90 anos das Aparições de Fátima (8)
EMIGRAÇÃO FOI MOTOR DE DESENVOLVIMENTO DA FREGUESIA
RICOS METIAM CUNHA PELOS MAIS POBRES
EMIGRAÇÃO FOI MOTOR DE DESENVOLVIMENTO DA FREGUESIA
RICOS METIAM CUNHA PELOS MAIS POBRES
* Isabel Jordão
A maior parte da população de Fátima, no tempo das Aparições, vivia de escassos recursos. Havia contudo algumas famílias mais abastadas, que possuíam terrenos de cultivo com dimensões apreciáveis, várias juntas de bois e casa farta.
Estas famílias distinguiam-se não só pelos seus haveres mas também pela influência social que exerciam junto de entidades públicas, de quem conseguiam certas facilidades para melhoramentos locais.
Era a estas pessoas que se recorria também para arranjar emprego para o filho ou para o livrar do serviço militar, daí haver toda a vantagem em as escolher para padrinhos de baptismo ou de casamento.
Mas nem todos se escaparam da tropa e, segundo os registos da época, 32 homens da freguesia participaram na I Guerra Mundial (1914-18), alguns dos quais morreram.
Outros houve que procuraram no estrangeiro uma vida melhor, embora neste período (1915-20) o número dos que saíram fosse pouco significativo. Emigraram sobretudo para o Brasil e países da América do Sul. Quem partiu não regressou. A maior parte, depois de se estabelecer, chamou a família.
Só mais tarde, nas décadas de 50-60, a debandada teve reflexos na freguesia.
Os países de destino foram sobretudo a França, a Alemanha e a Suíça. Se por um lado a falta de braços deixou campos por amanhar, por outro certos lugares de Fátima passaram a reflectir o bem-estar económico do emigrante que investe na sua terra, construindo novas habitações ou casas comerciais e adquirindo terrenos na Cova da Iria.
Estas famílias distinguiam-se não só pelos seus haveres mas também pela influência social que exerciam junto de entidades públicas, de quem conseguiam certas facilidades para melhoramentos locais.
Era a estas pessoas que se recorria também para arranjar emprego para o filho ou para o livrar do serviço militar, daí haver toda a vantagem em as escolher para padrinhos de baptismo ou de casamento.
Mas nem todos se escaparam da tropa e, segundo os registos da época, 32 homens da freguesia participaram na I Guerra Mundial (1914-18), alguns dos quais morreram.
Outros houve que procuraram no estrangeiro uma vida melhor, embora neste período (1915-20) o número dos que saíram fosse pouco significativo. Emigraram sobretudo para o Brasil e países da América do Sul. Quem partiu não regressou. A maior parte, depois de se estabelecer, chamou a família.
Só mais tarde, nas décadas de 50-60, a debandada teve reflexos na freguesia.
Os países de destino foram sobretudo a França, a Alemanha e a Suíça. Se por um lado a falta de braços deixou campos por amanhar, por outro certos lugares de Fátima passaram a reflectir o bem-estar económico do emigrante que investe na sua terra, construindo novas habitações ou casas comerciais e adquirindo terrenos na Cova da Iria.
in Correio da Manhã 2007.05.12
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