Soneto do Trabalho
Das prensas dos martelos das bigornas
das foices dos arados das charruas
das alfaias dos cascos e das dornas
é que nasce a canção que anda nas ruas.
Um povo não é livre em águas mornas
não se abre a liberdade com gazuas
à força do teu braço é que transformas
as fábricas e as terras que são tuas.
Abre os olhos e vê. Sê vigilante
a reacção não passará diante
do teu punho fechado contra o medo.
Levanta-te meu Povo. Não é tarde.
Agora é que o mar canta é que o sol arde
pois quando o povo acorda é sempre cedo.
José Carlos Ary dos Santos
Nestes tempos conturbados, em que - de novo! - os mesmos fantasmas do passado se aventuram a pôr as garras de fora, sabe bem recordar Ary dos Santos, a sua militância e a sua confiança no Futuro.
Este poema é a minha homenagem a milhares de trabalhadores que estão no desemprego ou que vêem os seus postos de trabalho desaparecerem de um dia para o outro...
Este poema é a minha homenagem a milhares de trabalhadores que estão no desemprego ou que vêem os seus postos de trabalho desaparecerem de um dia para o outro...
É necessário, é urgente, que o Povo acorde de uma vez por todas!
José Gomes
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