Entre os 23 países analisados por um barómetro, os portugueses são os que menos confiam no Governo. Seguros, serviços financeiros e banca são os setores que inspiram menor confiança.
Lusa
10:11 Segunda feira, 7 de Fevereiro de 2011
Tiago Petinga/EPA
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Portugal «é o segundo país que atribui menos credibilidade a um representante do Governo ou regulador»
Os portugueses são os que menos confiam no Governo entre um grupo de 23 países analisados num barómetro que avalia o nível de confiança nas empresas, Governo, ONG e media, que hoje será divulgado.
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De acordo com o Edelman Trust Barometer 2011 , que pela segunda vez inclui Portugal, apenas 9% dos 203 inquiridos afirmou confiar no Governo.
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Face a 2010, o "Governo é a única instituição cujo nível de confiança se reduz", refere o estudo. No ano passado, 27% dos inquiridos afirmou confiar no Executivo, um valor que desceu para 9%.
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Entre os mais desconfiados nos Governos estão os irlandeses (20%) e os alemães (33%), enquanto os chineses (88%) se mostram os mais confiantes.
ONG's inspiram confiança
Na mesma linha, Portugal "é o segundo país que atribui menos credibilidade a um representante do Governo ou regulador", sendo apenas superado pela Indonésia, numa tabela liderada pelo Brasil.
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Os portugueses consideram os técnicos das empresas (como cientistas ou engenheiros) os porta-vozes mais credíveis e os presidentes executivos os segundo menos credíveis.
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Já as Organizações Não Governamentais (ONG) são as instituições em que os portugueses mais confiam (69%), seguidas pelas empresas (47%) e os media (39%).
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No que respeita às empresas, os portugueses afirmam confiar mais nas multinacionais suecas (87%) e suíças (83%), estando no fim da lista três economias emergentes: Rússia (23%), Índia (24%) a China (28%). Metade dos inquiridos afirmou confiar nas multinacionais da vizinha Espanha.
Tecnologia também bem 'cotadas'
Uma análise por setores demonstra que a tecnologia (78%) e a biotecnologia (77%) são os setores em que os portugueses mais confiam, por oposição aos seguros (31%), serviços financeiros (31%) e banca (31%).
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Na comparação com 2010, a banca e os seguros registam os maiores decréscimos em termos de confiança dos portugueses.
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"Apesar da reduzida confiança no setor bancário, Portugal está acima de países como Espanha (35%), Estados Unidos (25%) ou Reino Unido (16%)", refere o barómetro.
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Dos inquiridos, são os indonésios que se mostram mais confiantes no setor bancário (92%) e os irlandeses os que se afirmam menos confiantes (6%).
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Segundo o barómetro, os motores de busca "são a primeira fonte de informação" e o media tradicionais "são os mais credíveis, com destaque para a rádio e imprensa escrita, generalista e de negócios".
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Em Portugal, o Edelman Trust Barometer 2011 resulta de uma parceria entre a consultora de comunicação GCI e a Escola de Negócios da Universidade do Porto e é baseado em entrevistas telefónicas feitas a cidadãos que veem regularmente notícias económicas e políticas, possuem pelo menos uma licenciatura e pertencem ao escalão de rendimento mais elevado.
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