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Pedro Sales Dias
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À pena de prisão por omissão de auxílio, que poderá ser cumprida em regime domiciliário, serão descontados os dois meses e cinco dias de cadeia que o jovem cumpriu após ser detido.
O Ministério Público, que havia pedido pena suspensa de seis meses de prisão ou trabalho comunitário, irá recorrer, assim como a advogada do jovem, Patrícia Castiajo, que considerou que a sentença resultou da pressão dos media.
Vítor, agora com 18 anos, foi absolvido dos três crimes de ofensa à integridade física qualificada de que estava acusado. O tribunal não deu como provado que tenha agredido ‘Gi’; apenas que viu a violência "com um voyeurismo estranho" durante vários dias e que "fugiu" sem avisar o 112, o segurança ou os monitores das oficinas de São José, onde estudava. A "atitude cobarde" foi justificada com uma "desculpa esfarrapada", disse o juiz. Vítor disse não querer arranjar problemas e alegou que mesmo que tivesse pedido ajuda a ambulância não teria conseguido entrar no devoluto parque do Pão de Açúcar, onde a transexual sobrevivia numa tenda que o grupo também destruiu.
O tribunal mostrou-se mais uma vez admirado com a "memória selectiva dos jovens". Esqueceram os factos mais graves – quem agrediu – mas nunca que Vítor lhes pedia para pararem de bater na ‘Gi’, como defenderam em depoimentos "omissos, vagos, imprecisos, desconexos e inverosímeis".
A "sociedade está perplexa", referiu o juiz na direcção de Vítor, que se disse arrependido "sem nunca mostrar essa emoção". Comovido, ao ler o acórdão, João Grilo questionou a "imensa crueldade". "Não foi um acidente. Mal estamos nós quando a sociedade cria filhos assim", sublinhou
PORMENORES
VIOLÊNCIA NA ESCOLA
No acórdão, o juiz fez alusões a outros casos mediáticos. Comparou a atitude de Vítor com a dos jovens que assistiram à luta por um telemóvel na Escola Secundária Carolina Michaelis, no Porto."Divertiram-se a ver alguém a sofrer", disse João Grilo, lembrando ainda o caso das jovens que agrediram uma colega nos Estados Unidos e colocaram o vídeo no YouTube e o do taxista que atropelou três meninas no Porto e "não parou para as ajudar".
BATIAM NOS CÃES
"Eu atirava pedras aos cães." A "frase lapidar", dita em depoimento por vários colegas de Vítor, continua a ressoar no colectivo que julgou o caso, conforme admitiu, emocionado, o próprio juiz-presidente, João Grilo.
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in Correio da Manhã - 15 Abril 2008 - 00h30
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» COMENTÁRIOS no CM on line
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Vê-se a crueldade dessa gente! Fizeram com a Gisberta e com quem pudessem, se calhar um professor, colega, pessoa fragilizada, etc. Só que em Portugal o crime compensa, veja-se a brandura da pena! No mínimo mereciam o mesmo, a única linguagem que conhecem é a força e castigo!
Vê-se a crueldade dessa gente! Fizeram com a Gisberta e com quem pudessem, se calhar um professor, colega, pessoa fragilizada, etc. Só que em Portugal o crime compensa, veja-se a brandura da pena! No mínimo mereciam o mesmo, a única linguagem que conhecem é a força e castigo!
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Gravura . Temos à venda um magnífico quadro a óleo, "Gisberta", executado por uma Pantera do Porto mais dada às artes, Vicente Andréu. O artista pintou a obra em memória de Gisberta Salce Júnior durante uma das intervenções recentes das Panteras sobre o 1º aniversário do crime que a vitimou.O Vicente pintou este quadro há já algum tempo, como forma de intervenção pública sobre o caso, mas também para que revertesse em fundos para a actividade quotidiana das panteras.Preço: 250 euros
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atranspt.versus jó Bernardo
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