CGTP contra serviços mínimos na greve
A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) já anunciou que vai solicitar a impugnação dos serviços mínimos decretados para greve geral de quarta-feira para as empresas Transtejo, Soflusa, Metropolitano de Lisboa, Sociedade de Transportes Colectivos do Porto e CP – Caminhos de Ferro Portugueses, entre outras.
Em declarações à rádio ‘TSF’, Joaquim Dionísio considerou que a decisão "ilegal e ilegítima" dos colégios arbitrais “restringe o exercício e efeitos práticos da greve”.
A acção do sindicato vai ser interposta junto do Tribunal do Trabalho, no entanto, a CGTP reconhece que a decisão só terá efeitos futuros já que será apenas conhecida após a paralisação.
Proibida a participação por lei
Forças de segurança apoiam greve geral
A plataforma que reúne todos os sindicados das forças de segurança portuguesas manifestou esta segunda-feira o seu apoio e solidariedade para com os trabalhadores e o objectivo da greve geral da próxima quarta-feira. Recorde-se que as autoridades estão proibidas por lei de participar neste tipo de iniciativa, à excepção dos guardas prisionais.
“Vamos dar o apoio e solidariedade para com todos os trabalhadores, com os problemas que têm tido e os direitos que têm perdido” ao longo deste anos, afirmou o porta-voz da plataforma sindical, Jorge Alves.
in Correio da Manhã 2007.95,28
SINDICATOS - SERVIÇOS MÍNIMOS COMPROMETIDOS
Impugnação pode parar transportes
Mais de 25 mil activistas sindicais sensibilizaram os trabalhadores
* RAQUEL OLIVEIRA
Transportes, ensino e saúde deverão ser os sectores mais atingidos pela greve geral convocada pela CGTP para amanhã. "É nestes sectores que estamos com maior índice de adesão", disse ontem ao CM Amável Alves, da CGTP. O impacto nos transportes é a maior incógnita uma vez que, apesar de estarem decretados serviços mínimos (ver infografia). o facto de a CGTP ter impugnado esta decisão junto do Tribunal Administrativo de Lisboa poderá levar os trabalhadores requisitados a não comparecerem.
"Esta impugnação terá efeitos, por exemplo, no caso de terem sido levantados processos disciplinares aos trabalhadores que não compareceram", explicou Diamantino Dionísio, jurista da CGTP, que considera abusivos alguns serviços mínimos acordados, na medida em que retiram o direito à greve. De acordo com o jurista, as impugnações visam decisões dos conselhos arbitrais na definição dos serviços mínimos na Soflusa, Metro, CP, STCP, Carris e Metro.
A mobilização dos portugueses tem sido o alvo constante dos trabalhos da CGTP. A central sindical já realizou mais de seis mil plenários nas últimas três semanas, contando com a participação de perto de 2 5 mil activistas. Ontem, em frente à Câmara de Lisboa, a CGTP. com os sindicatos dos Trabalhadores dos Municípios de Lisboa (STML) e da Administração Local (STAL) reuniram dezenas de manifestantes numa 'caravana da indignação' que seguiu até aos ministérios das Finanças, Administração Interna. Ambiente e à residência oficial do primeiro-ministro. O objectivo era entregar cartões vermelhos às políticas de errçprego dos sectores público e privado. "
É altura de dizer basta", disse Francisco Braz, do STAL, acrescentando que está convencido de que "esta será a maior greve de sempre, com índices de adesão nunca antes atingidos".
INTERNET DÁ CONTRIBUTO
A CGTP está a usar, pela primeira vez, todas as potencialidades da internet nesta greve geral. Um serviço on-line de respostas a questões dos trabalhadores, garantidas pelos seus serviços administrativos e jurídicos, e quatro postais electrónicos são duas das novidades introduzidas pela central sindical. Também na contabilização da greve este será o meio privilegiado para recolher, de forma massificada, os números de todos os pontos do País.
in Correio Manhã, 29-05-2007
PCP apela a greve
Jerónimo de Sousa considerou que “o país e os trabalhadores não estão condenados à aceitação resignada da inevitabilidade da política de direita”. No comício de encerramento da Festa Alentejana do partido, o seu discurso foi dirigido para o Governo liderado por José Sócrates.
“Mais de dois anos a agravar os problemas do país e dos portugueses. Mais de dois anos de promessas não cumpridas”, afirmou, denunciando que com este Executivo do PS, “Portugal é hoje um país desigual e mais injusto”.
E deu mesmo exemplos para que os portugueses protestem contra o Governo: “uma ofensiva sem precedentes” aos trabalhadores da Administração Pública, o “dramático agravamento” da taxa de desemprego, a “total precarização” do mercado de trabalho, a “degradação das reformas e a “brutal ofensiva” contra o Sistema Nacional de Saúde.Perante uma plateia alentejana, o secretário-geral dos comunistas considerou que o atraso do Alentejo e do Interior se deve às políticas de direita dos sucessivos Governos do PS e do PSD.
in Correio da Manhã on-line 2007.05.27
1 comentário:
É urgente mudar o rumo, e sobretudo unir as pessoas.
Gostei deste espaço, sinceramente.
Um abraço*
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