A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

quarta-feira, maio 09, 2007




90 Anos das Aparições de Fátima (4)


"CADA FAMÍLIA TINHA UM REBANHO“


A serra era coalhada de pastores e rebanhos, parecia uma nuvem que a cobria”. A descrição feita por Lúcia, referindo-se à Serra de Aires no período das aparições, não podia ser mais perfeita. De facto, até 1930 a pastorícia apresentava-se como a actividade complementar da agricultura, sendo raro o agregado familiar que não tivesse o seu rebanho, apascentado por crianças ou idosos.

Predominavam os rebanhos de ovelhas – davam mais rendimento que as cabras e poupavam mais os pastos. Tinham um número reduzido de cabeças – 6, 10, 12 – e com eles saíam as crianças de madrugada, com o saquito da merenda, para os baldios.

De Inverno ficavam por lá todo o dia. No Verão voltavam a casa ao fim da manhã, já que as ovelhas não aguentavam o calor, saindo de novo a meio da tarde. Aos domingos e dias santos abriam-se os rebanhos de madrugada e recolhiam-se pelas dez da manhã, para se poder assistir à missa.

A partir de 1930, sensivelmente, a situação alterou-se. Com a entrega dos baldios ao povo, multiplicaram-se os terrenos de cultivo nos vales e cabeços, reduzindo as pastagens. Esta situação, a par da escolaridade obrigatória, fizeram com que a pastorícia, pelo menos a ligada a crianças, quase desaparecesse. Os poucos rebanhos que restavam pertenciam a agricultores abastados, que tinham ao seu serviço um ou outro pastor a quem pagavam uma pequena mesada, para além do alojamento e alimentação.

in Correio da Manhã 2007.05.09

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