A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

quarta-feira, abril 30, 2008

Balanço sangrento - Palestina longe da Paz



Mais de 400 palestinianos morreram desde a conferência israelo-palestiniana de Annapolis, em Novembro. No terreno, o exército israelita continua o massacre enquanto se avolumam as informações contraditórias sobre o processo de diálogo.
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Anteontem, o presidente da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Mahmud Abbas, esteve em Washington com o objectivo de concertar com a Casa Branca a reanimação das negociações com Israel na base de Annapolis, isto depois de uma breve passagem por Moscovo com semelhante fito e os mesmos escassos resultados.
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Paralelamente às iniciativas da ANP, no Médio Oriente corre a informação de que o Hamas, movimento independentista que controla a Faixa de Gaza, não só não obstaculizará as acções de Abbas junto do Quarteto, como aceita «viver como um vizinho [de Israel] do lado, em paz».
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A “mensagem” foi divulgada pelo ex-presidente norte-americano, Jimmy Carter, que na semana passada se encontrou com o líder do Hamas, Khaled Mechaal, exilado em Damasco, capital da Síria.
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Mechaal, citado pela BBC, desmentiu prontamente que o movimento esteja na disposição de reconhecer Israel, precisando que o Hamas oferece «uma trégua de dez anos depois da retirada de Israel para as fronteiras de 4 de Junho de 1967 [anteriores à Guerra dos Seis Dias, quando Israel ocupou os Montes Golã, na Síria, os territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza] como uma alternativa ao reconhecimento. Esta é, claramente, a visão do Hamas».
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Certa, mesmo, só a oposição dos governos de Telavive e Washington à mediação de Carter, mas o antigo presidente não deixou Ehud Olmert e George W. Bush sem resposta, considerando que «o problema não é eu ter-me encontrado com o Hamas na Síria, mas o facto de Israel e os Estados Unidos recusarem encontrar-se com alguém que tem de ser envolvido».
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Quanto à Síria, país que acolheu Carter na sua audiência com dirigentes do Hamas, o presidente, Bashar al-Assad, reiterou que Damasco «é favorável a uma paz justa e duradoura», mas não irá abdicar dos Montes Golã, anexados definitivamente por Israel em 1981.
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Balanço trágico
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Seguro, também, é que este jogo contra-informativo e diplomático só beneficia Israel na sua campanha de aniquilação da resistência popular, e perpetua as condições inumanas em que sobrevivem a esmagadora maioria dos palestinianos, agravadas depois do bloqueio decidido por Israel a meio do ano passado.
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Na Faixa de Gaza os raides aéreos e os assassinatos selectivos de militantes e activistas independentistas sucedem-se. Domingo, outro membro do Hamas foi morto pelas tropas israelitas, engrossando o número de vítimas resultantes do conflito desigual.
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De acordo com dados revelados por organizações locais, divulgados no sítio www.vermelho.org.br, só durante o mês de Março as forças de Telavive mataram 119 pessoas, incluindo mulheres e crianças, feriram 443 e prenderam ou sequestraram mais de 500.
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No mesmo período, o número de ataques superou os 362 - 213 na Cisjordânia e 149 em Gaza -, aos quais acrescem 132 incursões em zonas densamente povoadas dos territórios autónomos, 18 demolições de casas, 29 ocupações e uma investida de grupos de colonos ligados ao movimentos fundamentalistas de Israel
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.in Avante 2004.04.24
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