A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

terça-feira, junho 09, 2009

Marcha de 85 mil dá ''cartão vermelho'' a governo português


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Uma manifestação em Lisboa com 85 mil pessoas (segundo a imprensa portuguesa) marcou neste sábado (23) o início da campanha da CDU (Coligação Democrática Unitária) para as eleições europeias de 7 de junho. A aliança entre o Partido Comunista Português e os Verdes tem como objetivo tirar a maioria parlamentar absoluta do governista PS (Partido Socialista).

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A passeata em Lisboa, ao som do 'Avante camarada'
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''A CDU vai retirar-lhes a maioria absoluta'', frisou, convicto, o secretário-geral do PCP, Jerônimo de Sousa, no comício de encerramento da marcha. A multidão percorreu a distancia do Saldanha ao Marquês de Pombal ''num impressionante e colorido mar de bandeiras'', acompanhando num ''vasto coro'' a cantora Luísa Basto na música Avante camarada, segundo o Diário de Notícias.
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''Estão zangados conosco!''
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''Estão zangados conosco! Uns e outros receiam a CDU. Com razão, diga-se! Os trabalhadores e o povo português têm um dilema. Ou aceitam o prosseguimento do rumo desastroso para onde esta política está a conduzir o país ou consideram que é o momento de dizer basta e exigir a ruptura e a mudança pela luta e pelo voto! '', adiantou o líder comunista, visivelmente emocionado com a dimensão do comício.
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O secretário-geral comunista disse que ''é no PCP e na CDU que reside a força em que os trabalhadores e o povo português podem, sem hesitação, confiar na força que honra a palavra, que leva a sério os compromissos assumidos, que não cede nem concede perante os interesses instalados que os alimentam e apoiam''.
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Jerônimo de Sousa vincou que ''a dimensão, o nível de participação nesta marcha tem um valor intrínseco. Mas assume mais valor no quadro político, econômico e social em que se realiza, mais força e mais valor se tivermos em conta que os beneficiários e defensores da situação, desta política e deste governo, nos tentaram empurrar para o pântano do conformismo e da resignação, das inevitabilidades, da desnecessidade e desatualização da luta''.
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Jerônimo realçou ainda que a marcha tem mais impacto e importância ''quando a par desses que nos tentavam empurrar para o pântano, outros convidavam-nos para o protesto e pelo protesto, para o surfar na espuma dos dias e da coisa mediática, abdicando da luta de massas e do seu papel fundamental para fazer frente à ofensiva desencadeada pelo governo e a sua política de direita.''
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Segundo o secretário-geral do PCP, ''o governo pode continuar a tentar esconder-se atrás da crise internacional, que é real e que afecta de fato o nosso país. Mas a crise internacional não pode iludir a nossa própria crise interna, nem os problemas do país que se arrastam há anos e que conheceram um novo agravamento com o atual governo do PS''.
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''Uma crise do sistema capitalista''
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A cabeça de lista da CDU ao Parlamento Europeu, Ilda Figueiredo (PCP), disse que ''a dura realidade que estamos a viver a prova de que tínhamos razão. As políticas do governo PS e da União Europeia apenas têm servido aos grandes grupos econômicos e não quem trabalha e vive do seu esforço''. Ilda Figueiredo sublinhou que ''mais de 30 anos de política de direita e mais de 20 anos de integração capitalista de Portugal na UE são a origem da crise, uma crise do sistema capitalista, que, agora, os seus causadores querem que sejam os mesmos de sempre a pagar'', referindo-se aos trabalhadores, aos mais desfavorecidos e às micro e pequenas empresas.

O PCP e os Verdes formaram a coligação eleitoral desde 18987. A CDU está no governo nos distritos de Beja e Setúbal. As eleições europeias são vistas como o primeiro e difícil teste dos governos do continente depois que a crise econômica atingiu sua fase aguda, impondo a recessão e o aumento das taxas de desemprego. Em Portugal, os desempregados já chegam a 10% da população ativa, conbtra 8% quando o governo do PS assumiu, em 2005.
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Com Diário de Notícias
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in Vermelho - 24 DE MAIO DE 2009 - 11h01
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