A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

quinta-feira, maio 31, 2007



Uma grande Greve Geral


* João Aguiar

Ao contrário dos habituais malabarismos do Governo, a Greve Geral deste dia 30 de Maio pode ser considerada como uma grande acção de luta dos trabalhadores portugueses contra a política neoliberal do Governo PS/Sócrates. De facto, a Greve demonstrou a força e mobilização dos trabalhadores apesar de todas as ameaças do patronato e das medidas de carácter fascizante que o Governo procurou implementar numa espécie de caça ao grevista. Por outro lado, não nos devemos esquecer que o actual contexto de profunda vulnerabilidade dos contratos de trabalho e de crescente redução do poder de compra dos trabalhadores, constituem-se como factores dificultadores da luta e da organização e mobilização da Greve Geral.

Sublinhe-se ainda o sucesso da greve no sector público mas também no sector privado. Este é um ponto essencial e capital, na medida em que boa parte da comunicação social dominante, o Governo e os intelectualóides de serviço irão querer passar a imagem que a Greve Geral se terá resumido à função pública e aos transportes. Ora, isso não é verdade. No sector privado, vejam-se os exemplos dos CTT em Lisboa (85% de adesão à greve), call centers da TMN e da Optimus (1º turno com quase 100%), Autoeuropa (60%), Portucel de Setúbal (90%), Euroresinas em Sines (100%), Tudor/VFX (90%), Lisnave e Gestnave (100%), Groz/Beckert, empresa metalúrgica de Gaia (62,5%), Danone (73,33%), EDP em Lisboa (75%) e em Setúbal (70%), Blaukpunt em Braga (80% no turno da noite, 70% no turno do dia), Thyssen em Setúbal (85,71%), Petrogal/Matosinhos (100%), Lear em Palmela (76,67%), Unicer em Matosinhos (83%), Fisipe no Barreiro (97,14%), Cimianto em Vila Franca de Xira (80%), Auto-Sueco na Maia (98%), Rohde em Aveiro (96%), Estaleiros de Viana do Castelo (100%), Rotor/Nissan nos Montes Burgos, Porto (100%), Continente de Gaia (50% no turno das 8 horas da manhã), Refrige em Palmela (85%), Socometal do grupo Soares da Costa no Porto (91%), etc. Mais dados podem ser recolhidos nos sites do PCP e da CGTP (dados das 17h47).

Importa transmitir estes e outros importantes dados a todos os amigos, conhecidos e colegas de trabalho para demonstrar o REAL impacto da Greve Geral. Para mostrar o enorme potencial que emana da luta organizada e solidária dos trabalhadores.

Sem comentários: