Ainda para Maria e Kalinka
Esta foto, actual, representa a ilha do Cabo, de novo unida, e a linha amarela corresponde à antiga Avenida Marginal da Praia do Bispo e o assoreamento do braço de mar que a separava da ilha, que se foi assoreando, A casa dos meus pais deixou de estar junto ao mar e passou para o interior. Nos terrenos «conquistados» ao mar construiu-se um bairro de lata, tal como na ilha, onde outrora havia uma pequena aldeia de pescadores, de casas de pau a pique com paredes e tecto de folhas de palmeira. Uma dessas casas fora comprada pelo meu pai, engenheiro civil, e nela passávamos os fim de semana com montes de amigos, antes do meu pai «emigrar» para a Ilha do Mossulo, mais a sul, onde iniciou a construção duma casa melhor. Em qualquer dos casos os barcos com motor fora de borda eram construídos pelo meu pai no quintal, com a ajuda dum carpinteiro, segundo modelos e plantas retirados da Popular Mechanics
Esta foto é mais antiga (1962) e nela se vê a Ilha do Cabo. cortada quase defronte da fortaleza de S. Miguel, no morro homónimo. e as Avenidas marginais da Praia do Bispo e a de Paulo Dias de Novais, esta um dos ex-libris da cidade.
Vista actual da Praia do Bispo e dos bairros de lata construídos defronte à antiga marginal da Praia do Bispo e na ilha do Cabo. Ao fundo, a mancha branca é a fortaleza de S. Miguel, agora com bairros de lata no sopé do morro.
Uma outra vista dos bairros de lata ou musseques que se construíram defronte ds antiga marginal da Praia do Bispo
Vista da marginal da Praia do Bispo. Defronte ao mar havia palmeiras e coqueiros do lado das vivendas. Ao fundo, encoberto, o morro de S. Miguel e no cimo a fortaleza homónima
(autor - alguém da família)
Preparação do embarque (a minha mãe, o meu irmão Zé Luís e o escriba destas notas). Á esquerda o paredão que evitava que as marés vivas (calemas) destruíssem a marginal e as casas. Ao cima do morro e nas traseiras fica e ficava o Palácio que outrora foi dos Governadores Gerais, sucessivamente alterado na sua traça ao longo dos tempos. A casa dos meus pais era à esquerda da segunda vivenda. (autor - alguém da família). Muito disto é referido no meu poema Raizes.
2 comentários:
É uma viagem que eu hei-de fazer, um dia!
Obrigada por partilhar imagens do bairro onde cresci (1958/1973).
Bem haja!
Helena Subtil
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