"e como que a experiência é a madre das cousas, por ela soubemos radicalmente a verdade" (Duarte Pacheco Pereira)
A Internacional
sexta-feira, novembro 30, 2007
quinta-feira, novembro 29, 2007
Greve Geral da Administração Pública
Deste modo, a Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública e os Sindicatos da Função Pública do Norte, do Centro, do Sul e Açores e dos Consulados e Missões Diplomáticas iniciaram já o processo de mobilização dos trabalhadores que representam para a participação nesta nova jornada de luta.
Numa altura em que o Governo se mostra intransigente no que toca aos aumentos salariais, tentando impôr percentagens que confirmam a perda de poder de compra já registada em anos anteriores; numa altura em que se perspectiva a entrada em vigor de um novo sistema de avaliação de desempenho que é apenas e só um instrumento de coacção dos trabalhadores; numa altura em que se prepara a destruição do vínculo público e dos sistemas de carreiras e de remunerações, a luta dos trabalhadores da Administração Pública é determinante.
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STAL e STML em Greve também
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quarta-feira, novembro 28, 2007
“A Comédia do Poder”: Podres poderes
por Cloves Geraldo,
Jornalista
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Em “A Comédia do Poder” ela é mostrada em toda a sua extensão, no processo conduzido pela juíza Eva Joly contra os altos gestores da poderosa Elfe Equitane. Chabol, cheios de nuance, ironia e paródia, muda os nomes reais dos envolvidos e os transforma em personagens calcados de tal forma na realidade, que fica difícil não identificá-los. No filme, a investigação é empreendida pela juíza Jeanne Charman-Killman (Isabelle Huppert) contra Michel Humeau (Françóis Borléand), presidente de uma estatal francesa, acusado de desvio de fundos, fraudes e corrupção. Meticulosa, incisiva e disposta a não recuar, ela inicia a fase de depoimentos ouvindo os principais envolvidos, sem atacá-los. Quer saber apenas o que cada um fez, sem culpá-los, a princípio.
Mas, à medida que o processo avança, eles mesmos vão se inculpando, abrindo veredas, que ela persegue para preencher os espaços vazios. Desta forma, Chabrol nos alerta, para uma verdade: não é quem investiga que descobre o grau de envolvimento do acusado, mas é este, na ânsia de ocultar os fatos que o incriminam, que dá as pistas a serem checadas. São ilustrativos deste alerta, os diálogos de Jeanne Killman com os subalternos de Humeau e depois com o próprio. Eles não respondem ao que ela indaga, deixa-lhe, assim, a possibilidade de enxergar para além deles. Ela o faz, chegando inclusive a um seu conhecido, aquele que a ajudou em certo momento de sua carreira. Os dois conversam, ele espera que ela não desmonte o castelo criado por ele junto, principalmente, com Humeau.
Cumplicidade entre empresários e Judiciário guarda semelhança com o caso ocorrido no Brasil
Entende-se que o Judiciário, em certo instante, ocupa espaço próximo aos demais poderes. E pode tirar proveito, em seu benefício, das artimanhas dos envolvidos nas teias da corrupção. Esta proximidade cria condições para a sedução, a promiscuidade, a queda para as facilidades que resultam na participação do Judiciário na estrutura de corrupção. Qualquer semelhança entre empreiteiros e juízes na construção do Tribunal Regional de Trabalho de São Paulo não é mera coincidência. Nestas esferas, para que as fraudes ocorram a contento, sem punição, é necessária cumplicidade total. Jeanne Killman, no entanto, não se deixa seduzir. Ela enfrenta Humeau à altura do exigido. Diz-lhe, com todas as letras, quem ele é. Cumpre com sua obrigação, levando o público a respirar aliviado. Neste momento, ela é o poder absoluto, o único que pode bloquear a continuidade da sangria nos cofres públicos.
Chabrol, ironicamente, corta numa dessas seqüências, para a reunião entre o “amigo” de Jeanne Killman, Mumeau e outros envolvidos. Eles discutem o impasse a que chegaram diante da insistência dela de levar o caso adiante, com uma tenacidade digna de quem sabe qual é seu papel na estrutura de estado. O ambiente da reunião é um clube, freqüentado pela alta burguesia francesa. Descontraído, com bebida e conversa solta. Chabrol torna-a, aos poucos, numa daquelas reuniões de mafiosos, discutindo como eliminar quem os impede de continuar a praticar o crime. Toda a dignidade que procuram manter cai por terra. Eles são ali criminosos tramando contra a justiça, não a justiça como estrutura de poder, mas como espada sobre suas cabeças, levantada pela supostamente frágil juíza Jeanne Killman.
Ver os agentes da corrupção nas altas esferas como criminosos torna-se uma boa contribuição de Chabrol, para casos dessa natureza. Não há forma de vê-los de outra forma. Só que estamos nas relações de poder, onde cada um ocupa o espaço delegado por outro, que está degraus acima do seu. E Jeanne Killman deve explicações e deve seguir orientações de seu chefe. E este, como sempre ocorre nas instâncias de poder, freqüenta as mesmas rodas que os acusados. Ela, então, se vê num impasse, continuar as investigações ou ceder às pressões que vêm agora de todo o lado. Inclusive de suas relações familiares. Herdeira de um nome pomposo e de alta classe, ela, com o caso, passa a se dedicar mais a ele do que ao marido Philippe Charmant-Killman. Seus únicos momentos de relaxamento são quando trocas amabilidades com o sobrinho Félix (Thomas Chabrol) na cozinha.
Chabrol não vê saída na relação entre a juíza e seu marido, opta pela tragédia
Esta junção de vida profissional e vida familiar estabelece um conflito comum nos filmes modernos. O personagem tem que optar por um ou outro. Caso contrário; ambos sairão sacrificados. Com Jeanne Killman o caso se agudiza. O marido, deixado em segundo plano, cai na derrisão, quando deveria ajudá-la a combater os adversários. Não compreende o que se passa, comporta-se como alguém que precisa de toda atenção, para manter sua auto-estima. Uma critica, sem dúvida, ao objeto que se transforma o homem, quando a mulher ocupa posição de estaque. Não que Chabrol faça critica feminista ou mergulhe seu filme num combate de gêneros, mas se presta a uma nuance sobre as relações homem/mulher hoje.
Se antes era a mulher que cobrava presença do marido, pressionando-o para encontrar mais tempo para ela, agora é o homem que o faz. Chabrol parece não encontrar saída, um equilíbrio que os leve ao entendimento. Prefere a tragédia. Jeanne Killman, ainda que forte e decidida, tem seus instantes de fragilidade, de ver sua relação amorosa sofrer uma queda, ao mesmo tempo em que seu trabalho recua. Este é um recurso dramático do qual Chabrol e seu co-roteirista, Odiel Barski, lançam mão. E mantidas as devidas proporções é o mesmo recurso usado pelos filmes de suspense, do qual ele é mestre incontestável, para mostrar a queda do herói, que se reergue logo à frente. Faz, sem dúvida, o filme andar. O público torce para que Jeanne Killman vença a batalha contra Humeau, mas também resgate seu casamento. Mas, como estamos num filme de Chabrol, os clichês logo são jogados às traças.
A cumplicidade entre as altas esferas de poder, em que cada um deve favor ao outro, se impõe. O esforço de Jeanne Killman é ameaçado. Seu superior lhe opõe a assistente, Erika (Marilyne Canto), igualmente competente, mas sujeita às influências e as possibilidades de ascensão que lhes são apresentadas. Transforma a puxada de tapete num conflito entre ela e Erika. Um meio de continuar o processo, de forma lenta, sem levá-lo às últimas conseqüências. Há, diz Chabrol, sempre alguém que se presta a este jogo. As feridas ficam, sem dúvida, para quem achava que é possível romper estruturas. Jeanne Killman porta-se à altura desse impasse. Manter-se íntegra é seu propósito. Chabrol não a transforma numa vítima. Ao estruturar o filme em várias camadas, ele escapa ao derrotismo. A pena para os implicados não é apenas enquadrá-los, enjaulá-los, mas expô-los à opinião pública.
Filme de Chabrol lembra dramas políticos italianos da década de 70
Este, aliás, é o grande ganho nesses casos de corrupção, a exposição dos implicados, ainda que no final, eles escapem ilesos. Desnudam-se as entranhas do poder, mostra-se o que lá ocorre, quem são os que manipulam os cordéis e o que deles fazem. “A Comédia de Poder” é um filme-denúncia mesclado a drama familiar e relações de poder, tipo de obra comum nos anos 70. Época dos dramas políticos italianos, de Damiano Damiani (Confissões de um Comissário de Polícia ao Procurador da República), Francesco Rossi (Cadáveres Ilustres) e Elio Petri (Investigação sobre um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita), hoje deixados de lado, dada a preferência pelos filmes-espetáculo infanto-juvenis. Porém, a “A Comédia de Poder” mexe com tema atual, da corrupção institucionalizada.
Chabrol, ao se debruçar sobre a vida familiar de Jeanne Killman, foge ao padrão desses citados filmes. Eles se fixavam apenas nas podres relações do poder. Ele, não, amplia sua visão do papel reservado à mulher; ocupada em travar uma luta à altura dos desafios que o momento histórico lhe reserva. Não cai, entretanto, na vala comum de colocá-la como salvadora de ética e da justiça, pois a seu lado há outra mulher, a juíza-assistente Erika que se presta às artimanhas do poder, a serviço de corrupção. Deixar de lado o maniqueísmo torna “A Comédia do Poder”, mas eficiente. Muitas armadilhas esperam quem busca recompor as estruturas de poder. O título francês, “L´Ivresse du Pouvoir” (Embriaguez do Poder), diz mais sobre o que ele, Chabrol, aborda, do que chamar as tramóias da alta esfera de poder, de comédia. O riso que pode sair daí é amarelo, um amarelo carcomido pela carência de criatividade.
Personagens escondem mais que revelam sobre suas ações
É, dos mestres da Nouvelle Vague, aos 77 anos (nasceu em 1930), o único com freqüência nas telas. Seus filmes penetram, sem cerimônia, nas intimidades da burguesia e as revelam em sua integridade. Não é dado às elaborações técnicas, à vanguarda, igual a Jean Luc Goddard, tem, no entanto, uma leveza, que torna suas obras atrativas. Assim, “A Comédia do Poder” pega um fato, corriqueiro nos dias atuais, e o amplia. Tem-se a sensação de que os personagens escondem mais que revelam. Não são, porém, inocentes. Está na face de Humeau que ele carrega nas costas pesados fardos de moeda - e no rosto do magistrado-chefe de Jeanne Killman, que ele é seu cúmplice, menos por ter participado de seus atos, mais por querer, como sempre ocorre, transparecer que o equilíbrio do poder se dá esquecendo desvios e escorregadelas dos altos dignatários.
Opção esta difícil de aceitar, dada suas conseqüências, aí, sim, para a justiça exercer seu papel. Coisa quase impossível na estrutura capitalista que se alimenta, é verdade, desse equilíbrio deverás delicado. Assistir a “A Comédia do Poder” transforma-se, assim, numa maneira de enxergar as contradições atuais como inerentes ao sistema e não uma recaída de um ou vários de seus pares. Para Jeanne Killman, embora o preço tenha sido alto demais, fica a imagem de quem enfrenta as rupturas nas estruturas de poder, mas pode fazer pouco por sua correção. Os caminhos alternativos ao que Chabrol apresenta, ficam a cargo do espectador. Ele, enfim, é o real juiz dessa embriaguez do poder.
VERMELHO .:: A esquerda bem informada ::.
23 DE NOVEMBRO DE 2007 - 17h03
.“A Comédia do Poder” (L´Ivresse du Pouvoir”). Drama. França. 2006. Duração: 110 minutos. Roteiro: Odiel Barski e Claude Chabrol, baseado no “Affaire Elf”. Diretor: Claude Chabrol. Elenco: Isabelle Huppert, François Borléand, Marilyne Canto, Thomas Chabrol.
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Uma outra opinião
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Chabrol e a corrupção francesa
Cid Nader é editor do site cinequanon.art.br
Engana-se quem tem a pachorra de imaginar que corrupção é exclusividade nossa. Engana-se duplamente quem, um pouco mais inteirado, sabe que corruptores e corrompíveis existem em qualquer rincão do planeta, mas imagina que tratar do assunto indignada e abertamente é coisa de nossos hermanitos argentinos.
Será que alguém nesse mundo deixou de ouvir algo a respeito da famosa operação “mãos limpas”, que tomou políticos e industriais italianos pelas orelhas conduzindo-os em grande número para trás das grades, num exemplo a ser seguido por quem se imagine honesto? Pois é, a França, da civilização iluminista, da igualdade e fraternidade, também sofre em seus interiores racionais com o problema, a ponto de fazer com que um dos mestres do cinema francês ainda em atividade, Claude Chabrol (A dama de honra), se aventurasse por caminho tão árduo, em busca de esclarecimentos e paz interior.
Talvez a motivação maior a levar o cineasta a tratar do assunto tenha sido a oportunidade de tratar e falar do poder – algo que caminha, descaradamente, par-a-par com os participantes dessa modalidade de crime. Para tanto, Chabrol abraçou um famoso caso de escândalo financeiro em seu país e resolveu tentar puni-lo com a atriz fetiche de alguns cineastas e dos francófilos espalhados mundo afora, Isabelle Hupert. Ela faz a juíza que se encarrega de denunciar os envolvidos no escândalo, e começa a caça aprisionando o empresário Michel Humeau (François Berléand), mais como um exemplo da justiça dura e punitiva que se abateria sobre o restante dos envolvidos – com muito maior carga de responsabilidade do que o engaiolado empresário -, do que por convicção de sua culpabilidade exclusiva. Ela demonstra, também, abuso do poder que tem em mãos para conduzir as investigações e o início do inquérito, e isso acaba por fazer o duplo sentido que faz contrapeso interessante ao poder emanado pelos envolvidos no crime.
(...)
ver conclusão em Omelete.cine
terça-feira, novembro 27, 2007
Porqué no te callas?
* Boaventura Sousa Santos
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Esta frase, pronunciada pelo Rei de Espanha, dirigindo-se ao Presidente Hugo Chávez durante a XVII Cimeira Iberoamericana, corre o risco de ficar na história das relações internacionais como um símbolo das contas por saldar entre as potências ex-colonizadoras e as suas ex-colónias. Não se imagina um chefe de Estado europeu a dirigir-se nesses termos publicamente a um seu congénere europeu quaisquer que tenham sido as razões do primeiro para reagir às afirmacões do último. Como qualquer frase que intervém no presente a partir de uma história não resolvida, esta frase é reveladora a diferentes níveis.
Revela a dualidade de critérios na avaliação do que é ou não democrático. Está documentado o envolvimento do primeiro-ministro de Espanha, José Maria Aznar, no golpe de Estado que em 2002 tentou depor um presidente democraticamente eleito, Hugo Chávez, com a agravante que na altura a Espanha presidia à União Europeia. Para Chávez, Aznar, ao actuar desta forma, comportou-se como um fascista. Pode questionar-se a adequação deste epíteto. Mas haverá tanta razão para defender as credenciais democráticas de Aznar, como fez pateticamente Zapatero, sem sequer denunciar o carácter antidemocrático desta ingerência? Haveria lugar à mesma veemente defesa se o presidente eleito de um país europeu colaborasse num golpe de Estado para depor outro presidente europeu eleito? Mas a dualidade de critérios tem ainda uma outra vertente: a da avaliação dos factores externos que interferem no desenvolvimento dos países.
Zapatero criticou aqueles que invocam factores externos para encobrir a sua incapacidade de desenvolver os países. Era uma alusão a Chavez e à sua crítica do imperialismo norte-americano. Podem criticar-se os excessos de linguagem de Chávez, mas não é possível fazer esta afirmação no Chile sem ter presente que ali, há trinta e quatro anos, um presidente democraticamente eleito, Salvador Allende, foi deposto e assassinado por um golpe de Estado orquestrado pela CIA e por Henry Kissinger. Tão pouco é possível fazê-lo sem ter presente que actualmente a CIA tem em curso as mesmas tácticas usando o mesmo tipo de organizações da "sociedade civil" para destabilizar a democracia venezuelana.
Tanto Zapatero como o Rei ficaram particularmente agastados pelas críticas às empresas multinacionais espanholas (busca desenfreada de lucros e interferência na vida política) feitas, em diferentes tons, pelos presidentes da Venezuela, Nicarágua, Equador, Bolívia e Argentina. Ou seja, os presidentes legítimos das ex-colónias foram mandados calar mas, de facto, não se calaram. Esta recusa significa que estamos a entrar num novo período histórico, o período pós-colonial, um período longo que se caracterizará pela afirmação mais vigorosa na vida internacional dos países que se libertaram do colonialismo europeu, assente na recusa das dominações neocoloniais que persistiram para além do fim do colonialismo. Isto explica porque é que a frase do Rei de Espanha, destinada a isolar Chávez, saiu pela culatra. Pela mesma razão têm falhado as tentativas da UE para isolar Roberto Mugabe.
Mas "¿porqué no te callas?" é ainda reveladora a outros níveis. Saliento três. Primeiro, a desorientação da esquerda europeia, simbolizada pela indignação oca de Zapatero, incapaz de dar qualquer uso credível à palavra "socialismo" e tentando desacreditar aqueles que o fazem. Pode questionar-se o "socialismo do século XXI" - eu próprio tenho reservas e preocupações em relação a desenvolvimentos recentes na Venezuela - mas a esquerda europeia deverá ter a humildade para reaprender, com a ajuda das esquerdas latinoamericanas, a pensar em futuros pós-capitalistas.
Segundo, a frase espontânea do Rei de Espanha, seguida do acto insolente de abandonar a sala, mostrou que a monarquia espanhola pertence mais ao passado da Espanha que ao seu futuro. Se, como escreveu o editorialista de El País, o Rei desempenhou o seu papel, é precisamente este papel que mais e mais espanhóis põem em causa, ao advogarem o fim da monarquia, afinal uma herança imposta pelo franquismo. Terceiro, onde estiveram Portugal e o Brasil nesta Cimeira? Ao mandar calar Chávez, o Rei falou em família. O Brasil e Portugal são parte dela?
in Esquerda.net - 24-Nov-2007
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Ver também Pedro Campos - Por quê não abdicas tu?
segunda-feira, novembro 26, 2007
Conselho Mundial da Paz ratifica apoio à política de Chávez
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“Queremos expressar nosso respaldo à Revolução Bolivariana, que tem o apoio das massas, especialmente no seu objetivo de aprofundar a democracia e a participação popular”, disse o secretário-geral do CMP, Thanassis Pafilis, em seu discurso inaugural.
O ativista grego enfatizou a necessidade de apoiar esse processo, que se depara com todo tipo de provocações e ataques “por parte dos que estão perdendo seus privilégios e por forças intervencionistas estrangeiras”.
“Consideramos que os povos têm o alienável direito de escolher seu próprio caminho, bem como a lutar contra qualquer tipo de intervencionismo”, completou Pafilis.
Alba
“Esse é o melhor contexto para celebrar no próximo mês de abril a Assembléia e Conferência Mundial da Paz, em Caracas, Venezuela”, assinalou o cubano Orlando Fundora, presidente do CMP.
Já Elke Zwinge-Makamizile, líder do Conselho Alemão da Paz, afirmou que propostas como a Alba reforçam a necessária cooperação Sul-Sul. Sob esse prisma, ele também destacou a criação do Banco do Sul na América Latina, “que ajudará os povos a romper as cadeias que os vinculavam com o FMI”.
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domingo, novembro 25, 2007
Luta de trabalhadores na França entra no 8.º dia
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Aos trabalhadores dos transportes em greve por tempo indeterminado desde quinta-feira, 15, juntaram-se, anteontem, os funcionários dos diferentes ramos da administração pública, em defesa do seu poder de compra e contra a extinção de cerca de 23 mil postos de trabalho anunciados pelo governo para 2008.
Em relação à acusação de que trabalhadores teriam sabotados linhas do trem de alta velocidade francês, o TGV, a CGT, principal sindicato dos ferroviários, negou qualquer responsabilidade. Segundo os dirigentes sindicais, as destruições cometidas são “inadmissíveis”.
Em greve, além dos serviços da administração central e local, estiveram os professores, os enfermeiros, os correios (La Poste) e as telecomunicações (France Telecom), bem como os controladores aéreos.
No conjunto, foram abrangidos pela convocatória de greve cerca de 5,2 milhões de trabalhadores com vínculo público, dos quais os sindicatos calculavam uma adesão na ordem dos 50 por cento.
A impressão de que o país parou foi ainda reforçada por uma inesperada greve na empresa Nouvelles Messageries de la Presse Parisienne (NMPP), que detém o monopólio da distribuição de diários de âmbito nacional. Em conseqüência deste protesto contra o anúncio de demissão de 350 trabalhadores, os principais títulos da imprensa estiveram ausentes das bancas de jornais.
Entretanto, a greve nas estradas de ferro (SNCF) e transportes de Paris continuou a provocar, no seu nono dia, sérias perturbações em todo o país, que foram especialmente notórias na capital.
Apesar do desgaste provocado pelo arrastamento da greve, os trabalhadores da SNCF e da RATP voltaram a demonstrar, na segunda-feira, 19, uma inequívoca vontade de prosseguir a luta em defesa dos regimes especiais de aposentadoria. Em todas as assembléias gerais realizadas, cerca de 90 por cento dos participantes pronunciaram-se pela continuação da greve no dia seguinte.
Universidades bloqueadas
No início da semana, 56 estabelecimentos de ensino superior, dos 85 existentes em França, participavam no protesto contra a lei da autonomia universitária, a chamada lei Pécresse (nome da ministra da Educação), aprovada pelo governo em Agosto passado.
Entre os 26 centros universitários que permanecem totalmente bloqueados, alguns encerrados administrativamente, destacam-se o de Amiens, Bordéus, La Rochelle, Limoges, Lille, Montpellier, Orleães, Pau, Perpignan, Rouen, Toulouse e várias universidades de Paris.
Da redação, com informações do Jornal Avante!VERMELHO .:: A esquerda bem informada ::.
Ver tambémSIC Online - Greve em França
sábado, novembro 24, 2007
O delírio das grandezas
* Jorge Cádima
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Enquanto os cofres do Vaticano abarrotam de oiro, os seminários estão às moscas, a juventude foge das missas como o diabo da cruz e multidões tecnicamente «crentes» viram as costas às catequeses e ao dogma, irreconciliáveis com a vida moderna e com um racionalismo em movimento que não cessa de crescer.
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Como sempre, Bento XVI falou em código cifrado. Disse que o clero tinha de mudar de mentalidade, o que é tudo e nada é. Ele próprio, Ratzinger, é um exemplo vivo do pastor da igreja que não muda. Propõe novas estratégias mas impõe, simultaneamente, a intocabilidade do Dogma e a cega obediência à regra da cadeia hierárquica que defende o Primado da Fé, visa a extinção do Estado Social e reclama a paternidade do Capitalismo.
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A hierarquia católica enferma do delírio das grandezas. A maleita é fatal.
Os próximos passos dos bispos
Em Portugal, há um projecto canónico que se arrasta há anos e que os responsáveis católicos fingem esquecer. A sua sigla é “Reforma das paróquias portuguesas”, título que, tal como o que fez o papa no seu discurso, diz tudo sem nada dizer. A reforma das paróquias que é suposto implementar-se transcende os seus objectivos declarados: é a reforma global da igreja portuguesa. O papa conhece perfeitamente essa proposta. Nesse sentido, tudo o que disse pode ser considerado como uma luz verde, o tiro de partida para uma experimentação laboratorial num pequeno país de uma fórmula que, se resultar, poderá representar a sobrevivência da igreja católica na União Europeia.
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As grandes linhas gerais de orientação são bem conhecidas. O Vaticano é um firme aliado do Capitalismo e admira a vitalidade das mudanças neoliberais. Sobretudo, revê-se nos princípios universalmente aplicados das fusões de empresas, da mobilidade, da flexibilidade, da reconversão ou da privatização de competências do Estado. Envolta por sociedades que febrilmente se movimentam, a Igreja católica sente-se cada vez mais só. Há, pois, que mudar estratégias e estruturas.
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Tanto quanto se saiba, a «Reforma das Paróquias» visará fundamentalmente, numa primeira fase, extinguir ou reagrupar as pequenas paróquias rurais com populações reduzidas; e transferir para as organizações da Sociedade Civil (ONGS, IPSS, Misericórdias, Fundações) os espaços que o Poder vai sucessivamente abandonando na Saúde, no Ensino, no Comércio e Indústria, etc. A figura tradicional do pároco residente será totalmente extinta. Em sua substituição funcionarão, a partir das sedes de concelho ou de distrito, equipas mistas de grande mobilidade e capacidade de intervenção, juntando agentes da Acção Social e catequistas «agentes da Pastoral». As escolas católicas localizadas nos centros urbanos lançarão grandes movimentos de alfabetização e de formação profissional, acompanhados por Aulas da Religião. Organizar-se-ão, no mesmo sentido, equipas sanitárias móveis e hospitais católicos, nomeadamente hospitais de retaguarda. Os financiamentos desta grande mudança social serão garantidos quer pelo Estado - parceiro principal – quer por grupos económicos patrocinadores quer, ainda, por empresas da igreja com fins lucrativos. Com o tempo, estas estruturas orgânicas laico-confessionais abrangerão toda a comunidade. A Igreja ganhará em influência, o Estado capitalista libertar-se-á do peso morto da acção social e o grande capital virá a beneficiar de novos fatias de mercado e de melhor qualidade de mão-de-obra. O Ensino, naturalmente, será feudo católico.
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O projecto existe, Ratzinger conhece-o bem e dá-lhe a sua bênção. O episcopado português, ultraconservador e situacionista, fica entalado entre a espada e a parede. Terá de aceitar participar numa aventura sem garantias, para a qual não existe alternativa, sempre sob a ameaça de não haver retorno. A situação é dramática. Se o projecto avançar, a Igreja apostará o seu futuro na vitória ou na morte do capitalismo. Caso a tentativa não avance e seja abandonada, a Igreja perder-se-á nas areias do deserto e da indiferença dos homens.
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Trata-se de uma reforma de alto risco. Para dentro da esfera religiosa terão de ser transportados os métodos capitalistas que arrastam os despedimentos, as deslocalizações e as rupturas políticas de alianças provisórias e de cultura efémera.
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A situação da igreja católica é já um bicho de sete cabeças. Equacionar um projecto desta grandeza, torna-se difícil mas possível. Traduzi-lo na acção, dar-lhe conteúdos sólidos, é matéria de dificuldade transcendente. Diríamos mesmo: o plano é impraticável.
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quinta-feira, novembro 22, 2007
A Igreja e os direitos dos trabalhadores
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* Jorge Cádima
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Há dias, foram entrevistar o padre Jardim Moreira, presidente da Rede Europeia Anti-pobreza da Pastoral Social, acerca da pobreza em Portugal. O sacerdote manifestou-se optimista: «A pobreza não é bem uma tragédia inevitável. Felizmente, a pobreza persistente é só uma parte do todo, senão estávamos perdidos!». Os desempregados podem «dar a volta» a essa situação, aprendendo e educando-se. Afirmou que, segundo as estatísticas (católicas), 49% dos pobres detectados conseguiram sair da miséria. A mesma tese foi defendida por outros altos responsáveis da Pastoral Social, designadamente pelo influente padre José Maia que agora preside à poderosa «Fundação Filos», do patriarcado de Lisboa. A pobreza só atinge aqueles que «caem no desespero» quando se confrontam com uma situação pessoal de desemprego, doença ou velhice. Pobre é só aquele que não sabe reagir ao infortúnio e entra em pânico. A pobreza é um «estado de espírito» e o seu principal culpado, o próprio pobre que não se auto-valoriza...
Novas faltas de vergonha
Chama também a atenção o virar costas da igreja católica a afirmações públicas de responsáveis políticos e financeiros que se dizem crentes. É o caso de um certo projecto capitalista menos falado – o «E-Government» - que está a ser desenvolvido a nível global. Em resumo, trata-se dos aparelhos de Estado, das direcções financeiras e da Sociedade Civil, praticarem uma «cumplicidade estratégica» que envolva «melhor Estado, eficiência global, racionalidade e transparência nas relações do poder político com os cidadãos». De um ponto de vista capitalista, é claro. Este padrão de «cumplicidade» promove aquilo a que chamam a «reinvenção electrónica do Estado», e se traduz na «coragem» dos políticos em destruírem o que está no presente tecido social por «aquilo que vier, seja o que-quer-que-for». É justamente isso que se está a passar em Portugal à custa da destruição dos postos de trabalho, do aumento do custo de vida, dos cortes salariais e de pensões ou da «flexiegurança». A direita declara-se «boa aluna» do capitalismo neoliberal. A Igreja tudo vê e tudo cala. Intimamente, só pode aplaudir. É certo que perde em dignidade e em aura popular. Mas está convicta de que, tal como recentemente afirmava em «caixa alta» um diário português de grande circulação, «a construção do Novo Estado não se pode fazer sem a Sociedade Civil». E a sociedade civil é a Igreja.
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Aqueles 49% de pobres «recuperados» a que aludiu o padre da Rede Anti-Pobreza são um embuste e ele sabe-o bem. Um jovem desempregado pobre inscreve-se nos «call centers» (centros de atendimento), recebe um contrato de 3 meses e, automaticamente, deixa de ser pobre. Os meses passam, o contrato caduca e o jovem volta a ser pobre. Mas foi apagado do registo de pobreza. A Estatística cumpriu as suas funções oficiais. E a Igreja calou-se, cumprindo a regra da «cumplicidade estratégica» que a liga aos seus parceiros. O grupo de trabalhadores precários que integram a pobreza em Portugal envolve, segundo se calcula, mais de 150 mil trabalhadores, 1,2 milhões de euros de salários e cresce a um ritmo anual de 10%.
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A historieta da «derrocada do BCP» é outro caso do cruzamento de intrigas e de interesses dos banqueiros de«chapéu alto». Toda a imensa massa de capitais em causa inclui uma gigantesca parcela de dinheiros eclesiásticos. A sugestão de «crise no BCP», apenas é um factor da intriga com que se oculta o projecto de fusão de capitais financeiros ibéricos, à escala da globalização, com a criação de um canibalesco super-banco concebido como um monopólio bancário. E recusemos a ideia de que há banca nacional, como mentirosamente nos dizem. O dinheiro não tem pátria, nem moral, nem cor.
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Pelo contrário valores monetários «cúmplices» desta ordem podem significar, se a operação for em frente, a venda da nacionalidade, a liquidação da democracia e a redução a cacos das Conquistas de Abril.
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in Avante 2007.11.08
segunda-feira, novembro 12, 2007
Saúde: Trabalhadores rejeitam seguro
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in Correio da Manhã - Sabado, 3 Novembro 2007 - 03:26
EUA: Lançamento sobre Hiroshima - Morreu o piloto da bomba atómica
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Sabado, 3 Novembro
- Graça Afonso O Japão era de facto imperialista e pró-nazi! Mas que culpa têm os inocentes vitimas desta bomba horrorosa? Para mim os Americanos foram tão criminosos como os nazis!
- LGF Lizard Pelo que se lê dos diversos comentários, existem pessoas que preferiam que o Japão e a Alemanha nazi ganhassem a guerra e que os Aliados a perdessem. Talvez se tivessem vivido sob a ocupação japonesa ou nazi não diriam o mesmo. Numa guerra nâo interessa ficar em 2ª lugar. Luta-se para ganhar e não para agradar à "moral" dos hipócritas anti-americanos do costume.
- LGF Lizard Por acaso a China, Coreia, Tailândia, Birmânia, Singapura, Filipinas, Indonésia, e as ilhas da Micronésia e do Pacífico eram japonesas? Todas elas custaram sangue, suor e lágrimas para as libertar, principalmente aos americanos. Que ninguém esqueça os 10 milhões de vítimas provocadas pelas atrocidades japonesas.
- Victor C Para quem vem chamar cínico para aqui a quem comentou desvafavorávelmente a morte deste "pateta" deveria recolher o adjectivo. As ilhas "libertadas" a que se refere, eram japonesas. As bombas foram lançadas sobre inocentes e ainda hoje morrem pessoas por isso. A guerra foi desigual e a pior atitude vem de um país que está sempre a violar as regras, mas sempre a chamar a atenção dos outros:EUA.
- el-cocho As grandes de teorias dos estrategas de guerra não me impressionam, para mim impressionante é o facto de morrerem milhares de civis em suas casas ( não no campo de batalha) a grande demagogia destes senhores que equacionaram as perdas de vidas humanas é; "conversa" a única vida que defenderam à partida foi a própria e dos seus.
- Edson Martins- Rio de Janeiro Paul Tibbets simplesmente cumpriu ordens, no lugar dele eu também teria uma vida normal e tranquila.Todos tem peninha do japão, mas não lembram das atrocidades que o japão fazia na guerra. A bomba foi um mal necessário, não fosse ela e a guerra no Pacífico teria sido mais longa e o nº de mortos seria muito maior. Parabéns a Paul Tibbets e tripulantes do ENOLA GAY
- Emídio Cardoso Como pode haver tanto cinismo!Acabo de ler os comentários,de gente que expressa libremente a sua opinião.Devem ter conhecimento,profundo do tema.Pois devo reconhecer, que não entendo nada.Nunca foi defensor de tiranias e de tiranos,sempre defendi a vida humana e a sua liberdade.Como pode haver gente que condena este piloto por ter morto tanta gente e passe por alto á ditadura,expancionista japonesa durante a 2ª Grande Guerra.Como se poderia terminar com a expansão imperialista do Japão nessa época,com menos mortes.Cada ilha que se” libertava”quantos milhares de mortos custava?Certamente que isto para a maioria da gente não é importante.
- Silva Este episódio é uma nódoa negra na curta história dos EUA.
Sexta-feira, 2 Novembro
- LGF Lizard Honra a homens como este, que ajudaram a derrotar os regimes da Alemanha nazi, da Italia fascista e do Japão imperial-fascista. Acabou com a 2ª Guerra Mundial. E o seu gesto acabou por salvar vidas. Se os EUA invadissem o Japão em 1945, as baixas americanas e japonesas seriam de milhões e não de milhares.
- Sennup Mas o que se torna ainda mais triste é que o actual Presidente dos E.U.A. está constantemente a querer dar lições de moral a outros países, e até ao momento ainda não fizeram a auto critica deste horrendo crime.
- Victor C O que mais admiro no cidadão comum americano é a sua inteligência e sensibilidade: eles nem se apercebem dos disparates que fazem!
- Mandia Machava Lamento a morte deste General porque na minha óptica deveia viver mais tempo para assistir de perto a desgraça que cometeu a tantas pessoas no Japão, que até hoje se ressente. Quanto à Crematório, seria muito bem porque será o seu leito. Maputo
Projecto da ONU - Mais de 70 países a favor da abolição da pena de morte
Setenta e dois países apoiaram na passada quinta-feira um projecto de resolução na Assembleia-geral da ONU para a abolição da pena de morte.
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Imagem: GOYA. Desastres da Guerra - 15 «Não há mais remédio» gravura em água forte. Fonte: Calcografia Nacional, Madrid.
Para saber mais ver:
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Comentários no CM on line
Domingo, 4 Novembro
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- PLACIDO A PENA DE MORTE E' O MAIOR CASTIGO, PARA O SER HUMANO,MAS ACHO BEM QUE HAJA,PORQUE NAO ESTA' CERTO UMA PESSOA TIRAR A VIDA A OUTRA,(DEPENDE DE SITUACAO),E DEPOIS VAI O RESTO DA VIDA PARA A CADEIA,COMENDO E BEBENDO A' CUSTA DOS NOSSOS IMPOSTOS.FLORENCE
- antonio para quem nao sabe, a pena de morte nao existe, nem nunca existiu nos Estados Unidos da América, porque aquilo que eles executam nao sao pessoas, mas sim bichos!!Viva os E.U.A. , e a execução dos Bichos!!
Sabado, 3 Novembro
Sexta-feira, 2 Novembro
- Victor C A pena de morte deve ser o tema mais absurdo e imoral da espécie humana. Deixam-se morrer crianças, mulheres e velhos, por esse mundo fora,sem se fazer nada para o evitar e depois aparece o altruísmo de alguns para evitar a morte de muitos facínoras! HIPÓCRATAS!
Efeitos da Crise em Portugal
Cancro do intestino causa morte a nove portugueses por dia
Dia a dia - Os novos pobres
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Quinta-feira, 1 Novembro
- Leandro Coutinho Excelente artigo.. mas também deveria ter referido os pobres de espírito e de vontade.. os que se encostam á sombra de subsidios e se deixam arrastar em vida-vidinha sem fazer nada para alterá-la..
Os Planos Criminosos do Senhor Bush & Cia
domingo, novembro 11, 2007
Paul Tibbets . Morreu piloto que lançou bomba atómica
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Sexta-feira, 2 Novembro
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- LGF Lizard Honra a este homem, que acabou com a 2ª Guerra Mundial. E, por mais pena que tenha das vitimas de Hiroxima, ainda mais pena tenho das vítimas das atrocidades japonesas. 10 milhões de pessoas morreram devido aos japoneses, e não morreram mais devido à acção de Tibbets. Por isso, muito obrigado, General Tibbets. Descanse em paz.
. Quinta-feira, 1 Novembro.
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- Romeu Gamelas Einstein disse um dia que se soubesse que as suas descobertas iriam ser utilizadas para fabricar algo tão terrível como a bomba atómica, teria virado sapateiro. Este senhor por seu lado orgulhava-se de um dia ter lançado a arma mais cobarde que o Homem fabricou, enfim... Independentemente de serem ordens superiores ou não, o seu nome ficará para sempre numa das páginas mais negras da História.
Stress agrava doença de Alzheimer
Uma equipa de investigadores, que inclui portugueses, descobriu que o stress contribui directamente para o desenvolvimento da doença de Alzheimer e que um corticóide usado para tratar os pacientes poderá agravar a doença.
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in Correio da Manhã 2007.11.01
Função Pública: Governo antecipa regime em acordo com a UGT - Pensões alteradas
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24-10-2007 - 12:40:00 Governo mantém aumentos de 2,1%
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Sexta-feira, 2 Novembro
Quarta-feira, 31 Outubro
- manuel gonçalves Com o aproximar das eleições o governo irá facilitando para não perder votos mas nessa altura já há milhares de func.públicos e de professores a se quererem ver livres deles.
- Alberto Lourenço Mandem este governo para a reforma em 2009.
- Sennup O que é que se devia esperar das propostas da U.G.T.? Já quase toda a gente sabe que é um sindicato que se normalmente se chama de amarelo, as propostas deles foram talvez combinadas com o governo, e depois anunciadas para lhe dar o valor que normalmente não tem.
- Inconformado A função pública, é, há muito o “bombo da festa” para os governos PSD e PS. Com as pressões que sofrem, e o desalento os f.p. vão, na sua maioria, morrer antes da reforma. Os que resistam e queiram pensão completa, vão ter de trabalhar de rastos, com apoio de andarilho ou canadianas e de lupa na mão. Compare-se com os privilegiados com 48 anos
- cardoso Mais do mesmo. As reformas continuam a penalizar quem começou a trabalhar cedo. Não me venham falar em justiça social. Só no meu caso, tenho 50 anos e 4 meses de idade, 37 de serviço e tenho, pela lei actual que trabalhar até aos 62 anos. Façam as contas, sou obrigado a trabalhar 50 anos. Como eu haverá muitos outros casos.
- Laura Que injustiça!!e quem tem já 36 anos de descontos mas menos de 65 anos??Quando atingir os 65 anos de idade tenho de descomtos 49!!!Levo igual aos outros..O que o Governo devia fazer era a partir dos 40 de descontos (independentemente da idade) deixar as pessoas irem para a reforma..Vamos de mal a pior!!Votem PS
- MifPT Por mim podem-se reformar aos 4 anos de idade, uma vez que são cidadãos especiais de corrida e dado o bom funcionamento das instituições portuguesas.
- JL Isso também é extensivel aos "politicos"??? E se fossem brincar com a quinta pata do cavalo do D. José???? Cambada de proxenetas.....
- costa Então e quem tem 36 anos de descontos e 57 de idade?Quem lhe paga os 4,5% dos anos que descontou, (e que tem de continuar a descontar até aos 65 anos se quiser ter a reforma sem penalizações) a mais?são 44 anos de descontos!e,a resposta é simples!vai para a mobilidade e se quiser ter a reforma completa tem que descontar sobre o vencimento que tinha quando trabalhava.Acham isto justo srs ministros?
- Jorge Vilão Comecei a trabalhar para o Estado com 16 anos. De acordo com as regras de então já devia estar reformado. Agora vêm com regras apenas para certos carolas virem fazer um "gancho" tarde na vida, para se locupletarem com o dinheiro que não lhes pertenceria. Vai lá vai!... (Santarém)
- infeliz quando fizer 60 anos, tenho 49 de trabalho no duro,36 para a fp, 2 sg e 11 á revoria, com 65 não devo precisar de reforma, peciso de uma bengala e unm copo de leite, metam o dinheiro das reformas no cu dos nossos desgovernantes
- João Carlos Silveira Então, eu comecei a trabalhar aos 16! anos!, quando chegar aos 65, tenho 49 anos de descontos. Alguém me pagará 4,5% por cada ano a mais de descontos, após os tais 15 anos... Isto convida à malandragem. Mais: Convida a que só gente com 50 anos queiram ir para a F.P.. Querem inovar? Querem nada! Querem entregar isto tudo à priva
- Discriminada Os trabalhadores do Estado só querem ter o mesmo tratamento que os titulares de cargos políticos: regime de transição até 2009 para salvaguardar direitos ainda em formação e ordenados mais próximos dos deles, pq a eficiência dos políticos, ao longo de 30 anos, tem deixado muito a desejar!!! Enterraram o país e o bode espiatório são os funcionários públicos! Assumam as vossas responsabilidades!
- Maria A. Lá lhe deram outra vez a volta pois, cada vez que sai uma lei sobre aposentações, querem fazer entender que é algo de novo! No entanto, cada uma que sai, é mais penalizante do que a outra, e os sindicatos estão a ficar cada vez mais frouxos deviam exigir, conhecimento público, de matéria análoga, (idade e tempo) para atribuição de reformas a políticos, para se conhecer onde está o “monstro”
- Indignado Sem qualquer sentido. Os anos de contribuição para além dos 25 anos de descontos não contam parar nada. Completa injustiça para quem como eu foi obrigado a começar a trabalhar no fascimo aos 14 anos para sustentar a familia, agora temos esta recompensa em democracia. Devem contar os anos de descontos e quem prefizer 40 anos ter direito à reforma por inteiro independentemente da idade.
- Victor Mendes Essa da tendencia que está escrito em baixo é pura mentira sobre o que se faz noutros países da Europa. Porque nao veem à Holanda para verem bem? Aqui respeita-se quem trabalhou e nada falha, nao se precisa mendigar!
- gabriel Ou seja a Função Publica vai ter finalmente «privilégios» do sector privado: prémios de produtividade (cuidado que o pessoal das finanças vai assim acelerar!,reformas antecipadas,negociação individual de vencimentos...Vai ficar muito caro!
- Eduardo A FESAP está sempre de acordo com o governo, estes "tachos" são uma maravilha para estes sindicatos que fazem acordos com o governo.
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Quarta-feira, 31 Outubro
- xato Este sistema também é extensivel à classe politica? Eu como soldador tenho sérias dificuldades em atingir esse objectivo, devido ao desgaste fisico a que a minha profissão me sujeita. Mas quem se importa comn isso? Eles recebem um balurdio e têm pensão vitalicia ao final de 12 anos em funÇões. Dá para perder o patriotismo meus srs.
- Injusto Completamente injusto. Quem comece a trabalhar aos 14 anos de idade tem de cumprir 51 anos de descontos para ter direito à reforma por inteiro aos 65 anos de idade, enquanto um individuo que comece a trabalhar aos 40 anos pode ter a reforma por inteiro com 25 anos de descontos. Fantástico.
- ZÉ BRONCO Esta é a democracia em todo o seu explendor, ou seja uma pessoa que tenha entrado aos 18 anos para a função publica tem de trabalhar ate aos 65 anos assim terá 47 anos de desconto para ter a reforma sem penalizações outro que tenha começado aos 30 anos e tenha 65 anos de idade leva o mesmo de reforma, não seria mais justo parametrizarem anos de descontos 40 o 50 anos independentemente da idade
- Alberto Teixeira Lá está a FESAP a dar o flanco a este governo da treta. Alguém me explica qual a vantagem em me reformar ao 55 anos sendo penalizado em mais de metade da pensão para sempre? Claro que o governo está aberto. Já agora quem está nesta situação-devem ser muitos...