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| Na quinta-feira, 3, já no 11.º dia de greve, os operários romenos da fábrica da Dacia-Renault, prosseguiam a luta por aumentos salariais. Na véspera, o tribunal de Petesti decidiu adiar por mais uma semana a sentença sobre a legalidade da paralisação, questionada pela administração do grupo francês desde o seu início. . Entretanto, a fábrica optou por prolongar o braço-de-ferro, suspendendo as negociações até que os juízes se pronunciem, acto que estava marcado para ontem, quarta-feira, 9. Aumentando a pressão sobre os grevistas, o director da Dácia, François Fourmont, numa carta aberta, publicada no jornal romeno Evenimentul Zilei, advertiu que as exigências dos operários «podem ameaçar o futuro da fábrica, tendo em conta que, em 2010, as fábricas da Renault em Marrocos, na Índia e Rússia estarão em condições de produzir o Logan». . Todavia, sem dar sinais de fraqueza, os operários sabem que as leis do país lhes são desfavoráveis, mas mostram-se decididos a resistir às intimidações na sua luta por salários decentes. Exigem um aumento único de 550 lei por mês, quase 148 euros, o que para muitos representa mais de metade do salário que hoje recebem e que mal dá para comer. . A satisfação das revindicações salariais custaria à Renault cerca de dois milhões de euros, ou seja, uma pequena parte dos fabulosos lucros acumulados após o lançamento do modelo de baixo custo Logan, cujas vendas dispararam 235 por cento em 2007. Nos últimos dois anos, a filial romena embolsou assim mais de 300 milhões de euros de lucros. . in Avante 2008.04.10 . .
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