1. Sei que houve muitas bandas a tocarem, sei que houve marchas populares, mas a nada disso liguei. Depois da abertura de trânsito e do lanche, resolvemos ir ao Parque das Escolas (ou Largo José Afonso) ver o que se passava, Para além de música popularucha, sem ofensa, estavam expostos vários veículos dos diversos ramos das Forças Armadas, com bastante povo a entrar e sair deles, com especial relevo para um carro de assalto, onde um miúdo se entretinha a «matar» com rajadas de metralhadora tudo quanto lhe aparecia no visor, e um caça, com uma enorme multidão em fila ordeira para experimentar a sensação de sentar o traseiro na carlinga do avião «carregado» com três tipos de bombas ou mísseis em cada asa.
PS - Também houve Cultura. Para aém das Marchas Populares inaugurou-se um Memorial a Sebastião da Gama em Vila Nova de Azeitão, onde já havia uma Biblioteca-Museu a ele dedicada e puseram-se flores na estátua do Bocage, em Setúbal. Já agora, também tenho um livro de Sebastião da Gama, autografado e com dedicatória que ele ofereceu à minha tia avó Esperança, numas férias que esta passou no Portinho da Arrábida. E foi também inaugurada uma exposição sobre os Emigrantes, na sede da Associação dos Empresários de Setúbal, que funciona no edifício da antiga filial do Banco de Portugal (que era vermelho tijolo e por causa das Comemorações foi pintado duma cor clara e fantasmagórica). Esqueceram-se da Luísa Todi e do Zeca Afonso, mas caramba, também não sejamos exagerados, se não talvez a «música» desafinasse. A não ser que o material bélico exposto no Largo das Escolas (que raio não pega o nome de Largo José Afonso) fosse uma «homenagem ao cantor da Terra da Fraternidade e da Cidade Sem Muros nem Ameias !
Leram-se bocados dos Lusíadas (gosto mais dos sonetos) e deu-se início à manuscrita dos Lusíadas. Eu cá achava mais útil que se oferece-se a todos os portugueses e portuguesas um exemplar do livro «A Verdade e a Mentira na Revolução de Abril - A contra-revolução confessa-se». Não, não é um livro escrito por Camões mas sim por um tal Álvaro Cunhal, que acho que também não morreu rico.
VN
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