A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

segunda-feira, junho 04, 2007


Judeus: Centro Histórico inclui cemitério com 107 campas

Passado judaico recriado
* Ana Isabel Coelho
As peças originais de uma antiga sinagoga existente em Faro e demolida na década de 60, onde se destacam o arco, o púlpito e a luz eterna, retratando um casamento hebraico, são motivo para uma visita ao museu-sinagoga inaugurado ontem no espaço do cemitério judaico, agora designado Centro Histórico Judaico de Faro.
Actualmente são cerca de 20, os judeus a residir no Algarve, muito menos do que os que aqui viviam e tiveram de fugir para Marrocos durante a Inquisição.
O cemitério judaico de Faro, com 107 campas, a mais antiga de 1838 e a última de 1932, é o único vestígio que permanece da presença judaica em Portugal depois da Inquisição. Actualmente, o presidente da Comunidade Judaica do Algarve, Ralf Pinto, tem dois pedidos de judeus residentes na região que desejam ser ali enterrados.
A cerimónia de inauguração do novo espaço que retrata aspectos da vida dos judeus, contou com a presença do embaixador de Israel em Portugal, Aaron Ram, o presidente da Comunidade Israelita de Lisboa, José Oulman Carp, o presidente da Câmara de Faro, José Apolinário, ou Michael Bitton, filho de Isaac Bitton que morreu em Julho do ano passado e foi o responsável pela restauração do cemitério nos anos 80. Michael Bitton referiu “a honra” de ver que a luta do progenitor para recuperar o espaço não foi em vão.
PORMENORES
SINAGOGA
A antiga sinagoga de Faro, localizada na Rua Castilho, na Baixa de Faro, foi demolida na década de 1960. Serviu, nos séculos XVIII e XIX, a comunidade israelita residente na cidade.
ROTEIRO
O objectivo de Ralf Pinto, presidente da Comunidade Judaica do Algarve, é que o Centro Judaico de Faro passe a integrar o roteiro cultural da cidade.
PENTATEUCO
O Centro Judaico inclui a sinagoga, o cemitério e o museu, onde está uma cópia do Pentateuco, primeiro livro impresso em Portugal, precisamente em Faro.
Comentários
Segunda-feira, 4 Junho- David Acho louvável esta iniciativa. Só é pena que não se repita em todas as localidades portuguesas. Afinal, nós somos o povo eleito e temos que estar representados em todo mundo. Deixo também aqui a minha sugestão para que se abram também museus do Holocausto, para que a Humanidade nunca se esqueça das perseguições que o nosso povo sofreu!
in Correio da Manhã 2007.06.04
SINAGOGA de Tomar

Em Tomar, viviam muitos Judeus que habitavam a Judiaria (depois designada Rua Nova - entre as Ruas Direita dos Açougues e dos Moinhos). A Judiaria era fechada ao cair da noite com correntes.

Estes Judeus, como na própia Roma, tinham uma Sinagoga. Localizada na tal Rua Nova (Dr. Joaquim Jacinto) foi mandada erigir pelo Infante D. Henrique em meados do Séc. XV. Foi ele que deu guarida aos Judeus e criou a Judiaria.

Em 1496 foi encerrada pelo Édito de expulsão dos Judeus de Portugal. Na primeira metade de Sec. XVI foi transformada em cadeia Municipal. No Séc. XIX era já um mero armazém.

Os Judeus, contribuíram muito para o engrandecimento económico de Tomar. Eram muitos e abastados. Em 1923, o Dr. Samuel Schwarz compra a Sinagoga a Joaquim Cardoso Tavares, restaura-a, e em 1939 doa o imóvel ao Estado, na condição de nele ser instalado o Museu Luso-hebraico.

Em 1942/43 são feitas obras de adaptação para o Museu e em 1949 a Sinagoga é ampliada. Em 1952 é construída a habitação para o guarda.

Este monumento, único em Portugal, é Monumento Nacional, símbolo da coexistência religiosa em Tomar.

in : tomar.com.sapo.pt/sinagoga.html

FOTO - Sinagoga de Tomar

NOTA:

Nas minhas deambulações por Portugal fiz as rotas das judiarias Portuguesas e do Portugal Islâmico. As notas fazem parte do 2º volume de viagens que desconheço se alguma vez serão ordenadas, como desorganizadas estão as milhares de fotos das minhas deambulações por este jardim à beira mar plantado, algumas já históricas, Embora não tivesse tido ocasião de visitar nem a sinagogas de Castelo de Vide, Guarda ou Belmonte, visitei a de Tomar, que me pareceu muito pobrezinha em termos museológicos.

VN

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