucesso como a melhorar a situação do país), ou os atos de Estado condicionados pelos “amuos de Cavaco”... mas hoje, o que inunda as parangonas noticiosas é o grande feito do banqueiro Santos Ferreira ex dirigente da Caixa Geral de Depósitos, atualmente cometendo a gestão do Millennium BCP.
Segundo os tais documentos, o indivíduo, na mira de fazer uns trocos à custa das riquezas do Irão... mas sem querer aborrecer os seus donos norte-americanos, terá pedido a estes autorização para fazer negócios naquele controverso país. Em troca, pagaria esse favor bufando para os EUA todos os segredos que fosse descobrindo sobre as atividades dos seus novos clientes iranianos.
Tudo isto, a ser verdade, apenas retrata o tipo de canalhas que prosperam à frente das grandes instituições do capitalismo, por um lado... e por outro, o tipo de comentários e opiniões produzidas pelo pessoal da embaixadas dos EUA, são uma bela amostra do mar de lixo que “o império” espalha pelo mundo, disfarçado de diplomatas e embaixadores.
Como disse, tudo isto poderá ser mentira, ou mesmo simples “calhandrice”, como lhe chama a “vestal do regime” Fernanda Câncio. A verdade, no entanto, é que pelo menos até agora, ninguém se chegou à frente para desmentir cabalmente as revelações destes documentos, desde a poderosa Hilary Clinton até ao ridículo José Sócrates, ficando-se todos os visados pela condenação, mais ou menos descabelada ou mesmo violenta... da sua divulgação.
Se tudo for mentira... participarei, voluntária e alegremente, na maré-cheia de pedidos de desculpa que varrerá o mundo, presentemente tão conspurcado por esta estória asquerosa.
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