90 Anos das Aparições de Fátima (2)
NÃO SE BEBIA LEITE E A FRUTA ERA DADA AOS ANIMAIS
CARNE MAGRA TROCADA POR TOUCINHO
Embora não se possa propriamente falar de fo-me, no período das Aparições a alimentação era pobre e pouco variada nos meios rurais como Aljustrel, onde nasceram Francisco, Jacinta e Lúcia.
Ao sair de casa, antes do romper do dia, o trabalhador pouco ou nada comia, contentando-se, por vezes, com dois ou três figos, seguidos de um tra-go de aguardente. Pelas 09h00 ‘almoçava’ no campo – broa com azeitonas, sardinha ou um pedaço de queijo. Pelo meio-dia a mulher ou alguma filha traziam-lhe o ‘jantar’ – prato único, normalmente à base de feijão, hortaliça, batatas e carne de porco. De Verão merendava a meio da tarde.
A única refeição em conjunto era a ceia. Os pratos típicos na região de Fátima eram as breças, as mexudas e o esparregado (prato à base de farinha de milho, couves miúdas ou nabiças, temperado com azeite, sal, dentes de alho e folhas de louro).
Embora se criasse galinhas, coelhos, cabritos e ovelhas, consumia-se praticamente só carne de porco, porque o dinheiro era pouco e a venda destes animais equilibrava o orçamento. As famílias mais pobres chegavam mesmo a vender ou a trocar por maior quantidade de toucinho a carne magra e o presunto.
No mercado semanal e nas feiras que se realizavam ao longo do mês comprava-se algum peixe, de preferência sardinha. O bacalhau também aparecia de vez em quando.
Nem crianças nem adultos bebiam o leite das ovelhas porque todo ele era pouco para queijo e alimento das crias. Não havia o hábito de comer fruta, dada habitualmente ao gado.
(...)
A TERRA DOS PASTORINHOS
CHEGADA DA LUZ
A electricidade chegou ao Santuário de Fátima a 12 de Maio de 1929. Era fornecida por um motor Junkers, instalado numa pequena central a norte da basílica.
HISTÓRICO
A 13 de Outubro de 1930 o bispo de Leiria declarou “dignas de crédito” as visões dos Pastorinhos e permitiu oficialmente o culto à Virgem de Fátima.
PEDRA E MÁRMORE
A Basílica do Santuário foi construída totalmente com pedra da região. Os altares são de mármore de Estremoz, tal como os dois púlpitos e o ladrilho.
AMERICANOS
A estátua do Imaculado Coração de Maria, presente no recinto do Santuário, foi financiada por católicos americanos. O modelo seguiu as indicações de Lúcia.
ALEMÃES
Outra obra oferecida por católicos estrangeiros, neste caso alemães, foi o monumento ao Papa Pio XII. Foi inaugurada a 13 de Outubro de 1961.
in Correio da Manhã, 2007.05.04
* Francisco Pedro, Leiria
(...)NÃO SE BEBIA LEITE E A FRUTA ERA DADA AOS ANIMAIS
CARNE MAGRA TROCADA POR TOUCINHO
Embora não se possa propriamente falar de fo-me, no período das Aparições a alimentação era pobre e pouco variada nos meios rurais como Aljustrel, onde nasceram Francisco, Jacinta e Lúcia.
Ao sair de casa, antes do romper do dia, o trabalhador pouco ou nada comia, contentando-se, por vezes, com dois ou três figos, seguidos de um tra-go de aguardente. Pelas 09h00 ‘almoçava’ no campo – broa com azeitonas, sardinha ou um pedaço de queijo. Pelo meio-dia a mulher ou alguma filha traziam-lhe o ‘jantar’ – prato único, normalmente à base de feijão, hortaliça, batatas e carne de porco. De Verão merendava a meio da tarde.
A única refeição em conjunto era a ceia. Os pratos típicos na região de Fátima eram as breças, as mexudas e o esparregado (prato à base de farinha de milho, couves miúdas ou nabiças, temperado com azeite, sal, dentes de alho e folhas de louro).
Embora se criasse galinhas, coelhos, cabritos e ovelhas, consumia-se praticamente só carne de porco, porque o dinheiro era pouco e a venda destes animais equilibrava o orçamento. As famílias mais pobres chegavam mesmo a vender ou a trocar por maior quantidade de toucinho a carne magra e o presunto.
No mercado semanal e nas feiras que se realizavam ao longo do mês comprava-se algum peixe, de preferência sardinha. O bacalhau também aparecia de vez em quando.
Nem crianças nem adultos bebiam o leite das ovelhas porque todo ele era pouco para queijo e alimento das crias. Não havia o hábito de comer fruta, dada habitualmente ao gado.
(...)
A TERRA DOS PASTORINHOS
CHEGADA DA LUZ
A electricidade chegou ao Santuário de Fátima a 12 de Maio de 1929. Era fornecida por um motor Junkers, instalado numa pequena central a norte da basílica.
HISTÓRICO
A 13 de Outubro de 1930 o bispo de Leiria declarou “dignas de crédito” as visões dos Pastorinhos e permitiu oficialmente o culto à Virgem de Fátima.
PEDRA E MÁRMORE
A Basílica do Santuário foi construída totalmente com pedra da região. Os altares são de mármore de Estremoz, tal como os dois púlpitos e o ladrilho.
AMERICANOS
A estátua do Imaculado Coração de Maria, presente no recinto do Santuário, foi financiada por católicos americanos. O modelo seguiu as indicações de Lúcia.
ALEMÃES
Outra obra oferecida por católicos estrangeiros, neste caso alemães, foi o monumento ao Papa Pio XII. Foi inaugurada a 13 de Outubro de 1961.
in Correio da Manhã, 2007.05.04
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