A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

quarta-feira, janeiro 26, 2011

De vez em quando... ... gosto tanto de os citar ! - Vitor Dias



24/01/11

De vez em quando...



... gosto tanto de os citar !
É mesmo, de vez em quando, não resisto a, mesmo sem grandes comentários, trazer aqui citações de certo pessoal que não consegue disfarçar o seu ódio visceral, mesquinhez política e raquitismo intelectual. O blogger universitário e coimbrão da terceira (ou quarta ou talvez quinta) noite mal dormida acaba de chamar a Francisco Lopes «funcionário cansado». Do «funcionário» já tratei aqui (deputado 30 e tal anos como Alegre já é outra loiça). Do «cansado» não é preciso dizer nada porque toda a gente viu, ao vivo na rua, nos debates televisivos e nos telejornais. Muito curioso este truque de alguns (atenção, é só alguns) apoiantes de Manuel Alegre: parece que, em vez de lamberem mais ou menos recatadamente as suas feridas e desgostos ou afagarem mansamente a sua respeitável dor pelo fracasso da aposta que fizeram, precisam como de pão para a boca de amesquinhar a candidatura que, quanto mais não fosse por comparação, não se saiu nada mal. Bem vistas as coisas talvez um Xanaxzinho lhes fizesse melhor.
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Blogger Joana Lopes disse...
Vítor, Eu sei de quem está a falar. Mas leu o quê e onde? «Acaba de...»
25 de Janeiro de 2011 11:36
Blogger VÍTOR DIAS disse...
Joana Lopes: Li onde a Joana sabe que li. Assim em «frio polar» (maiúsculas minhas): « Na minha insana sanha anticavaquista, lá depositei então o voto na urna. Não, não foi naquele senhor doutor médico que é todo ele boa pessoa, não foi no chefe da oposição na Madeira, não foi no FUNCIONÁRIO CANSADO, mas sim no outro, aquele do verbo retumbante que o Sr. Lello detesta.»
25 de Janeiro de 2011 13:13
 

04/01/11

Não é tarde nem cedo


Varrendo a testada


Agora, a propósito de Francisco Lopes ser desde há trinta e poucos anos funcionário do PCP, voltaram os remoques, as piadas e as sobrancerias mal disfarçadamente classistas que aquela qualidade estimula em algumas meninges doentias e preconceituosas.


36 anos depois do 25 de Abril que permitiu a criação e/ou legalização de partidos políticos, ser ou ter sido estavel e prolongadamente funcionário de um partido político (especialmente se se tratar do PCP) continua a ser apresentado como sendo quase uma espécie de capitis diminutio ou como um pegajosa e deslustrante etiqueta.

Não quero nada saber se quem assim fala ou escreve é de direita ou de esquerda ou assim-assim, só sei, e é a única coisa que me importa, que o fundo destes juízos é estruturalmente reaccionário.


Pode ser-se empregado de escritório, engenheiro, professor, médico ou advogado toda a vida, mas funcionário de partido (mesmo que sendo também licenciado) ai que horror, possívelmente porque quem assim suspira ou debita acha que a política é uma coisa impura ou mesmo porca onde o profissionalismo e a acumulação de experiência e competências deviam estar proibidos e onde, quando muito, se deviam fazer umas perninhas.


Curiosamente, ou antes por alguma razão, este preconceito só se aplica a funcionários de partido e nunca ou raramente, por exemplo, a cidadãos e cidadãs que tenham sido quase toda a vida deputados ou deputadas.


Dirão alguns que falo em causa própria porque fui funcionário do PCP durante cerca de 29 anos. E é por o ter sido que não me custa reconhecer que um tal opção de vida comporta riscos e limitações mas logo acrescento: como todas as outras opções de vida, profissões ou estatutos sociais, ora deixem-se lá de tretas. E que ninguém baralhe as coisas: não reclamo nenhum estatuto de superioridade, estou só a sacudir um estatuto de inferioridade.


Pois é, se Francisco Lopes, eu e tantos outros tivessemos escolhido «tratar da vidinha» (não confundir com o legítimo tratar da vida segundo um natural critério de interesse e realização pessoais), lá escaparíamos aos dichotes e labéus de opinion makers e bloggers de vistas curtas e almas pequeninas.


Esses podem todos assoar-se ao seguinte guardanapo: é que há compromissos de vida que não amesquinha quem quer.

3 comments:

Graciete Rietsch disse...
Os funcionários do PCP, e falo do PCP porque é o meu PARTIDO de que conheço muitos funcionários, merecem-me toda a consideração. São homens e mulheres que, não desitindo da sua própria vida, ocupam-na a construir uma vida melhor para todos os seres humanos. Deixo aqui a minha homenagem a todos os funcionários do PCP. Um beijo.
José Rodrigues disse...
Diz o povo que quem desdenha quer comprar...porque lhes falta autoridade moral para abdicar de privilégios,mesuras e sinecuras conseguidos à custa do esmagamento de direitos humanos fundamentais.Honra aos revolucionários profissiionais do PCP,do passado,do presente e do futuro! Abraço
Anónimo disse...
Pelo menos no que respeita ao estatuto de revolucionarios profissionais do PCP (incluindo equiparados, apenas no mais elevado sentido da palavra de compromisso com a Causa)estou de plenamente de acordo com o Vitor Dias.
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