90 Anos das Aparições de Fátima (5)
Terra dividida por muros de pedra solta
No tempo das aparições, Fátima vivia da agricultura. Era a principal fonte de produção – a exemplo da maioria das regiões do País.
Terra dividida por muros de pedra solta
No tempo das aparições, Fátima vivia da agricultura. Era a principal fonte de produção – a exemplo da maioria das regiões do País.
Numa terra muito dividida, por muros de pedra solta, a cultura dominante era o milho, mas também se semeava aveia, cevada, trigo, feijão, grão de bico e batata.
Outra das actividades era a plantação de vinhedos e de árvores de fruto, como figueiras, macieiras, ameixoeiras, amendoeiras e pessegueiros; nas encostas predominavam os olivais, sendo o azeite abundante e de boa qualidade.
A tecnologia usada era rudimentar: campo cavado à enxada ou lavrado com arado de madeira, puxado por junta de bois.
Praticamente não havia rendeiros, mas antes pequenos proprietários que exploravam a terra com muito suor e parco alimento.
Poucos eram os assalariados já que toda a família – inclusive crianças, a partir dos 12 anos – labutavam lado a lado. Em ocasiões de maior aperto contava-se com a ajuda de vizinhos.
Os que trabalhavam por conta de outrem recebiam em dinheiro ou géneros, designando-se esta forma por ‘a merecer’.
O único fertilizante era o estrume. A água, sempre escassa, retirava-se dos poços por meio de um balde. No Verão, muitos secavam. Noutros, o nível era tão baixo que se tornava necessário descer ao fundo para colher o líquido.
Solos fracos, terrenos acidentados e pedregosos, falta de água e processos rudimentares de cultivo tornavam o trabalho do campo difícil e pouco compensador. Uma agricultura de subsistência, destinada quase exclusivamente a autoconsumo.
in Correio da Manhã 2007.05.10
Sem comentários:
Enviar um comentário