A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

quarta-feira, janeiro 05, 2011

O desemprego está a aumentar em Portugal

  • Eugénio Rosa

Governo esconde a verdade
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Os dados do INE sobre a evolução do desemprego em Portugal revelam que o desemprego não pára de aumentar em Portugal. O número oficial de desempregados atingiu os 609,4 mil no 3.º trimestre de 2010, mas o número real, calculado também com base em dados do INE, atingiu já 761,5 mil desempregados. 
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Com o objectivo de desacreditar estes números oficiais, o Governo tem utilizado o desemprego registado divulgado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) que só abrange os desempregados que se inscreveram nos Centros de Emprego. Todos os que não se inscreveram (e são muitos) não constam desses dados. E mesmo os dados do IEFP são reduzidos administrativamente como se vai provar.
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O Gráfico I, construído com os dados mensais do IEFP, mostra a grande diferença entre o número de desempregados que se inscreveram mensalmente nos Centros de Emprego e o número de desempregados a quem os Centros de Emprego conseguiram arranjar trabalho.
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Entre 1 de Janeiro e 30 de Novembro de 2010 inscreveram-se nos Centros de Emprego 631 972 novos desempregados, ou seja, uma média de 57 452 desempregados por mês. Durante o mesmo período de tempo, os Centros de Emprego conseguiram arranjar trabalho para apenas 65 828 desempregados, ou seja, uma média de 5984 por mês. Assim, o número de desempregados que se inscreveram no período Janeiro/Novembro 2010 foi superior ao número dos que arranjaram trabalho em 566 144. Apesar disto, o número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego não aumentou; até diminuiu.
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O Gráfico II, construído também com dados do IEFP, mostra o desemprego registado no fim de cada mês que foi divulgado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional.
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Apesar de o número de novos desempregados inscritos ser 9,6 vezes superior ao número daqueles a quem estes Centros conseguem arranjar trabalho, o desemprego registado divulgado pelo IEFP no 2.º semestre é inferior ao do 1.º semestre como revela claramente o Gráfico anterior.
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O Gráfico III, construído igualmente com dados divulgados mensalmente pelo IEFP, mostra o número de desempregados eliminados em cada mês dos ficheiros dos Centros de Emprego. Entre 1 de Janeiro e 30 de Novembro de 2010 foram eliminados dos ficheiros 543 892 desempregados, ou seja, uma média de 49 445 desempregados por mês.
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Apesar de ser um número tão elevado, o IEFP nunca apresentou na informação que divulga todos os meses as razões desse facto, apesar de solicitado a fazê-lo, assim como da variação que se verifica de mês para mês como revela o Gráfico (Jan. 2010: eliminados 29 389; em Nov. 2010: 59 722).
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O Gráfico IV, também construído com dados do MTSS, mostra o número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego e o número desses a receber subsídio de desemprego.
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Em Janeiro de 2010, o número de desempregados a receber o subsídio de desemprego representava 63,8% do numero total de desempregados inscritos; e, em Novembro de 2010, essa percentagem diminuiu para apenas 57,4%. É clara a redução do apoio aos desempregados em Portugal. E tenha-se presente que muitos desempregados não estão inscritos nos Centros. Por isto também a miséria está a aumentar em Portugal perante a indiferença do Governo
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Avante 2010 12 30
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