Quem não tem dinheiro não terá acesso à saúde |
| Governo previligia grupos económicos Privados de saúde
| Centenas de pessoas dos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra saíram, quinta-feira, à rua para reivindicar a construção de novos centros de saúde, do hospital do Seixal e a reabertura dos serviços de atendimento permanente (SAP) da região. .
«Os concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra têm sido sistematicamente penalizados com decisões políticas na área da saúde, que, longe de resolverem os problemas, têm agravado as prestações dos cuidados de saúde e a qualidade de vida dos utentes», denunciaram, no protesto, as comissões de utentes, lembrando que nos três concelhos da Margem Sul existem «mais de 100 mil utentes sem médico de família». . O Ministério da Saúde criou, entretanto, as Unidades de Saúde Familiares, uma medida que visa privatizar os cuidados de saúde primários. «Por este caminho quem não tem dinheiro não terá acesso à saúde», avisam os utentes, dando conta, por outro lado, do «encerramento dos serviços de atendimento permanente (SAP) de Corroios e Seixal», do «funcionamento a “meio gás” do SAP de Sesimbra» e, agora, «do SAP de Almada a funcionar apenas ao fim-de-semana», visando atingir, mais uma vez, os utentes mais carenciados. . Esta decisão do Governo PS deixou milhares de utentes sem qualquer serviço local de saúde a partir das 20 horas, obrigando-os a deslocações dispendiosas, visto que a rede de transportes, privada, não está estruturada para funcionar em pleno à noite, nem facilitar o acesso ao único SAP a funcionar na Amora. . «Os utentes são por isso obrigados a recorrer às urgências do Hospital Garcia de Orta», informou João Madeira, representante das Comissões de Utentes da Saúde dos Concelhos do Seixal, Almada e Sesimbra. . Durante o protesto - que contou com a presença do presidente da Câmara do Seixal, Alfredo Monteiro, de Almada, Maria Emília de Sousa, e José Polído, vereador na Câmara de Sesimbra - exigiu-se ainda a construção dos centro de saúde de Corroios/Vale Milhaços e Quinta do Conde e do, já prometido, hospital do Seixal. . in Avante, 2008.02.21
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