* Josias de Sousa
Você toparia conceber um filho diante das câmeras de televisão? Sim, isso mesmo, fornicar em rede nacional. Não? E se lhe oferecessem um prêmio de uns R$ 455 mil?
A idéia foi lançada por uma equipe da BBC, de Londres. Atraiu mais de duas centenas de interessados. Tratava-se de uma piada. Mas os candidatos não sabiam.
Produtores de uma série chamada “Diabruras” tiveram a idéia de conceber o pior reality show de que já se teve notícia. Analisaram-se várias propostas. Prevaleceu aquela que pareceu a todos a de gosto mais duvidoso e moralmente questionável.
Assim nasceu o falso programa “Vamos Fazer um Bebê.” Foi preparado como se fosse realmente ao ar. O objetivo era testar os limites de atrações ao estilo Big Brother.
Os participantes, desconhecidos entre si, seriam enclausurados numa “casa da fertilidade”. A cada semana, os telespectadores expulsariam o menos atraente.
Ao final, sobreviveriam apenas dois casais. Teriam de fazer sexo em rede nacional. O primeiro que concebesse um bebê levaria o prêmio de US$ 175 mil.
Veiculou-se um anúncio convocando os interessados. Houve congestionamento das linhas telefônicas. Mais de 200 pessoas acorreram a uma fila de seleção. Entre os candidatos havia inclusive um homem gay. Pelo prêmio, dispunha-se a copular com uma mulher.
Não é só: cadeias de TV de várias partes do mundo contactaram uma falsa empresa produtora. Ofereceram grandes somas em dinheiro para assegurar o direito de retransmissão do programa.
“Nunca imaginamos que chegaríamos tão longe com tão pouco esforço”, disse, com uma ponta de assombro, Elen Sage, produtora e diretora do projeto. Como se vê, o exibicionismo e a cobiça do ser humano realmente não têm limites.
Escrito por Josias de Souza
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