Um pouco de rigor, s.f.f.
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E face a comentários do PS e do BE às declarações de Jerónimo de Sousa, em estilos diferentes mas convergindo substantivamente na ideia de que o PCP se estaria a candidatar a «muleta da direita», talvez seja bom que se entenda, primeiro que, em política, há matérias, em que é perfeitamente justificado e necessário que um político se fique pelo que disse e sublinhe que mais não disse, não tendo obrigação de comentar cenários alheios que lhe coloquem; e segundo que, no caso de um partido como o PCP, o instrumento parlamentar moção de censura não é separável dos seus fundamentos políticos e da mudança de políticas por que se luta.
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Dito isto, não posso deixar de achar verdadeiramente espantoso que o líder parlamentar do Bloco de Esquerda declare hoje ao Público que «derrubar este governo para introduzir a revisão constitucional do PSD não é aceitável». Julgava eu que a aprovação de uma revisão constitucional exigia 2/3 de votos, que não há qualquer revisão constitucional se o PS a não quiser e que, portanto, está nas mãos do PS afastar os pesadelos e medos que, pelos vistos, sobressaltam as noites de José Manuel Pureza.
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