A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

sábado, maio 12, 2007




Escritora e conferencista, nasceu em Setúbal no dia 26 de Maio de 1861.Filha e neta de militares teve uma infância triste, num ambiente familiar conflituoso que não deixou de ter influência na sua vida e mesmo nas suas ideias quanto á situação da mulher na sociedade.
Casou aos 16 anos com um médico da armada, com quem foi muito feliz, mas durante pouco tempo, pois fora morto em combate em Cuamato (Angola). Adere á "Associação Portuguesa da Paz" e funda a secção feminista da associação de que é presidente em 1906.
Foram muitas as suas obras literárias: fez conferências em Portugal e no estrangeiro; sendo esta figura muito ligada ao meio cultural e artístico da época. Profundamente ligada a Setúbal, sua terra natal, deixou á Câmara Municipal, todo o seu espólio, a sua biblioteca pessoal e valiosos objectos de todo o mundo onde passou.
Viveu em Paris, durante o período da I Grande Guerra Mundial e nas suas crónicas recorda que, Junho de 1919 foi muito importante para si, significando "a libertação do exílio, o fim de tantas demoradas angústias".
Escreveu diversos livros, dos quais destacam-se: "A Infanta Dona Maria e a Corte Portuguesa"; "A Marquesa de Alorna"; "Mulheres Ilustres"; "Lá Magesté lá Reine Amélie du Portugal"; "Impressões de Viagem"; "Arte, Literatura e Viagem"; "Teófilo Braga"; "As Minhas Memórias", entre outros.Foi condecorada com a "Legião de Ouro"; "Ordem de cristo" e de "Santiago de Espada". Fez parte do Instituto de Coimbra e fundadora da revista "Sociedade Futura", o maior sonho de sua vida. Sucumbiu no ano de 1948.

Olga Moraes Sarmento
(1881 – 1948)

O despertar da consciência feminista em Portugal, no virar do século XIX, tem em Olga Moraes Sarmento uma das referências, escritora que conviveu com o meio intelectual da Europa, onde, a par da luta pelos direitos das mulheres, alimentou um “vício”, o de coleccionadora de autógrafos.
Maria Olga de Moraes Sarmento da Silveira, nascida em Setúbal, em 26 de Maio de 1881, viajou muito, realizou conferências, escreveu livros, dirigiu uma publicação de pendor feminista.
Fixou residência em Paris, onde conviveu com o meio intelectual da época, criou relações de amizade com personalidades de relevo do mundo da arte, da música e da literatura e trocou correspondência com individualidades francesas, espanholas e portuguesas, como Carolina Michaëlis de Vasconcelos, Marx Nordau e Henriette de Joffre. Destes contactos resultou a sua vasta colecção de autógrafos, em bilhetes-postais, cartas, livros e desenhos. Apreciadora da obra e do pensamento de grandes personalidades, a colecção de autógrafos não se resume à compilação das missivas que lhe foram endereçadas por figuras da sua geração. Inclui também registos de figuras do meio intelectual, artístico, político e aristocrático, especialmente dos séculos XIX e XX. Destacam-se ainda duas cartas de outros períodos históricos: uma do Marquês de Pombal, outra do Rei Luís XIII de França.
Editou o primeiro livro, intitulado 'Problema Feminista', em 1906, a que se seguiram 'A Infanta D. Maria e a Corte Portuguesa', 'A Marquesa de Alorna' (com prefácio de Teófilo Braga), 'Mulheres Ilustres', 'Impressão de Viagem', 'La Patrie Brasilienne', 'Sa Magesté la Reine Amélie de Portugal' e 'Teófilo Braga'. Deste último título ofereceu um exemplar ao Rei da Bélgica, que a recebeu em audiência em 1937.
Ligada ao grupo de intelectuais portuguesas que no início do século XX lutou pelos direitos cívicos, legais e políticos das mulheres, que se encontravam relegadas na sociedade para um plano de inferioridade, Olga Moraes Sarmento dirigiu a publicação 'Sociedade Futura', criada em 1092, sucedendo no cargo à também setubalense Ana de Castro Osório, uma das principais teóricas do feminismo.
Condecorada com a Legião de Honra e com as Ordens de Cristo e de Santiago de Espada, morreu em 1948, sem antes ceder à Câmara Municipal de Setúbal a biblioteca e colecção de arte pessoais, legado que faz parte do acervo do Museu de Setúbal/Convento de Jesus. E, claro, os mais de cem autógrafos que juntou.

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