Segunda-feira, 24 de Janeiro de 2011
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Muitos comentadores e analistas políticos associam o PS, o governo e José Sócrates aos derrotados nas presidenciais. Ao contrário, contra a corrente, associo o PS, o governo e José Sócrates aos vencedores. Não coloco sequer a hipótese de vitória eleitoral de Manuel Alegre (coisa só atingível nas cabeças de Helena Roseta, Louçã e mais uma centena de «poetas» da política portuguesa), mas apenas da hipótese de uma segunda volta nestas eleições, onde Alegre iria obter, inevitavelmente, qualquer coisa entre os 30 a 40% por cento. Um resultado deste tipo serviria de trampolim para as maiores diatribes contra as políticas do governo de «subordinação aos interesses do FMI, do imperialismo, do capitalismo e dos especuladores financeiros». Perante os resultados que se verificaram, José Sócrates e o Governo têm apenas pela frente um adversário político tímido e fragilizado (pelos resultados e pelo «caso BPN») – Cavaco Silva. No rescaldo de uma segunda volta, José Sócrates (e sobretudo o PS) teriam pela frente, para além de Cavaco Silva (reeleito com uma expressão eleitoral mais sólida), um Alegre a reclamar quase dois milhões de votos e Louçã a reclamar uma vitória estrondosa do BE e a exigirem, ambos, uma «mudança de políticas», entalando o PS e procurando o seu isolamento e desmoronamento. Por isso, insisto: o PS, o governo e José Sócrates encontram-se entre os vencedores da noite eleitoral.
Por Tomás Vasques às 15:27
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http://hojehaconquilhas.blogs.sapo.pt/1215441.html
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