NOVA CENTELHA
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Egito após a renúncia de Mubarak
Na celebração do "Dia da Vitória" uma demonstração dos limites da revolta popular
O que deveria ser um momento de extrema alerta, mobilização e organização dos trabalhadores pela sua independência de classe, é apresentado como uma "revolução vitoriosa" pelos pseudotrotskistas de todos os matizes, o que entorpece profundamente os explorados, desarmando-os politicamente e colocando o imperialismo numa situação confortável para estabilizar o país e voltar a ofensiva política e militar
Uma multidão de egípcios reuniu-se nesta sexta-feira, 18/02, na praça Tahrir, para comemorar o "dia da vitória", após uma semana da renúncia de Mubarak, com direito a banda de música do exército e vários chamados a "unidade nacional por um novo Egito". Apesar disso, a saída do ditador vem sendo alardeada pela esquerda revisionista como a prova da "vitória da revolução democrática".
Ainda que as manifestações multitudinais tenham obrigado Mubarak a renunciar, tragicamente elas estão limitadas por uma estratégia que respeita a transição pactuada pela burguesia egípcia e a Casa Branca. Por essa razão, o Estado burguês continua intacto, a classe dominante mantém-se no poder, as instituições do regime estão preservadas e o exército intocável pronto para reprimir os trabalhadores que não respeitarem suas ordens, tendo para isso o aval da direção dos protestos: "Nós concordamos com que o Exército fixasse as normas para as celebrações de hoje", disse Ahmed Naguib, um membro de coordenação de uma coalizão de jovens e grupos políticos pró-democracia (Folha de São Paulo, 18/02). Por essas razões durante os quase 20 dias de mobilizações não houve armamento dos trabalhadores e as massas continuam nas mesmas condições miseráveis de vida no Egito.
Diferente do apregoado por toda sorte de falsificadores do marxismo, patrocinadores da tese de que houve uma revolução democrática no país, alimentando nos trabalhadores a ilusão de que alcançaram o objetivo final de sua luta, esse ascenso de massa está sendo golpeado por um acordo contra-revolucionário. Apesar do ditador Mubarak ter renunciado, este foi substituído por uma junta militar que deu início a um processo de transição, que possivelmente culminará com as eleições controladas pela burguesia em setembro para renovar a gerência do Estado capitalista, enquanto mantêm o famigerado Estado de Emergência. Tanto que no próprio "dia da vitória" a Junta Militar anunciou em comunicado oficial que não permitirá a continuação de "greves ilegais" e protestos, alegando que estas estão atrapalhando a economia do país.
O que deveria ser um momento de extrema alerta, mobilização e organização dos trabalhadores pela sua independência de classe, é apresentado como uma "revolução vitoriosa" pelos pseudotrotskistas de todos os matizes, o que entorpece profundamente os explorados, desarmando-os politicamente e colocando o imperialismo numa situação confortável para estabilizar o país e voltar a ofensiva política e militar.
Os marxistas revolucionários têm como tarefa desmascarar toda essa farsa criada pela esquerda revisionista que acaba por servir ao imperialismo, ao enterrar o real significado da revolução. É necessária uma estratégia revolucionária e um partido marxista-leninista que arme os trabalhadores para que possam enfrentar a burguesia em todas variantes e seu exército, forjando as condições para expropriação dos capitalistas e da conquista do poder pelos explorados.
Email:: lbiqi@hotmail.com
URL:: http://www.lbiqi.org/
Fonte: CMI Brasil
Na celebração do "Dia da Vitória" uma demonstração dos limites da revolta popular
O que deveria ser um momento de extrema alerta, mobilização e organização dos trabalhadores pela sua independência de classe, é apresentado como uma "revolução vitoriosa" pelos pseudotrotskistas de todos os matizes, o que entorpece profundamente os explorados, desarmando-os politicamente e colocando o imperialismo numa situação confortável para estabilizar o país e voltar a ofensiva política e militar
Uma multidão de egípcios reuniu-se nesta sexta-feira, 18/02, na praça Tahrir, para comemorar o "dia da vitória", após uma semana da renúncia de Mubarak, com direito a banda de música do exército e vários chamados a "unidade nacional por um novo Egito". Apesar disso, a saída do ditador vem sendo alardeada pela esquerda revisionista como a prova da "vitória da revolução democrática".
Ainda que as manifestações multitudinais tenham obrigado Mubarak a renunciar, tragicamente elas estão limitadas por uma estratégia que respeita a transição pactuada pela burguesia egípcia e a Casa Branca. Por essa razão, o Estado burguês continua intacto, a classe dominante mantém-se no poder, as instituições do regime estão preservadas e o exército intocável pronto para reprimir os trabalhadores que não respeitarem suas ordens, tendo para isso o aval da direção dos protestos: "Nós concordamos com que o Exército fixasse as normas para as celebrações de hoje", disse Ahmed Naguib, um membro de coordenação de uma coalizão de jovens e grupos políticos pró-democracia (Folha de São Paulo, 18/02). Por essas razões durante os quase 20 dias de mobilizações não houve armamento dos trabalhadores e as massas continuam nas mesmas condições miseráveis de vida no Egito.
Diferente do apregoado por toda sorte de falsificadores do marxismo, patrocinadores da tese de que houve uma revolução democrática no país, alimentando nos trabalhadores a ilusão de que alcançaram o objetivo final de sua luta, esse ascenso de massa está sendo golpeado por um acordo contra-revolucionário. Apesar do ditador Mubarak ter renunciado, este foi substituído por uma junta militar que deu início a um processo de transição, que possivelmente culminará com as eleições controladas pela burguesia em setembro para renovar a gerência do Estado capitalista, enquanto mantêm o famigerado Estado de Emergência. Tanto que no próprio "dia da vitória" a Junta Militar anunciou em comunicado oficial que não permitirá a continuação de "greves ilegais" e protestos, alegando que estas estão atrapalhando a economia do país.
O que deveria ser um momento de extrema alerta, mobilização e organização dos trabalhadores pela sua independência de classe, é apresentado como uma "revolução vitoriosa" pelos pseudotrotskistas de todos os matizes, o que entorpece profundamente os explorados, desarmando-os politicamente e colocando o imperialismo numa situação confortável para estabilizar o país e voltar a ofensiva política e militar.
Os marxistas revolucionários têm como tarefa desmascarar toda essa farsa criada pela esquerda revisionista que acaba por servir ao imperialismo, ao enterrar o real significado da revolução. É necessária uma estratégia revolucionária e um partido marxista-leninista que arme os trabalhadores para que possam enfrentar a burguesia em todas variantes e seu exército, forjando as condições para expropriação dos capitalistas e da conquista do poder pelos explorados.
Email:: lbiqi@hotmail.com
URL:: http://www.lbiqi.org/
Fonte: CMI Brasil
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