Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas & etc. (1)
• Victor Nogueira
1. O Correio de Setúbal de 2007.06.05 dava conta do programa das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Bem, um título demasiado vasto para 24 horas, mesmo incluindo as 8 diárias recomendadas para um sono nem sempre retemperador.
2. Anteriormente, no tempo do Fascismo, era simplesmente o Dia da Raça, o que era um duplo contra-senso:
a) Primeiro o regime Fascista proclamava que Portugal era um País Multirracial, do Minho a Timor, embora constituído por povos civilizados (os brancos e a minoria dos «assimilados») e por povos «primitivos», que deviam ser arrancados às trevas do «primitivismo», da «selvajaria» e do «paganismo»
b) Os portugueses do Continente são uma mistura dos vários povos que nele viveram, desde os primitivos iberos, passando por celtas, romanos, suevos, vândalos, alanos, visigodos, árabes, negros(a maioria escravos) e «amarelos», entre outros.
3. Bem, mas deixando estas divagações, e voltando ao Correio de Setúbal, este, na sua página 5 dava conta dos «condicionamentos à circulação e estacionamento», que nalguns se iniciaram logo na 5ª feira, dia sete. Toda a zona entre o antigo Quartel do 11 e o Mercado Livramento e o Jardim da Beira-Mar (mais correctamente – Beira-Rio) e a faixa Sul da Avenida Luísa Todi ficaram interditas à circulação e ao estacionamento automóveis. Em termos práticos, também a circulação de peões foi condicionada, bem como o acesso ao cais dos Ferry-boats , ao Mercado do Livramento e à Marina Atlântica. É obra! É quase uma espécie de Estado de Sítio para umas Comemorações «festivas», «pacíficas», em «Democracia» e «Liberdade, Registe-se que a área condicionada pertence à Administração do Porto de Setúbal, dependente não da Câmara mas do Governo PS/Sócrates.
4. E com destaque, em baixo e à direita da mesma página, noticia-se «Utentes em protesto contra o fecho do SADU», no Hospital Distrital de Setúbal, e que já havia sido objecto duma «moção» de desaprovação e rejeição UNÂNIME de todas as forças políticas representadas na Câmara de Setúbal (PCP, Verdes, PS e PSD)
5. No dia 9 de Junho à tarde combinámos encontrarmo-nos eu e a minha mãe (com dificuldade de mobilidade), as minhas tias e os meus filhos no Largo da Misericórdia, para lancharmos. Todos os caminhos estavam vedados, excepto o acesso à Avenida Luísa Todi pelo Sul e pelo viaduto das Fontainhas.
6. O meu carro e o das minhas tias ainda conseguiram passar, mas foram logo pela Polícia obrigados a parar e estacionar, por razões que na altura não entendi. Entretanto, junto ao antigo Quartel do 11, os carros estavam parados, impedidos de avançar. Eis senão quando surge uma caterva de veículos pretos de alta cilindrada precedidos pelas motas da GNR, em alta velocidade, indiferente ao pouco povoléu obrigado a parar, o que me permitiu distinguir a traseira dum carro cuja matrícula era PR.
7. Entretanto os Asas de Portugal faziam acrobacias no céu, desenhando um coração. Passado o «cortejo» o trânsito foi reaberto e seguimos para o Parque das Escolas (que raio, agora é o Largo José Afonso, mas o nome não pegou)
• Victor Nogueira
1. O Correio de Setúbal de 2007.06.05 dava conta do programa das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Bem, um título demasiado vasto para 24 horas, mesmo incluindo as 8 diárias recomendadas para um sono nem sempre retemperador.
2. Anteriormente, no tempo do Fascismo, era simplesmente o Dia da Raça, o que era um duplo contra-senso:
a) Primeiro o regime Fascista proclamava que Portugal era um País Multirracial, do Minho a Timor, embora constituído por povos civilizados (os brancos e a minoria dos «assimilados») e por povos «primitivos», que deviam ser arrancados às trevas do «primitivismo», da «selvajaria» e do «paganismo»
b) Os portugueses do Continente são uma mistura dos vários povos que nele viveram, desde os primitivos iberos, passando por celtas, romanos, suevos, vândalos, alanos, visigodos, árabes, negros(a maioria escravos) e «amarelos», entre outros.
3. Bem, mas deixando estas divagações, e voltando ao Correio de Setúbal, este, na sua página 5 dava conta dos «condicionamentos à circulação e estacionamento», que nalguns se iniciaram logo na 5ª feira, dia sete. Toda a zona entre o antigo Quartel do 11 e o Mercado Livramento e o Jardim da Beira-Mar (mais correctamente – Beira-Rio) e a faixa Sul da Avenida Luísa Todi ficaram interditas à circulação e ao estacionamento automóveis. Em termos práticos, também a circulação de peões foi condicionada, bem como o acesso ao cais dos Ferry-boats , ao Mercado do Livramento e à Marina Atlântica. É obra! É quase uma espécie de Estado de Sítio para umas Comemorações «festivas», «pacíficas», em «Democracia» e «Liberdade, Registe-se que a área condicionada pertence à Administração do Porto de Setúbal, dependente não da Câmara mas do Governo PS/Sócrates.
4. E com destaque, em baixo e à direita da mesma página, noticia-se «Utentes em protesto contra o fecho do SADU», no Hospital Distrital de Setúbal, e que já havia sido objecto duma «moção» de desaprovação e rejeição UNÂNIME de todas as forças políticas representadas na Câmara de Setúbal (PCP, Verdes, PS e PSD)
5. No dia 9 de Junho à tarde combinámos encontrarmo-nos eu e a minha mãe (com dificuldade de mobilidade), as minhas tias e os meus filhos no Largo da Misericórdia, para lancharmos. Todos os caminhos estavam vedados, excepto o acesso à Avenida Luísa Todi pelo Sul e pelo viaduto das Fontainhas.
6. O meu carro e o das minhas tias ainda conseguiram passar, mas foram logo pela Polícia obrigados a parar e estacionar, por razões que na altura não entendi. Entretanto, junto ao antigo Quartel do 11, os carros estavam parados, impedidos de avançar. Eis senão quando surge uma caterva de veículos pretos de alta cilindrada precedidos pelas motas da GNR, em alta velocidade, indiferente ao pouco povoléu obrigado a parar, o que me permitiu distinguir a traseira dum carro cuja matrícula era PR.
7. Entretanto os Asas de Portugal faziam acrobacias no céu, desenhando um coração. Passado o «cortejo» o trânsito foi reaberto e seguimos para o Parque das Escolas (que raio, agora é o Largo José Afonso, mas o nome não pegou)
CONTINUA
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