A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Ratzinger e os Nazistas: as mentiras do Papa sobre o ateísmo de Hitler

Enquanto a Igreja ainda está marcada por numerosos escândalos – dos sexuais aos financeiros - Bento XVI tenta mandar para canto essas questões. Lança acusações ao extremismo secular e ao ateísmo. E fala dos nazistas. Que não eram tão ateus como isso.
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Durante a última visita à Grã-Bretanha, o Papa Bento XVI começou a admitir uma certa responsabilidade, ainda que mínima - pelo menos moral - de seu magistério, sobre o silêncio doentio por tantos escândalos a começar com os abusos sexuais de crianças - que tiveram nos últimos anos por protagonistas muitos homens da Igreja. O Papa reconheceu publicamente que a Igreja Católica não agiu "rapidamente" nos casos de abusos. Um primeiro ato de sincero arrependimento e contrição cristã?
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Talvez sim, mas provavelmente não. Na verdade, o próprio Ratzinger também tentou mudar o assunto lembrando que os verdadeiros inimigos da Igreja hoje são o secularismo e o ateísmo. Evidentemente, muito mais que certos prelados com o "viciozito" da pedofilia. O Papa falou do "extremismo secular" e, em seguida, para ficar seguro de não falhar o golpe, inscreveu no rol dos “sem Deus” o partido nazista de Adolf Hitler. Um raciocínio que se baseia no seguinte paradoxo trivial: os nazistas eram ateus, ergo os ateus e os leigos são todos nazistas.
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"Recebemos novos uniformes e marchamos para Traunstein cantando canções de guerra, talvez para mostrar à população  que o Führer dispunha ainda de soldados jovens e recentemente  treinados..."                                       
(Joseph Ratzinger, La mia vita, edizioni San Paolo, pag.34-35).

 


Pelos vistos o homem anda falho de memória!
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sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Cresce o movimento de apoio aos trabalhadores de Wisconsin

Mundo

Vermelho 24 de Fevereiro de 2011 - 10h57

A mobilização popular junto ao Capitólio de Madison, estado de Wisconsin, Centro-Leste dos EUA, continua cheia de vigor. Esta luta começou quando o governador de direita, Scott Walker, membro do Tea Party, apresentou o seu "orçamento retificativo", que não só reduz drasticamente as regalias, mas também elimina os direitos consagrados em contratos   coletivos de 175 mil trabalhadores do setor público daquele estado.

Desde 14 de fevereiro, milhares de trabalhadores ocuparam o Capitólio para impedir a aprovação desta lei que constitui um atentado à organização laboral. Falando no sábado (9), perante a maior concentração desta semana, com 100 mil pessoas, Mahlon Mitchell, do Sindicato dos Bombeiros Profissionais de Wisconsin (PFW), disse: "O momento é agora. Não podemos esmorecer porque estamos na estaca zero, e aquilo que acontecer irá afetar toda a gente. Temos de ser fortes, uma frente unida".

Mitchell tornou-se em janeiro o primeiro presidente negro do PFW. Delegações de bombeiros juntaram-se aos protestos num memorável ato de solidariedade, uma vez que não são afetados pela lei Walker. Foram acolhidos com entusiasmo pela multidão, tal como já o tinham sido os jovens e os estudantes.

Os manifestantes encheram a área circundante do Capitólio, enquanto lá dentro se mantinha a ocupação. Durante todo o dia um imenso piquete integrado por trabalhadores dos diversos setores desfilou pelas ruas, acompanhado por percussões, cânticos, danças e canções.

No início da tarde, o racista e antitrabalhista Tea Party organizou uma contra-manifestação na escadaria do Capitólio. Aderiram cerca de duas mil pessoas, protegidas por mais de 500 polícias bem armados, mas foram cercados pela multidão que ali estava em apoio aos trabalhadores.

Desde o dia 15 que os sindicatos do setor público de Wisconsin e outros têm vindo a mobilizar milhares de associados das diferentes regiões do estado e até mesmo do Canadá. Manifestações de solidariedade tiveram lugar em várias cidades do país, principalmente em Nova York, no dia 18, junto à bolsa de Wall Street.

Walker e os legisladores de Wisconsin foram inundados com e-mails, telefonemas e foram feitas centenas de visitas aos respectivos gabinetes. Praticamente todos os principais sindicatos utilizaram os seus sites na Internet e as redes sociais para divulgar mensagens. Inscrições como "Egito? Wisconsin?" ou "Marcha como um egípcio" traduzem o espírito dos manifestantes inspirados pelo povo egípcio. A luta massiva convenceu 14 senadores do partido democrático a sair do estado, o que inviabilizou a votação final da lei.

Lynne Pfeifer, que trabalhou durante mais de 30 anos num centro de reabilitação, afirmou à nossa reportagem: "Não podemos perder os contratos coletivos. A concentração junto ao Capitólio foi fabulosa. Havia gente de todas as idades por todo o lado, na grama, nas calçadas, à volta do Capitólio".

No dia 18, o presidente da AFL-CIO, Richard Trumka, interveio ao meio-dia e o reverendo Jesse Jackson Jr. falou à tarde da escadaria do Capitólio. Ambos manifestaram solidariedade e prometeram ajudar a enterrar a lei Walker.

Estudantes de todas as nacionalidades também animaram a ocupação do Capitólio. Começaram por realizar uma concentração na universidade de Wisconsin-Madison. Depois vieram em manifestação para participar na ocupação. A sua presença aumentou após os professores de Madison terem apresentado baixa por doença, provocando, desde dia 15, o encerramento de todo o sistema público de ensino na cidade.

No dia 18, também as escolas públicas de Milwaukee fecharam e os estudantes deste distrito juntaram-se aos seus professores em protesto no Capitólio.

No interior do Capitólio, estudantes e trabalhadores mantêm a ocupação durante dia e noite. Recebem comida e bebidas do exterior e são assistidos por uma equipa médica.

Gilbert Johnson, presidente da Federação dos Trabalhadores Municipais, Estaduais e Federais na Universidade de Wisconsin-Milwaukee, afirmou: "Repudiamos as tentativas do atual governo de nos privar dos nossos direitos e da nossa dignidade. A intensificação dos protestos em todo o estado, e particularmente junto ao Capitólio, é a melhor maneira de obtermos a retirada da lei do governador Walker."

A lei Walker deu entrada no Comitê das Finanças depois de um bloqueio popular que durou mais de 20 horas nos dias 15 e 16.

Em várias cidades dos Estados Unidos milhares de trabalhadores demonstram apoio à causa de seus colegas com vigílias e protestos contra aqueles que pretendem despojar os direitos de negociação dos contratos de trabalho, entre outros direitos.

Um grupo de 160 sindicalistas de Los Angeles, por exemplo, viajou esta semana para o Wisconsin para apoiar seus colegas.

Também há agitação em Indiana e Ohio, estados que também têm propostas de leis que limitarão os direitos dos trabalhadores.

Nas demonstrações de apoio que se espalham já por 27 estados é comum escutar os sindicalistas afirmarem que "as negociações coletivas são uma forma de democracia"; "não culpem os trabalhadores pela avareza de Wall Street".

A situação registra um impacto do movimento a nível nacional, refletido pelo repúdio de 61% dos estadunidenses aos projetos de leis anti-trabalhadores, impelidas por vários governadores republicanos, segundo revelou na quarta-feira o instituto de pesquisas Gallup no jornal USA Today.

Com informações do Avante! e da agência Prensa Latina
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  • Momento assombroso da hsitória

    25/02/2011 7h14 Vejam essas palavras de Michael Moore (reportagem completa em http://www.aporrea.org/tiburon/n175687.html): Queridos estudiantes de secundaria: ¿Qué les parece eso de que cientos de estudiantes de secundaria de Wisconsin hayan abandonando las clases hace cuatro días y hayan ocupando ahora el edificio gubernamental del Capitolio y sus jardines en Madison para pedir que el gobernador detenga sus ataques a los profesores y a otros trabajadores estatales? Yo tengo que decir que es una de las cosas más extraordinarias que he visto en años. Ahora estamos viviendo uno de los momentos más asombrosos de la historia
    odorico ribeiro
    Caracas - EX
  • manifestações trabalhistas nos EUA

    24/02/2011 17h30 A mídia deveria mostrar o que está acontecendo nos EUA, não somente no mundo Árabe. Está surgindo algo de novo nos Estados Unidos.
    Apolônio
    Visconde do Rio Branco - MG
  • povo na rua

    24/02/2011 13h10
    Globo porque não mostra a rebelião do povo de Wisconsin taambém?
    luiz gonzaga
    fortaleza - CE
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quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Cartas de Longe à companheira Dilma - Eron Bezerra *

Colunas

\Vermelho - 22 de Fevereiro de 2011 - 0h01 
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Quando a primeira etapa da revolução soviética eclodiu, em março de 1917, Lênin estava exilado na Suíça. Como naquela época não havia essa maravilha da internet, ele só podia opinar sobre o mais notável acontecimento do século XX por cartas, as quais se tornaram famosas, após publicação, com o título de “cartas de longe” ou “cartas de um ausente”.

Nessas famosas cartas Lênin analisava os acontecimentos, emitia sua opinião, fazia recomendações aos camaradas e travava o bom combate ideológico - uma de suas características mais notáveis – alertando que os aliados do proletariado russo eram os proletários de todos os demais países e não os sociais-chauvinistas, como Plekhánov, Gvózdev e Potréssov que haviam se bandeado para o lado da burguesia.

Não estou exilado. Apenas estou na Amazônia, esse mundo à parte, e não tenho a pretensão de dar conselhos à presidenta Dilma. Minha pretensão é tão somente dizer que ela pode e deve avançar mais em relação à superação desse enorme fosso social que a direita brasileira criou em nosso país. E o tratamento dispensado ao salário mínimo, que novamente será votado no Senado da República, é simbólico.

Não se impressione minha cara presidenta com a facilidade com que a proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados. A tendência natural é senhora ter menos trabalho do que teve o nosso companheiro Lula. Afinal, a esquerda finalmente vai entendendo que quem ganha governa e quem perde faz oposição, a qual hoje, no Brasil e em boa parte do mundo, é exercida por uma direita desqualificada sob qualquer aspecto, o que lhe retira condições de fazer de fato oposição. Faz demagogia.

No primeiro momento do governo Lula reinou a confusão no seio do movimento social e das forças de esquerda, tal qual ocorreu com o proletariado russo na revolução soviética, os quais se deixaram impressionar pela demagogia dos sociais-chauvinistas.

No caso brasileiro o movimento social e a esquerda foi aos poucos se dando conta que a sua defensiva decorria da falsa percepção coletiva de que governo é “direita” e oposição é “esquerda”. Percepção, aliás, construída por uma prática de 500 anos de governos de direita e de 500 anos de resistência oposicionistas da esquerda.

Mas governo ou oposição é apenas e tão somente um posicionamento político, enquanto esquerda e direita é a expressão de uma prática ideológica. Hoje, portanto, a esquerda é governo e, felizmente, a direita lhe faz oposição. O que é natural.

Assim, apenas alguns poucos incautos e os vigaristas de sempre que se aglutinam em torno da esquerda por conveniência, lhe negaram o voto. Os demais, mesmo condenando e demonstrando a viabilidade de um aumento maior do salário mínimo, votaram com a política de valorização e recuperação do valor real do salário mínimo. Não se prestaram à demagogia e jamais se aliariam com a direita. Deram-lhe um voto de confiança, mas não estão satisfeitos porque sabem que as contas públicas jamais seriam comprometidas com uma sinalização mais generosa e justa de sua parte.

A sua base política, portanto, é ideologicamente mais sólida e naturalmente mais madura do que a de seu antecessor. Aproveite para consolidar os avanços sociais que esse país tanto reclama. Não permita que a direita faça demagogia e iluda algumas parcelas sociais desarmadas. Avance, ouse muito mais, ouça menos os “guarda livros” e mais a sua própria história.

Os 47 milhões de brasileiros que de uma forma ou de outra tem seus vencimentos indexados ao mínimo agradecerão penhoradamente. A diferença eventual de 15 reais custará aos cofres públicos 705 milhões de reais por mês.

É muito? É bem menor do que os 3 bilhões de reais que serão gastos a mais com a dívida pública em decorrência da elevação de 0,5% da taxa de juros, apenas da parcela da dívida indexada a selic.

5 comentários
* Engenheiro Agrônomo, Professor da UFAM, Deputado Estadual, Membro do CC do PCdoB, Secretário Nacional da Questão Amazônica e Indígena.
* Opiniões aqui expressas não refletem necessariamente as opiniões do site.
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  • Eron

    22/02/2011 23h17 Tento de varias formas conjugar um pensamento a respeito. Mas agora lendo o seu artigo consegui colocar minhas ideas em ordem. Mto bem!!!! Abraço
    Valeska grazziotin
    Curitiba - PR
  • Na linha!

    22/02/2011 16h22 Gostei muito do texto, camarada. Em poucas palavras, tudo o que precisava ser dito!
    Rita
    Brasília - DF
  • Eron é um grande pensador

    22/02/2011 15h47 Camara vc sempre nos privilegiando com seus bons posicionamentos e criticas bem fundamentadas e construtivas. Parabéns.
    Sandreia Costa
    Manaus - AM
  • Até que vc...

    22/02/2011 15h41 Camarada Eron, sempre vinha na minha cabeça de quem sua figura me fazia recordar. Agora você matou a charada camarada Lênin. Bricaneiras a parte torço para esta nobre mensagem tome conta das idéias e da atitude de nossa presidenta, pois pessoalmente acredito que teremos que ir além da luta idelógica para acumularmos força mais rapidamente e podermos de fato fazermos o Brasil avançar.
    christian Barnadd
    Manaus - PB
  • Certeiro

    22/02/2011 13h38
    Parabéns mais uma vez camarada Erón. Foi certeiro na análise e na critica.
    Marcelo Buraco
    Santo André - SP
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Egito: Uma revolução popular por uma junta militar?

Mundo

Vermelho - 22 de Fevereiro de 2011 - 10h47
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Além da expulsão do tirano Hosny Mubarak do poder, absolutamente nada mais foi decidido no Egito. A única certeza é que a primeira rodada da revolução popular terminou. Mas não existe nenhuma certeza de que não existirão outras rodadas também de queda-de-braço do regime militar com os manifestantes da Praça Tahrir (Liberdade).


Por Anwar Kalil, na Africa News Agency

Se, contudo, a situação evoluir conforme demonstra neste momento, então, o lucro da revolução - a derrubada de Mubarak - deverá se comprovar, totalmente, não correspondente para com a magnitude do caráter popular da revolução.

Vista de forma rigorosamente fria, a situação é a seguinte: até o presente momento o resultado da insurreição foi livrar o povo egípcio do regime de Mubarak e empurrar-lhe - goela abaixo - uma junta militar, composta de pretorianos do regime de Mubarak, felizmente, sem ele.

O exército egípcio era detentor do poder antes, e o exército egípcio continua sendo detentor, também, agora, aliás, com sua feição mais crua, sem parlamento e sem Constituição.

Supõe-se que o mesmo regime que estrangulou a democracia no Egito durante, pelo menos, 40 anos, o mesmo regime conduzirá o país à redemocratização! O esquema é visivelmente estúpido, mas, curiosamente, é também diabólico. É também absolutamente seguro que a percepção sobre democracia dos generais do regime ditatorial e atuais componentes da junta é totalmente diferente daquela do povo rebelde.

Se, então, a junta militar for deixada totalmente livre e desimpedida para definir esta feição e conteúdo da nova democracia egípcia, aquilo que surgirá não terá nenhuma relação com aquilo com que sonharam os heróicos insurgentes da Praça Tahrir e o sacrifício de centenas de mortos terá sido em vão.

Ligado a EUA e Israel

Sequer para salvar as aparências, a junta militar não julgou necessário compor uma governo de unidade nacional constituído de civis, representantes primeiramente dos insurgentes, algumas personalidades e forças da existentes oposição. É absurdo, mas, neste momento, o Egito está sendo governado pelo governo que deixou Mubarak antes de ser derrubado, e agora com poderes ditatoriais.

O ditador do país hoje, marechal-de-campo Mohammed Houssein Tandawi, que desempenhou por 20 longos anos o cargo de ministro da Defesa do regime de Mubarak e antes havia sido chefe dos pretorianos da guarda presidencial, de 1988 até 1991. Trata-se de um elemento de absoluta confiança dos EUA e do Estado de Israel.

A vida se encarregará de mostrar se o exército egípcio buscará eternizar seu poder por intermédio de legalização de partido ou de partidos que manterá sob seu controle. A vida, igualmente, mostrará se o povo do Egito aceitará uma tal evolução rumo às eleições sob o controle absoluto do exército ou se exigirá um governo civil de unidade nacional, a fim de garantir uma mais essencial e mais profunda redemocratização.

O rigorosamente seguro é que as até o presente momento evoluções não criam nenhum risco para a continuação da política externa de submissão do Egito aos EUA e ao Estado de Israel, porque desde que o poder continuar completamente nas mãos do regime militar, nada muda e, nada mudará no Egito.

Medidas superficiais

Obviamente, ninguém poderá saber hoje como evoluirá a marcha da redemocratização do Egito, a qual definirá também a possibilidade de existir, teoricamente, uma coalizão governamental que se harmonizará com a vontade do povo egípcio e que desdenhará o ignominioso acordo de paz do Egito com o Estado de Israel. A ver.

Há também um enigma: como se manifestarão os insurgentes? Fator desconhecido e desestabilizador para cada planejamento relativo às evoluções políticas egípcias é finalmente o como se manifestarão política e eleitoralmente os milhões de egípcios que se rebelaram.

O caráter social da insurgência e a total impossibilidade de revelação de algum vetor de liderança política deixaram sem resposta a seguinte pergunta: poderá alguém ou alguns expressarem politicamente as disposições e as expectativas dos irados egípcios?

Se sim, então no Egito e em todo o Mundo Árabe haverá um terremoto político. Se não, então, essencialmente, nada mudará, além de algumas medidas superficiais de redemocratização, indiferentes para o resto do mundo.

Fonte: Monitor Mercantil

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Vicenç Navarro: Quem apoiou a ditadura de Túnis?

Mundo

Vermelho - 22 de Fevereiro de 2011 - 6h41
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O estabelecimento e a manutenção da ditadura de Ben Ali na Tunísia teve o apoio dos governos dos Estados Unidos e da França, da Otan, do FMI e da Internacional Socialista, até ser confrontada pelas mobilizações que forçaram a queda do ditador, as quais tiveram papel determinante de setores da classe trabalhadora.


Por Vicenç Navarro, no Informação Alternativa

É uma pena que Pontecorvo, na minha opinião o melhor realizador de cinema que existiu no século 20, não esteja agora entre nós e possa fazer um filme sobre Túnis, o qual poderia intitular-se “A Batalha de Túnis”, que completasse o seu excelente “A Batalha de Argel”. O caso de Túnis é paradigmático do que tem vindo a ocorrer nos países árabes.

Na verdade, lembra-me muito o que se passou no Irã durante o tremendamente repressivo reinado do Xá, estabelecido com o apoio dos governos ocidentais, liderados pelos EUA, a fim de travar as exigências populares lideradas, naquele momento, por movimentos laicos de raízes democráticas e socialistas.

Apresentavam o Xá como o elemento estabilizador (argumento utilizado amplamente para apoiar ditaduras inapresentáveis). No dia de Ano Novo de 1977, o Presidente Carter apresentou o Xá do Irã como o pilar de estabilidade que o Oriente Médio precisava. Dois anos mais tarde, em 16 de janeiro de 1979, o Xá teve que fugir do Irã, nomeando um governo fantoche que durou apenas umas semanas.

Algo semelhante ocorreu em Túnis. O governo do Presidente Ben Ali tinha recebido o apoio de todos os países da Otan e do Fundo Monetário Internacional (FMI), como o eixo de estabilidade do Norte de África. Dez dias depois de um jovem desempregado de 26 anos se tentar suicidar, como protesto face à crueldade e dureza existente, Ben Ali teve que fugir do país, formando-se um governo fantoche que duraria apenas alguns dias. Milhares e milhares de cidadãos saíram à rua e forçaram a saída da camarilha que rodeava Ben Ali em Túnis.

O que é interessante é observar a mudança fulminante dos governos que o tinham apoiado. Ben Ali teve que mudar o rumo do seu avião durante a sua fuga, já que, quando estava a voar para Paris, o governo de Sarkozy lhe comunicou que não podia aterrar em França, e teve que ir para a Arábia Saudita, o regime ditatorial que foi recolhendo os ditadores mais inapresentáveis de África e da Ásia, tais como Idi Amin do Uganda e Pervez Musharraf do Paquistão.

O Presidente Sarkozy, na verdade, tinha assinalado o governo de Ben Ali como um dos regimes mais avançados do mundo árabe e, nos primeiros dias da rebelião popular, a Ministra de Relações Exteriores francesa, Michele Alliot-Marie, indicou à Assembleia Nacional que a França estava disposta a enviar tropas para ajudar o governo de Ben Ali como parte do convênio de colaboração entre ambos os países. E o Ministro da Cultura do mesmo governo de Sarkozy, Frederic Mitterrand, tinha indicado que definir o regime liderado por Ben Ali como uma ditadura era claramente "um exagero". Semanas mais tarde, o Presidente Sarkozy negava-lhe a permissão de se exilar em França.

Mas três coisas merecem especial menção. Uma foi a mobilização de grandes setores da classe trabalhadora exigindo o despedimento do governo, tendo sido as bases dos sindicatos (infiltrados pelos partidos clandestinos de esquerda) os que se constituíram como centro dos movimentos sociais de rejeição àquela ditadura. Tal como ocorreu na cobertura mediática do Egipto, este elemento de grande importância mal teve visibilidade [1].

A outra observação foi que o partido no qual Ben Ali baseava a sua rede de corrupção (o Partido Democrático Constitucional) era membro da Internacional Socialista (como o era o partido do ditador Mubarak do Egipto), mostrando o grau de confusão e cumplicidade desta Internacional. E o outro fato é que o Diretor Geral do FMI, o “socialista” Dominique Strauss-Kahn, candidato preferido entre os socialistas para competir com Sarkozy nas próximas eleições (mostrando a confusão dos Socialistas franceses) tinha recentemente visitado Ben Ali e louvado as suas políticas de austeridade de despesa pública social, apresentando-o como um exemplo a seguir, declarando-se amigo e conselheiro de Ben Ali.

Por último, como era previsível, o governo estado-unidense era um dos maiores defensores de Ben Ali, devido ao seu apoio incondicional aos EUA na sua política de apoio a Israel. Foram o governo estado-unidense e os seus aliados na Otan aqueles que armaram e apoiaram Ben Ali.

Tal como sublinhou Fulvio Martini, antigo diretor dos serviços secretos militares SISMI, em declarações ao parlamento italiano, "em 1985-1987, a Otan organizou o golpe militar em Túnis que destruiu Burguiba e apresentou Ben Ali como seu substituto". A partir de então, o governo federal dos EUA foi o máximo provedor de armas daquele sistema ditatorial, incluindo US$ 282 milhões em armamento durante a Administração Obama.

Todos estes aliados não podem alegar nenhum tipo de ignorância do carácter repressor daquele regime. A Anistia Internacional tinha vindo a documentar a enorme violação dos direitos humanos naquele país, e o próprio Departamento de Estado, no seu relatório confidencial, publicado no WikiLeaks, explicava com detalhe a corrupção e a repressão daquele regime. A história repete-se.

Uma última observação. Este artigo escrevi-o no mesmo dia em que o Presidente das Cortes Espanholas, o Sr. José Bono (membro destacado do PSOE), visitou a Guiné à frente de uma delegação parlamentar espanhola. Na Guiné existe uma das ditaduras mais brutais que existiram em África, dirigida por um dos ditadores mais sangrentos e repressivos que se conheceram naquele continente. E qual seria a minha enorme surpresa quando o socialista Bono o saudou indicando que "entre a Guiné e Espanha temos mais coisas que nos unem do que aquelas que nos separam".

Imaginam Pablo Iglesias a dizer algo semelhante a Hitler? Tal comportamento ofende não só qualquer socialista, mas qualquer cidadão com sensibilidade democrática. O que José Bono, que não merece representar o povo espanhol, estava a dizer com aquela frase é que os interesses econômicos da Guiné, a sua riqueza petrolífera, era mais importante que a denúncia do comportamento repugnante daquele ditador.

E esta é a razão pela qual os governos europeus (incluídos os seus partidos socialistas governantes) estão a apoiar governos ditatoriais como o de Túnis, perante a rejeição das suas populações.

[1] Ver o meu artigo O que não se sabe sobre o Egito, 17/02/2011.

Fonte: Vicenç Navarro

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terça-feira, fevereiro 22, 2011

Não ficará pedra sobre pedra - João Palma

Correio da Justiça

Não ficará pedra sobre pedra

O senhor ministro da Justiça acaba de descobrir a pólvora! Afinal, o grande problema da Justiça não está nas más leis, nas pendências elevadas.
  • 21 Fevereiro 2011
Por:João Palma, Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público


Está na reorganização dos serviços e no excesso de recursos humanos! De um défice, assumido pelo Governo há dias, de cerca de 800 funcionários e de cerca de 100 magistrados do Ministério Público (só licenciados não magistrados são neste momento cerca de 70!), numa conjuntura de reformas e jubilações em grande número, o milagre aconteceu! O Governo propõe-se reduzir ainda este ano 48 juízes, 120 funcionários e 28 magistrados do Ministério Público, só na Comarca de Lisboa! 
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A proposta resulta de um projecto que envolveu, entre outras entidades, o Conselho Superior do Ministério Público e o Observatório da Justiça! No que respeita ao Ministério Público, impõe-se que aquele Conselho urgentemente esclareça quais são os 28 lugares prescindíveis na Comarca de Lisboa. Mas não é só o CSMP. Sobre o Observatório da Justiça recai idêntica obrigação. Presumimos que não quererão ficar ligados a mais este passo na desestruturação em curso do sistema de Justiça. Não restará pedra sobre pedra. Têm a palavra. 
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Depósitos de famílias sobem 377 milhões em Dezembro

21 Fevereiro 2011

Dados do Banco de Portugal

Os depósitos dos particulares aumentaram 377 milhões de euros de Novembro para Dezembro, fixando-se no final de 2010 em 118.989 milhões de euros, indica esta segunda-feira o Banco de Portugal.

No Boletim Estatístico divulgado, o Banco de Portugal indica que o valor dos depósitos dos particulares atingiu no final de Dezembro os 18.989 milhões de euros, face aos 118.612 milhões de euros.   
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Este foi o valor mais alto que atingiu desde Julho de 2010, quando atingiu o máximo da série disponibilizada pelo Banco de Portugal -- nos 119.232  milhões de euros - que remonta a Outubro de 1989, sendo também o terceiro aumento mensal consecutivo.   
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NOTA de VN - Pois .... mas que famílias? As dos Belmiros, Jerónimos Martins, Berardos, Pereira Coutinhos e companha mais os seus boys e girls no PS(D) e sucateiros à vara larga ou dos desempregados e dos que vivem no limiar da pobreza ou abaixo dela e os outros que para lá caminham a passos largos ?
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Fidel denuncia: “O plano da Otan é ocupar a Líbia”

Mundo

Veremlho - 22 de Fevereiro de 2011 - 6h20
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O líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, em sua mais recente Reflexão fala das pérfidas intenções das potências imperialistas sobre a Líbia e adverte para a possibilidade de os Estados ordenarem uma invasão da Otan no país árabe.
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O petróleo se converteu na principal riqueza em mãos das grandes transnacionais ianques; através dessa fonte de energia dispuseram de um instrumento que acrescentou consideravelmente seu poder político no mundo. Foi sua principal arma quando decidiram liquidar facilmente a Revolução Cubana tão logo foram promulgadas as primeiras leis justas e soberanas em nossa Pátria: privá-la de petróleo.

Leia também
Sobre essa fonte de energia se desenvolveu a civilização atual. A Venezuela foi a nação desse hemisfério que pagou o maior preço. Os Estados Unidos se fizeram donos das enormes jazidas com que a natureza dotou esse país irmão.

Ao terminar a última Guerra Mundial começou a extrair maiores quantidades de petróleo das jazidas do Irã, assim como das reservas da Arábia Saudita, do Iraque e dos países árabes situados ao redor deles. Estes passaram a ser os principais fornecedores. O consumo mundial se elevou progressivamente à fabulosa cifra de aproximadamente 80 milhões de barris diários, incluídos os que são extraídos no território dos Estados Unidos, aos que ulteriormente se somaram o gás, a energia hidráulica e a nuclear. Até o início do século 20 o carvão tinha sido a fonte fundamental de energia que tornou possível o desenvolvimento industrial, antes que fossem produzidos bilhões de automóveis e motores consumidores de combustível líquido.

O residuo do petróleo e do gás está associado a uma das maiores tragédias, não resolvida em absoluto, que sofre a humanidade: a mudança climática.

Quando nossa Revolução surgiu, a Argélia, a Líbia e o Egito não eram ainda produtores de petróleo, e grande parte das enormes reservas da Arábia Saudita, do Iraque, do Irã e dos Emirados Árabes Unidos estavam ainda por ser descobertas.

Em dezembro de 1951, a Líbia se converte no primeiro país africano a alcançar sua independência depois da Segunda Guerra Mundial, na qual seu território foi cenário de importantes combates entre tropas alemãs e do Reino Unido, que deram fama aos generais Erwin Rommel e Bernard L. Montgomery.

95 % de seu território é totalmente desértico. A tecnologia permitiu descobrir importantes jazidas de petróleo leve de excelente qualidade que hoje alcançam 1,8 milhão de barris diários e abundantes depósitos de gás natural. Tal riqueza lhe permitiu alcançar uma perspectiva de vida que atinge quase 75 anos, e a mais alta renda per cápita da África. Seu rigoroso deserto está situado sobre um enorme lago de água fóssil, equivalente a mais de três vezes a superfície de Cuba, o que lhe tornou possível construir uma ampla rede de aquedutos de água doce que se estende por todo o país.

A Líbia, que tinha 1 milhão de habitantes ao conquistar sua independência, conta hoje com algo mais que 6 milhões.

A Revolução Líbia teve lugar no mês de setembro de1969. Seu principal dirigente foi Muamar Kadafi, militar de origem beduína, que em sua mais distante juventude se inspirou nas ideias do líder egípcio Gamal Abdel Nasser. Sem dúvida que muitas de suas decisões estão associadas às mudanças que se produziram quando, assim como no Egito, uma monarquia débil e corrupta foi derrocada na Líbia.

Os habitantes desse país têm milenares tradições guerreiras. Diz-se que os antigos líbios fizeram parte do exército de Aníbal quando esteve a ponto de liquidar a Antiga Roma com a força que cruzou os Alpes.

Poderá estar-se ou não de ascordo com Kadafi. O mundo foi tomado por todo tipo de notícias, empregando especialmente os meios de informação de massas. É preciso esperar o tempo necessário para conhecer com rigor o quanto há de verdade ou mentira, ou uma mescla de fatos de todo tipo que, em meio ao caos, ocorreram na Líbia. O que para mim é absolutamente evidente é que ao governo dos Estados Unidos não preocupa em absoluto a paz na Líbia, e não vacilará en dar à Otan a ordem de invadir esse rico país, talvez em questão de horas ou muito breves dias.

Os que com pérfidas intenções inventaram a mentira de que Kadafi se dirigia à Venezuela, assim como fizeram na tarde de domingo, 20 de fevereiro, receberam hoje una digna resposta do ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, quando expressou textualmente que fazia “votos para que o povo líbio encontre, no exercício de sua soberania, uma solução pacífica a suas dificuldades, que preserve a integridade do povo e a nação líbia, sem a ingerência do imperialismo…”

Por minha parte, não imagino o dirigente líbio abandonando o país, eludindo as responsabilidades que lhe são imputadas. Sejam ou não falsas em parte ou em sua totalidade.

Uma pessoa honesta estará sempre contra qualquer injustiça que se cometa com qualquier povo do mundo, e a pior delas, neste instante, seria guardar silêncio diante do crime que a Otan se prepara para cometer contra o povo líbio.

Para o comando dessa organização belicista é urgente fazê-lo. É preciso denunciar isto!

Fidel Castro Ruz
21 de fevereiroi de 2011, às 22 h14

Fonte: Prensa Latina
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  • O nome do boi

    22/02/2011 21h49 A única crítica ao alerta de Fidel é por ele omitir o nome do boi, embora se saiba que só desinformados, sifilíticos mentais e jegues do NE desconhecem a quem interessa a deposição de Kadafi. Pergunte-se a um camelo do Saara, a uma sucuri do Amazonas, à Lewinski, às vadias do Departamento de Estado e da Chancelaria alemã, quem dá as ordens na Casa Branca, UE, ONU e Otan. Cada um em sua vez e a seu tempo, como reza o Eclesiastes, responderá: o sionismo, oxente!
    Nathan, o Sábio
    Poxoréu - MT
  • Os facistas sem rumo...

    22/02/2011 19h59 Evidente que os histéricos comentários contra CUBA E agora contra LIBIA, são produto de total ignorância, perguntem aos centos de brasileiros que estão lá trabalhando á anos, assim saem da dúvida do que acontece...para os que estão confusos e querem saber do que se trata é só leer os colunistas do vermelho, e FIDEL claro,logico á controvérsias, para os que tem receio da violência, lembro os ataques aereos diarios sobre IRAK E AFGANISTAO do santo OBAMA, os ditadores do mundo!!
    maria teresa
    florianopolis - SC
  • Viva "EL KHADAFI!" (II)

    22/02/2011 19h58 Por outro lado, duas "democracias" são hoje as que mais ameaçam e matam no mundo, a ianque(EUA) e a sionista(judia/israelense). Democracia na atualidade virou um termo que tem duas funções: usa-la como forma de universalizar a globalização economica, dominação de fontes de recursos e matéria prima; e a disseminação da mentira, jornalismo atual, que "cria" a informação, manipula e dá sustentação à primeira. Khadafi pode até ser um ditador, mas nunca foi um tirano ou um déspota, sua figura se mistura com a independência da Líbia, com o pan-arabismo, com uma espécie de socialismo com a "cara árabe", e com um significado de resistencia ao imperialismo, não importa este qual bandeira. Se há luta e mortes na Líbia é poque a sociedade libia se dividiu e aí sim está a um passo da guerra civil. Cada um faça o seu julgamento e tome sua posição, a minha já é certa(mesmo que venha perder): "VIVA EL KHADAFI!"
    Carlos Loyo
    São Paulo - SP
  • Viva "EL KHADAFI!" (I)

    22/02/2011 19h57 Democracia....qual democracia? Da antiga Grécia?(apenas aos considerados cidadãos/proprietários de terras?) a norte-americana? (apenas aos partidos do "sim" e do "sim senhor"?). O termo democracia é uma idéia multi-facetada e dá imagem para multiplas interpretações e/ou conveniencias. Lembro-me da "democracia" do Sr.Gorbachov(ex-URSS), primeiro abandonou e entregou seus aliados e "camaradas" à fúria e a sanha do imperialismo e seus aceclas, por ultimo criou as condições para que a contra-revolução triunfasse na ex-URSS,...
    Carlos Loyo
    São Paulo - SP
  • ditadores

    22/02/2011 19h48 Amigos, não podemos dar razão ao ditador Gadafi só porque tem-se algumas restrições contra o governo americano, aquele cara é um assascino e nós brasileiros sabemos o que é viver sobre jogo de ditadores. Abaixo todo tipo de ditadura, inclusive a de cuba!
    Herminio
    São Luis - MA
  • É Verdade

    22/02/2011 19h39 Sorte que temos Fidel Castro, a nos iluminar as mentes, nesses tempos confusos. A Líbia há de continuar livre e socalista !
    Luiz Augusto Barroso
    Rio de Janeiro - RJ
  • ...

    22/02/2011 19h34 O que Fidel tem a dizer sobre o bombardeio de civis a mando do Kadafi na Líbia? O que diferencia, nesse aspecto, Kadafi de Franco, Pinochet, Stalin, Mussolini e Pol Pot, que realizaram verdadeiros massacres em seus países?Não é nada salutar à esquerda ter um líder como Fidel defendendo um governo que comete atrocidades dignas de monstros, tiranos, não de progressistas.
    Felipe
    Cabo Frio - RJ
  • ENQUANTO ISSO

    22/02/2011 19h20 Quando Fidel vai REFLETIR sobre a falta de papel higiênico para o povo cubano? Cortina de fumaça tem limite. Imagine se houvesse internet em CUba (ah, esqueci, é culpa do bloqueio). Se os cubanos soubessem que as ditaduras estão caindo, fariam o mesmo contra os Castro que governa mais tempo que Mubarak e Khadaffi juntos.
    Joâo de Deus
    Altamira - PA
  • Só pra finalizar

    22/02/2011 18h03 Dizer que todas as críticas em relação aos comunistas são uma "tentativa da direita de atribuir características negativas a seus inimigos" é uma visão muito simplista e maniqueísta, típico de mentes que pensam pequeno e que não conseguem enxergar a complexidade real das relações políticas... Mas, realmente, é mais fácil dizer isso que tentar debater com argumentos de verdade, por isso entende o comportamente de vocês...
    Filipe Albuquerque
    Fortaleza - CE
  • Esquerda só lê o que quer

    22/02/2011 18h00
    Olha só o que o cara escreve: "esta é uma das características dos fascistas forjarem uma imagem negativa daqueles que considera como inimigos.". O que vocês fazem nesse portal, é diferente disso em algo? Pelo visto, fascistas e comunistas têm muito em comum. E qual o problema com o ateísmo? Eu sou ateu também. A citação foi apenas pra mostrar a contradição dos comunazinhos que frequentam o site, que, ao mesmo tempo que criticam a adoração alienada dos religiosos por seres mitológicos, promovem a mesma adoração, mas com pessoas reais. Não vejo diferença alguma entre as duas catagorias (religiosos e comunistas): amobos são fanáticos que não aceitam ter suas verdades questionadas, ficam logo nervosos quando alguém o faz... E sim, leio as notícias do portal pra ver as besteiras que vocês gostam de ler e que tomam como verdade absoluta, por isso mesmo eu tenho argumentos e você não... Aliás, você deu algum argumento em relação à crítica que fiz sobre a adoração?
    Filipe Albuquerque
    Fortaleza - CE
    .
    • Como diz o filosofo

      22/02/2011 17h25 Como diz o filosofo: uns são contra tiranias, apenas para colocar a sua no lugar. Entendo as razões de Paulo Shetara ser contra tiranias.
      Juliano Strasburg de Ávila
      São Leopoldo - RS
    • Direita Lê Vermelho

      22/02/2011 17h19 Tem maluco da direita que perde tempo lendo texto da mente senil de Fidel Castro, afinal quem é senil o que escreve ou o que perde tempo lendo o texto do senil. Vontade de ser manipulado, adoração a Fidel é fruto de uma das características mais presentes nos comunistas, sempre a mesma verborréia direitosa, alias esta é uma das características dos fascistas forjarem uma imagem negativa daqueles que considera como inimigos. Ateus, essa é velha dos tempos da TFP, da marcha da família com Deus e pela propriedade, do Dops e das torturas a opositores no Brasil de 1964-1985. Esta na momento de renovar o repertorio.
      Juliano Strasburg de Ávila
      São Leopoldo - RS
    • Deve estar com medo!

      22/02/2011 17h02 Com todas estas ditaduras caindo, ele também deve estar com medo, alias, como todo bom ditador barato, passou o poder para um familiar, no caso o seu irmão! Não entendo como alguns são contra ditaduras árabes, mas defendem a ditadura arcaica cubana! Fora todas as ditaduras: de esquerda, direita e religiosas! Como diz o filósofo: uns são contra tiranias, apenas para colocar a sua no lugar!
      Paulo Shetara
      Campinas - SP
    • Bem lembrado

      22/02/2011 15h41 Pelo cidadão que postou abaixo. Fidel também disse ter certeza da invasão do Irão, e agora fala mais essa abobrinha. Pior é ver que tanta gente ainda leva essa mente senil a sério. É muita vontade de ser manipulado mesmo... Aliás, essa adoração a Fidel é fruto de uma das características mais presentes nos comunistas: quase todos adoram um culto à personalidade... São ateus, mas têm seus santos e seus dogmas. Ou seja, são altamente contraditórios...
      Filipe Albuquerque
      Fortaleza - CE
    • lucidez ?

      22/02/2011 14h55 o fidel marcou data prá invasão do irã no fim do ano passado, disse at´o dia, um sábado.sai mentiroso!!!
      mario s. matos
      são paulo - SP
    • Fidel você não se enganou II

      22/02/2011 14h45 E quanto chamar Pilatos Obama de genocida, talvez não seja a palavra mais precisa, creio que seria melhor chamá-lo de cara de pau ou cínico, pois não podemos esquecer sua omissão diante das mortes em Honduras e nos crimes de guerra cometidos neste instante contra civis no Iraque e Afeganistão, alem disso, é bom dar uma olhada no orçamento militar do governo de Pôncio Pilatos Obama e veremos que ele é um Senhor da Guerra mais refinado que Bush, pois lava as mãos para que essas nunca apareçam sujas de sangue. Fidel não se enganou.
      Juliano Strasburg de Ávila
      São Leopoldo - RS
    • Fidel você não se enganou

      22/02/2011 14h42 Caso a OTAN invada a Líbia sob qualquer pretexto manchará as mãos do Obama. Sim, Obama não assinou ainda nem uma ordem de invasão, no entanto, apoiou nos bastidores o golpe em Honduras onde pessoas morreram e, em relação ao Iraque e Afeganistão onde a morte de centenas e centenas de civis patrocinadas pelas tropas estadunidenses invasoras pode nos levar a conclusão que realmente ele não tem as mãos sujas de sangue, pois como Pôncio Pilatos lavou as mãos sujas de sangue diante da indústria bélica e das multinacionais do petróleo. Quanto às medidas afirmativas com relação à INVASÃO do Iraque e Afeganistão por medo de provocar instabilidade na região, essa afirmação chega a ser ingênua, pois não é o medo da instabilidade, afinal não é o medo que move essa gente e sim o petróleo e venda de material bélico, ou seja, o lucro gerado pela guerra, portanto, é isso que impede Pôncio Obama de tomar medidas. Quanto a Europa e Inglaterra é sabida a subordinação destes aos interesses estadunidenses.
      Juliano Strasburg de Ávila
      São Leopoldo - RS
    • Quid prodest ?

      22/02/2011 13h33 Deixa de ambiguidades, Marcelo, que a hora é de definição e ação.A OTAN essa organização de jagunços europeus - França, Alemanha, Itália et caterva - , não se presta a outra coisa, senão, garantir o imperialismo yankee - outra contra a URSS - agora contra países asiáticos que ameaçam a hegemonia de Tio Sam.Democracia é conceito vago, tanto quanto tirania e outros qualificativos para justificar o exercício do poder absoluto, de um grupo sobre outro.A diferença está no modo de exercê-lo, e quanto a isso, o país mais "democrático" do mundo, os EUA, com sua "exuberância econômica" tocada cassino digital do mundo, operado pelos bankster de Chicago, ops, de Wall Streeet nas bolsas Nasdak e NYSE, na essência produz tantos miseráveis e excluídos quanto as piores ditaduras.Pela análise de Fidel não foi o que ocorreu nesses últimos 40 anos com a Líbia e outros - " eixos do mal".
      Ribeiro
      Amparo - PR
    • Fidel acho que você se enganou...

      22/02/2011 13h29 O governo Obama até agora não fez nenhuma invasão a nenhuma nação, se a OTAN invadir a Libia quem estaria invadindo seria os EUA. Caso a OTAN invada a Libia sob qualquer pretexto manchará as mão do Obama. Podem acusa-lo de financiar ditaduras como Honduras e tentar derrubar o governo venezuelano agora usar a força de maneira bestial até agora isso não aconteceu. Seria o fim da picada, acho que o Presidente estadunidense não tomou medidas mais afirmativas com relação a invasão ao Iraque e ao Afeganistão por medo de provocar maior instabilidade na região, por isso acho dificil qualquer invasão da OTAN na Libia, se fosse o Bush no dia 15 isso já teria acontecido. Que a Europa, mas precisamente a Inglaterra está querendo uma guerra disso ninguém duvida agora guerra não é a cara do Obama. Podem chamá-lo de tudo menos de genocida. Com relação ao Kadafi, aí sim eu concordo com Fidel, ele montou a Libia para o filho ele não vai deixar isso de mão beijada para a democracia não.
      Ana Cruzzeli
      Taguatinga - DF
    • libia, amiga ou inimiga dos gringos?

      22/02/2011 13h23
      vejo articulistas ora defendendo ora condenado o que acontece na libia. Nesse caso, alibia é um pais amigo ou inimigo dos gringos? alguem esclareça, pois estou confuso nesse caso
      francisco martins
      arapongas - PR
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      • É necessário se ponderar...

        22/02/2011 12h48 Bom, pode até ser inverdade coisas que sejam publicadas nas mídias de massas. Mas que Kadafi esteve por 4 décadas no poder eu vejo como algo inadmissível dentro de um veio democrático. Além de tudo, se a barbárie que aí está (publicado pela mídia de massas) for verdade, não vejo porque não acusá-lo de crime contra a humanidade e castigá-lo exemplarmente.
        Marcelo César
        Guarulhos - SP
      • PARABENS FIDEL!!!

        22/02/2011 11h21
        A lucidez de FIDEL sempre alertando ao mundo, LIBIA É A COBIÇA DOS EUA.....
        maria teresa
        florianopolis - SC
        .

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

A popular "Prairie Fire" is fighting for public workers and us all


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A popular "Prairie Fire" is fighting for public workers and us all

The Communist Party, USA urges the widest possible solidarity with public workers all over our country. We especially salute the workers and demonstrators in Madison, Wisconsin who have captured the imagination of the nation with their powerful and peaceful protest against union busting and crass efforts to destroy the  livelihoods of thousands of dedicated public workers. Teachers, health care workers, firemen, sanitation workers, Emergency workers, police and municipal workers of all kinds are under severe, nationally coordinated attack by rightwing Republicans and some conservative  Democrats.  T hese atta cks will not onl y weaken the economy but also deny vital public services to millions who need them the most.

This "prairie fire" is just the beginning of a massive popular upsurge. Wisconsin and similar actions developing in Ohio, Indiana, Pennsylvania, and in many other states, are evidence of a broad and unified coalition of resistance. Like Egypt, young people and students in Madison are bringing great energy to the fight. This is the reinvigoration of the mighty coalition that swept our country in the 2008 elections. It is a powerful coalition built around core forces of the progressive movement: our multinational, multiracial, male and female, young and old, gay a straight, working class and organized labor, with the civil rights, youth, women, environmental, LGBT, peace and senior movements.

This attack is in large part payback by extreme rightwing Republicans for the billions of dollars they have received from billionaires, banks, corporate CEO's and the super rich for election campaigns, attack ads, rightwing conservative PACs and funding for extreme tea bagger organizing.

This attack has nothing to do with deficit reduction. It is a carefully coordinated plan to destroy public worker unions and weaken labor's ability to organize its members for political action. In the wake of the Citizens United decision by the Supreme Court allowing corporations unlimited, secret spending in elections, the rightwing billionaires, the bankers and corporate CEOs, and the Chamber of Commerce want to eliminate any organized opposition to their power. They want to completely shift the burden of the economic crisis that they created onto the backs of working families and the poor.

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