Fotos de João Pedro Freire - Fotos do Mural
Foto 331 de 332
Adicionada ontem
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Francisco Santos, Carlos Filipe, Lurdes Martins e 12 outras pessoas gostam disto.
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Catarina Pessoa obrigada pela partilha. É tão importante para a nossa memória colectiva e para a nossa identidade como povo que as pessoas partilhem conosco aqueles tempos.
Domingo às 18:34 · GostoNão gosto ·
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Maria Da Graça Vaz Vi amigos partir para esta Guerra alguns voltaram, outros não.
Como cantava Zeca Afonso voltaram nuna caixa de pinho
Domingo às 18:37 · GostoNão gosto ·
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Lurdes Martins Obrigada pela exposição, vou partilhar.
Abreijo
Domingo às 19:28 · GostoNão gosto ·
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Orquidea Soares de Lima Grande texto. Gostei mesmo!
E, amiga Maria da Graça, parece-me que quem cantava que voltaram numa caixa de pinho, era José Mário Branco: "O soldadinho não volta, do outro lado do mar......"
Domingo às 20:38 · GostoNão gosto ·
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Rui Mateus Não esquecer que existiram concepções diferentes como se devia combater a guerra colonial por cá...é bom refrescar a memória..
Domingo às 21:05 · GostoNão gosto ·
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António Manuel Ribeiro Lourinho
Quem cantava "menina dos Olhos Tristes" era o Adriano Correia de Oliveira e o Zé Afonso, em duas versões diferentes do mesmo poema. Mas reportando-me à guerra, agradeço o que aqui se colocou. Toca-me profundamente mas não tive essa visão ro...mântica do preto que se não podia tratar por "senhor", não tive a alegria de aspirar os cheiros de África nessa visão idílica, nem a vida fácil de convívio com a família nessa imensidão territorial. Os cheiros que reconheço são os da cordite, do fumo dos disparos, dos rebentamentos de minas, do sangue dos meus camaradas mortos ou estropiados, do pó regado a sangue, suor e lágrimas. A envolvência era a do medo, (porque os heróis também o sentem), e o quotidiano era a imensa incerteza, não pelo dia seguinte mas sim pelo segundo imediato. A minha memória vai para aqueles que num segundo riam e, no outro, era já cadáveres ou estropiados em sofrimento que se haveria de prolongar até aos dias de hoje, no caso dos que ainda vivem. À noite, a incerteza penetrava cada poro e a companhia que nos ladeava era a de uma espingarda aninhada ao nosso lado, uma boina a servir de fronha numa almofada que era de pedra, sem referir a magra e insípida ração de combate que, sendo de conservas, era aquecida por um calor extremo em cada momento, deteriorando o seu conteúdo e gerando muitas vezes alergias oroginadas pela decomposição. O romantismo estava ausente. Tomara que esta descrição fosse um "quadro" pintado com a minha imaginação. O povo português nunca terá noçao da verdadeira dimensão do sofrimento das gerações que participaram neste massacre colectivo. A Pátria, (ou Mátria) é madrasta com esses seus filhos bem como com as suas famílias que sofreram e sofrem ainda os efeitos devastadores dos dramas então vividos. Por isso, a hipocrisia me queima e continuará a ferir, sempre que uma coroa de flores é colocada sobre os monumentos aos meus irmãos caídos. Aproveitem as minha palavras para reflectirem. Sinto tudo quanto aqui escrevo e alguma felicidade remanesce por poder escrever. Õutros, muitos, mantêm-se no silêncio e arrastam o seu sofrimento calados sem capacidade para o revelar. Fiquem bem. Aceitem esta versão, um pouco diferente dos filhos dos militares de carreira que, esses sim, podem ter visões românticas das passagens por África.
há 15 horas · GostoNão gosto · 5 pessoasA carregar... ·
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Lurdes Martins António, um abraço muito apertado. E não deixe que o tratem mal, por ter estado na frente onde deviam estar os que tanto defendiam a guerra. Ninguém nasceu para matar - é uma violência que deixa refém a vida inteira e lembre-se que, apesar de tudo, está vivo e, como diz o povo, "enquanto há vida há esperança". Que viva a esperança muito mais que o passado, são os meus votos sinceros. Beijo
há 14 horas · GostoNão gosto ·
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António Manuel Ribeiro Lourinho Obrigado Lurdes Martins. Como antes disse, mantenho a gratidão a Deus ter-te poupado o corpo. A mente, sofrida, não me tolda a visão de todas as coisas. Outros estarão perturbados ao ponto de nem sequer se poderem exprimir. A sua revolta interior leva-os a procedimentos que são socialmente reprováveis e nós que somos tão rápidos e lestos a julgar. Beijos e todo a paz para si.
há 11 horas ·
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Victor Nogueira
Viva. Aqui fica o meu testemunho
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há 7 horas
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