França: Voo com mais 130 repatriados partiu para Timisoara
Philipe Laurenson/Reuters
Repatriamentos acontecem após o desmantelamento de 50 acampamentos ciganos ilegais
Ciganos expulsos prometem voltar
Alguns dos ciganos expulsos ontem pelo governo francês para a Roménia, no segundo dia consecutivo de repatriamentos designados como "voluntários", prometem voltar para França o mais depressa possível. "A vida é muito melhor lá, é mais feliz", explicou, à chegada à Roménia, Mariana Serban, uma das cerca de 130 pessoas repatriadas num voo com chegada a Timisoara.
- 21 Agosto 2010 - Correio da Manhã
"Lá, davam-nos comida e dinheiro. A vida era muito melhor", explicou ainda, junto dos quatro filhos, admitindo que não tinha emprego em França, mas explicando que o que recebia do governo lhe permitia vida melhor do que na Roménia.
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Ante a afirmação do jornalista lembrando-lhe que agora, depois de aceitar 700 euros para regressar (300 por adulto e 100 por criança) já não receberia mais, Serban sorriu e respondeu: "Isso é o que dizem agora, mas vão dar-nos mais quando voltarmos."
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A forte possibilidade de a medida de expulsão nada resolver foi confirmada por Adrian Edu, perito em questões ciganas da Câmara de Bucareste, cidade que recebeu parte dos 93 repatriados na quinta-feira de Paris e Lyon. "Eles vão visitar a família e depois regressam a França, isso é garantido", afirmou.
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Recorde-se que a expulsão acontece após o desmantelamento de 50 acampamentos ciganos ilegais e que foi oferecido um subsídio aos que, "de forma voluntária", acederam a sair. Após a expulsão de ontem, um novo voo deverá ter lugar no dia 26. Até final do mês, está planeada a expulsão de quase 900 ciganos romenos e búlgaros.
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O impacto nacional e internacional da polémica leva a Paris, no final de Agosto, representantes do governo romeno para discutir a reintegração dos ciganos no seu país de origem
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QUASE DEZ MIL DEPORTADOS AO LONGO DE 2009
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Ante a polémica do repatriamento de ciganos, a Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH) veio a público lembrar que em 2009 o governo de Nicolas Sarkozy expulsou quase dez mil ciganos, ou seja, cerca de 25 por dia. Para Malik Salemkour, encarregado de missão da FIDH, não há diferença entre a política francesa e a britânica, dinamarquesa ou belga, a não ser no facto de a França mostrar claramente "a sua faceta racista". Malik instou Sarkozy a reconhecer aos imigrantes romenos e búlgaros "os mesmos direitos que aos restantes".
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- Comentário feito por:JAIME JORGE PEREIRA
- 21 Agosto 2010
- Comentário feito por:Pedro
- 21 Agosto 2010
- Comentário feito por: Anónimo
- 21 Agosto 2010
- Comentário feito por:Pedro P.
- 21 Agosto 2010
Finalmente um pais com coragem para agir perante este tipo de situaçao...poucos sao os imigrantes que tem consciencia e respeito pelo pais que lhes acolhe e da-lhe melhores condicoes de vida...em roma se romano.
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Amnistia Internacional alerta para marginalização dos ciganos em Portugal
07.04.2010 - 09:59 Por Lusa
Os ciganos em Portugal continuam a ser marginalizados nos serviços públicos e sem uma habitação condigna ou acesso a um emprego: participam pouco na identificação e resolução dos seus problemas perante uma sociedade que não lhes dá voz e os discrimina.
O problema da habitação é um dos mais recorrentes (José Caria/arquivo)
O alerta é deixado pela secção portuguesa da Amnistia Internacional no dia em que a organização não governamental de defesa dos direitos humanos apela à União Europeia e aos seus Estados-membros para que “tomem iniciativas concretas para acabar com o ciclo de discriminação, exclusão e pobreza da etnia cigana”.
O apelo surge na véspera da II Cimeira Europeia para a Inclusão do Povo Cigano, que se realiza na cidade espanhola de Córdova, e na sequência de um relatório da organização que denuncia os “desalojamentos forçados” e a “dificuldade de acesso à habitação” de ciganos na Bulgária, na Grécia, na Itália, na Roménia e na Sérvia.
A presidente da secção portuguesa da Amnistia Internacional, Lucília José Justino, apontou que a comunidade cigana em Portugal continua a ter dificuldades em aceder a serviços públicos, nomeadamente de saúde, a necessitar de uma habitação condigna e possui pouca escolaridade e escassas oportunidades de emprego.
“Dar-lhes voz e não decidir por eles”
Segundo Lucília José Justino, Portugal “não tem ainda abertura” para dar emprego a um cigano, que, por isso, “não tem interesse em estudar”. Para a responsável, se “há uma percepção negativa” em relação aos ciganos por parte da sociedade, que deve “dar-lhes voz e não decidir por eles”, a verdade é que são a comunidade com “menos participação activa na identificação e solução dos seus problemas”.
A dirigente lembra, a este propósito, que os ciganos, além de estigmatizados e discriminados, “têm medo de perder a sua cultura”, de se “abrir à diferença” e também discriminam: as mulheres e elementos de outras comunidades da mesma etnia. O desafio, defendeu, está em promover a sua “inclusão social” com o “empenhamento” da comunidade cigana e da sociedade porque ambos “têm direitos e responsabilidades”.
A secção portuguesa da Amnistia Internacional estima que existam no país 30 a 50 mil ciganos. Há cerca de um mês, o comissário dos Direitos Humanos do Conselho da Europa, Thomas Hammarberg, alertara o Governo português para as condições de alojamento “deploráveis” dos ciganos, reclamando medidas e realçando com “preocupação” a discriminação de que são alvos.
.O apelo surge na véspera da II Cimeira Europeia para a Inclusão do Povo Cigano, que se realiza na cidade espanhola de Córdova, e na sequência de um relatório da organização que denuncia os “desalojamentos forçados” e a “dificuldade de acesso à habitação” de ciganos na Bulgária, na Grécia, na Itália, na Roménia e na Sérvia.
A presidente da secção portuguesa da Amnistia Internacional, Lucília José Justino, apontou que a comunidade cigana em Portugal continua a ter dificuldades em aceder a serviços públicos, nomeadamente de saúde, a necessitar de uma habitação condigna e possui pouca escolaridade e escassas oportunidades de emprego.
“Dar-lhes voz e não decidir por eles”
Segundo Lucília José Justino, Portugal “não tem ainda abertura” para dar emprego a um cigano, que, por isso, “não tem interesse em estudar”. Para a responsável, se “há uma percepção negativa” em relação aos ciganos por parte da sociedade, que deve “dar-lhes voz e não decidir por eles”, a verdade é que são a comunidade com “menos participação activa na identificação e solução dos seus problemas”.
A dirigente lembra, a este propósito, que os ciganos, além de estigmatizados e discriminados, “têm medo de perder a sua cultura”, de se “abrir à diferença” e também discriminam: as mulheres e elementos de outras comunidades da mesma etnia. O desafio, defendeu, está em promover a sua “inclusão social” com o “empenhamento” da comunidade cigana e da sociedade porque ambos “têm direitos e responsabilidades”.
A secção portuguesa da Amnistia Internacional estima que existam no país 30 a 50 mil ciganos. Há cerca de um mês, o comissário dos Direitos Humanos do Conselho da Europa, Thomas Hammarberg, alertara o Governo português para as condições de alojamento “deploráveis” dos ciganos, reclamando medidas e realçando com “preocupação” a discriminação de que são alvos.
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- Comentário feito por:Paulo Lopes
- 21 Agosto 2010
la, aqui ou na china, sao, o que eu chamo, parasitas da sociedade...