A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

domingo, maio 13, 2007


AS PRIMEIRAS MÉDICAS e A PRIMEIRA ENGENHEIRA
 O GRANDE PASSO


Elisa Augusta da Conceição Andrade, natural de Lisboa, foi a primeira mulher portuguesa que frequentou, em regime de voluntariado, uma instituição de ensino superior em Portugal. Assim, a 12 de Outubro de 1880, com 25 anos, matriculou-se na Escola Politécnica de Lisboa (mais tarde, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) e o livro de «Matrículas e Exames» do Arquivo da Escola confirma a sua estadia até 1884.
(…)
Mas terá Elisa Andrade prosseguido os seus estudos? Algumas fontes indicam que sim e que terminou Medicina em 1889. Se assim foi, deve ser considerada a primeira médica portuguesa.

Outras fontes, contudo, dizem não existir qualquer processo escolar ou dissertação de licenciatura que o prove, presumindo-se, por isso, que tenha desistido.

Embora existam algumas dúvidas quanto a Elisa Andrade, é certo que Amélia Cardia dos Santos Costa foi uma das primeiras cinco médicas portuguesas. Em 12 de Outubro de 1883 matriculou-se na Escola Politécnica, na classe de aluno ordinário e, até Julho de 1887, frequentou e obteve aprovação em cinco disciplinas. Conseguiu matricular-se depois na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, em Outubro de 1886. Aí foi aprovada em 12 disciplinas e terminou o curso a 20 de Julho de 1891, em «acto grande», com a defesa da dissertação impressa «A Febre Hystérica». Tinha então 36 anos de idade.

Foi a primeira mulher a trabalhar num internato hospitalar. Fundou uma Casa de Saúde, em 1908, na Estrela, instituição considerada modelar. Alguns anos mais tarde, abandonou a prática da Medicina e dedicou-se a estudos filosóficos e espiritas. Publicou contos, romances (Visionário, Pecadora, Alforria e Na Atmosfera da Terra), dirigiu O Mensageiro Espirita e colaborou em diversos jornais e revistas (Ilustração Portuguesa, Século, Diário de Notícias, etc.). Foi membro da Associação das Ciências Médicas e da Federação Espirita Portuguesa.

A FAMÍLIA MORAIS SARMENTO

As irmãs Aurélia e Laurinda de Morais Sarmento foram as primeiras mulheres a terminarem Medicina na Escola Médico-Cirúrgica do Porto, após frequência e aprovação nas cadeiras preparatórias na Academia Politécnica. Em 30 de Setembro de 1886, as irmãs matricularam-se na Escola Médica, (…)

Cinco anos depois, exactamente no dia 9 de Novembro de 1891, concluíram ambas o curso. No «acto grande», Aurélia de Morais Sarmento defendeu a tese Hygiene da Primeira Infância, tendo obtido como resultado «aprovação plena». O mesmo resultado foi atribuído a Laurinda na defesa da dissertação Hygiene do Vestuário Feminino.

A família Morais Sarmento, natural de Aveiro, era possuidora de grandes tradições liberais. O pai, Anselmo Evaristo de Morais Sarmento, tinha uma cultura invulgar (fundou e dirigiu a Gazeta Literária do Porto, entre outros periódicos) e um posicionamento social de intolerância sobre a ancestral situação de inferioridade da mulher.

Foi caso único na época que todos os seus cinco filhos, quatro raparigas e um rapaz, obtivessem graduação universitária. Além das duas filhas mencionadas, a terceira, de nome Guilhermina Morais Sarmento, terminou igualmente Medicina e a quarta, Rita Morais Sarmento, formou-se na Academia Politécnica, sendo a primeira engenheira civil portuguesa

http://www2.fc.ul.pt/agenda_fcul/marco/marco2.html

Fotografia - Rita Morais Sarmento

Sem comentários: