90 anos das aparições de Fátima (7)
DURANTE A SEMANA QUALQUER ROUPITA SERVIA: SÓ HOMENS ANDAVAM CALÇADOS
* Carlos Ferreira
Leiria
A indumentária e o calçado, no tempo das Aparições, reflectia a pobreza da época no lugar de Aljustrel, a terra dos três Pastorinhos.
Durante a semana, qualquer roupita cobria o corpo, mas ao domingo tudo era diferente: as raparigas usavam saia comprida de riscado com algibeira, e blusa de chita; as mulheres saia de lã, blusa larga de chita ou cetim e na cabeça lenço de lã estampado com ramagens; os rapazes calça preta, apertada com cinta, camisa, colete, casaco e boina; os homens fato de surrobeco, com jaqueta de alamares, camisa, calça cintada, chapéu ou carapuço e, numa das mãos, o pau de carvalho ou de marmeleiro.
Aos domingos os homens e rapazes calçavam botas finas e as mulheres sapatos; mas de semana enquanto os primeiros usavam botas grosseiras, por vezes bastante remendadas com tombas, as mulheres e crianças nada traziam nos pés – os sapatos serviam para ir às missas e festas e, mesmo assim, no caminho iam por vezes descalças.
A partir de finais dos anos 20, início da década de 30, a situação alterou-se. O vestuário vai-se diversificando dos padrões tradicionais de outrora, mas é ao nível do calçado que a evolução mais se nota. O que antes era usado diariamente só pelos homens e pelas mulheres apenas ao domingo tornou-se prática corrente, embora algumas crianças continuem a andar descalças, não tanto por necessidades mas por tendências adquiridas.
in Correio da Manhã 2007.05.10
Durante a semana, qualquer roupita cobria o corpo, mas ao domingo tudo era diferente: as raparigas usavam saia comprida de riscado com algibeira, e blusa de chita; as mulheres saia de lã, blusa larga de chita ou cetim e na cabeça lenço de lã estampado com ramagens; os rapazes calça preta, apertada com cinta, camisa, colete, casaco e boina; os homens fato de surrobeco, com jaqueta de alamares, camisa, calça cintada, chapéu ou carapuço e, numa das mãos, o pau de carvalho ou de marmeleiro.
Aos domingos os homens e rapazes calçavam botas finas e as mulheres sapatos; mas de semana enquanto os primeiros usavam botas grosseiras, por vezes bastante remendadas com tombas, as mulheres e crianças nada traziam nos pés – os sapatos serviam para ir às missas e festas e, mesmo assim, no caminho iam por vezes descalças.
A partir de finais dos anos 20, início da década de 30, a situação alterou-se. O vestuário vai-se diversificando dos padrões tradicionais de outrora, mas é ao nível do calçado que a evolução mais se nota. O que antes era usado diariamente só pelos homens e pelas mulheres apenas ao domingo tornou-se prática corrente, embora algumas crianças continuem a andar descalças, não tanto por necessidades mas por tendências adquiridas.
in Correio da Manhã 2007.05.10
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