A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

segunda-feira, outubro 29, 2007

Coisas do Circo - Um novo combate


* Emídio Rangel, jornalista (1)
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Se Santana não sucumbir aos ‘ganchos’ de Sócrates, as coisas até podem correr de feição a Menezes.
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Avizinham-se tempos de acalorados debates e de grande disputa política. O futuro vai jogar-se neste Outono, que ninguém tenha dúvidas, marcado já pela primeira sondagem Marktest que coloca PSD e PS no mesmo patamar de intenções de votos.

Como estava bem de ver, Marques Mendes saiu e o PSD subiu de imediato. Luís Filipe Menezes, ao contrário do que profetizavam os seus adversários dentro do partido, apresentou-se ao País com uma grande serenidade, sem recurso aos argumentos do tão propalado populismo.

Sempre que foi chamado a pronunciar-se sobre matérias importantes da vida política, fê-lo com um enorme bom senso e, em regra, na linha daquilo que é considerado o interesse nacional. Os resultados desta sondagem são o prémio para essa sensatez, para essa surpresa e para a retoma da esperança no eleitorado social-democrata.

Aqui não há ainda qualquer factor ‘Santana Lopes’. É a mudança de liderança, um discurso claro em relação a matérias decisivas, como a baixa de impostos ou outras tiradas demagógicas que consubstanciaram a estratégia de Marques Mendes.

Menezes, ele próprio, sozinho, fez renascer a ‘fé’ social-democrata, ganhou, à partida, as simpatias dos sectores que foram vítimas da política de contenção de Sócrates e, como sempre acontece cada vez que se regista qualquer euforia no PSD, esvaziou o CDS e meteu Paulo Portas no bolso do casaco. Parece que a direita se sente confortável com Menezes e que as teses catastrofistas de Pacheco Pereira e outros não se confirmaram.

Curiosamente, à esquerda, Menezes também não entra mal, com sectores do eleitorado socialista a vingarem-se ‘dos maus tratos’ de Sócrates. O capital de queixa do PCP, esgrimido sempre da forma mais demagógica, rendeu uma subida assinalável.

É neste pano de fundo que o ‘combate’ vai recomeçar. Um cenário bem diferente do anterior. Sócrates já não tem o saco de boxe que era Marques Mendes. Para o bem e para o mal não é Menezes que estará na Assembleia a aparar as estocadas do primeiro-ministro.

Se Santana não sucumbir aos ‘ganchos’ de Sócrates, as coisas até podem correr de feição a Menezes, que perante a opinião pública estará sempre dentro e fora das grandes discussões, sem nenhum opositor.

Eventualmente esse ‘estado de graça’ pode fazer caminho ficando Menezes como a alternativa do bom senso e do bom augúrio enquanto Santana é o ‘carregador de piano’, que faz as despesas da conversa e as provocações adjacentes.

O PS tem de se acautelar. Gastou até agora muitas forças e desafiou muitos demónios nestes dois anos e meio. Fê-lo, sem dúvida, em favor do País e de um futuro melhor para os portugueses. Mas isso interessa pouco quando o ‘outro’ oferece ‘céu azul e satisfação’, como dizem os brasileiros.

O PS precisa de uma nova estratégia e de uma maneira hábil de reganhar o seu eleitorado, nesta fase tão diferente da anterior. Provavelmente é necessário um ‘quarto defesa’ só para marcar, marcar sempre, Menezes solto no terreno de jogo, que não deve ser Sócrates.

O primeiro-ministro, deste modo, poderá assumir o resto do combate. Sobretudo precisa de mostrar sem tibiezas que tudo o que fez foi em favor de Portugal e que teve a coragem de realizar as reformas inadiáveis que todos os primeiros-ministros anteriores recusaram. Mais, precisa de provar que a bonança vem sempre depois da tempestade
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in Correio da Manhã 2007.10.27
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Sobre Emídio Rangel ver: Luís Filipe Meneses - o desconhecido


Sobre Palhaços ver: Palhaço - Wikipédia



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(1) * Victor Nogueira
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Ele há cada cambalhota e passe de mágica! ... Se leram «os arruaceiros», afinal não são meia dúzia de excursionistas com lancheira e garrafão de tinto, manipulados pelos sindicatos e pelo PCP, para «insultarem» e ofenderem o senhor José Sócrates. Afinal os «arruaceiros», dias depois, eram 18o mil a 200 mil desfilando nas ruas de Lisboa contra a política dos safados, mas disso não falaram nem os tablóides nem a imprensa de «referência». Salvo para os 200 mil que lá estiveram, a manif dr protesto não existiu..
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Diz o salazarento homem das coisas do circo que «O capital de queixa do PCP, esgrimido sempre da forma mais demagógica, rendeu uma subida assinalável.»
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E num golpe de mágica ou trafulhice reduz tudo a um novo «combate» entre PS/Sócrates e PSD/Menezes. As outras lutas são paisagem de fundo para o alterne PS/PSD arrimados quando preciso ao CDS..
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Impante na sua «sabedoria» de homem que se gaba de vender Presidentes como quem vende sabonetes. termina afirmando que «O primeiro-ministro, deste modo, poderá assumir o resto do combate. Sobretudo precisa de mostrar sem tibiezas que tudo o que fez foi em favor de Portugal e que teve a coragem de realizar as reformas inadiáveis que todos os primeiros-ministros anteriores recusaram. Mais, precisa de provar que a bonança vem sempre depois da tempestade
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E pergunto eu e não só: o POVO já não é quem ordena, ao fim de 33 anos, e ainda não sabe reconhecer os charlatães marionetas do Grande Patronato, mais interessado nas especulações financeiras do que produzir riqueza e criar postos de trabalho, respeitando simultaneamente os direitos consignados na Contituição de Abril, que Sócrates/PS ignora sem vergonha e Menezes/PSD quer «rever»?. Estamos numa de «vale tudo»?

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