Brasil
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Mais além das visões impressionistas e deformadas da grande mídia, que se aproveita do recesso do noticiário nesta época do ano para supostamente fazer grandes balanços, é necessário tentar captar, para além das árvores, as grandes transformações do ano que termina e desta primeira década do novo século e milênio.
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Na década, certamente a reação norteamericana aos atentados de 2001, que orientaram a política do governo Bush, com suas guerras infinitas, que levaram, entre outras conseqüências, à invasão do Afeganistão e do Iraque, foi um dos elementos de maior peso. A militarização dos conflitos, buscando soluções bélicas aos conflitos foi a linha predominante da potência que mais influência tem no mundo contemporâneo.
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A confirmação da impressionante ascensão da economia chinesa, a força das potências intermediárias ascendentes, entre elas o Brasil e a Índia, ajudaram a mudar o cenário internacional.
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Neste ano, a crise do capitalismo internacional certamente foi o elemento dominante. Deflagrada no ano passado, estendeu seus efeitos por todo este ano. A maior novidade é que países do sul do mundo – a começar pela China, que nem sequer entrou em crise – saíram da crise, sem que os países do centro do capitalismo tivessem superado sua recessão. Já há uma dinâmica econômica multilateral do sul do mundo, que possibilita esse fenômeno novo na história.
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A multiplicação simultânea de governos progressistas na América Latina foi outro fenômeno típico desta década, em contraposição à predominância absoluta do neoliberalismo na década anterior. (Fenômenos que analiso no meu livro A nova toupeira – Os caminhos da esquerda latinoamericana, publicado este ano pela Boitempo.)
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Muitos outros fenômenos e fatos podem ser mencionados, tanto no ano que terminam, quanto nesta primeira década do século 21 – um século que se anuncia como de profunda crise hegemônica, de disputa hegemônica, com a decadência mas persistência da dominação norteamericana, mas com o surgimento de novas forças, que apontam para um mundo multipolar.
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A década e o ano confirmam que a história está aberta, seus horizontes futuros dependerão da luta econômica, social, política e cultural, protagonizada pelo velho mundo, esgotado e decadente, e o mundo novo, que apenas começa a esboçar sua fisionomia.
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Discutamos o que foi mais marcante em 2009 e na década que se termina. E suas projeções para a segunda década do século 21.
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A confirmação da impressionante ascensão da economia chinesa, a força das potências intermediárias ascendentes, entre elas o Brasil e a Índia, ajudaram a mudar o cenário internacional.
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Neste ano, a crise do capitalismo internacional certamente foi o elemento dominante. Deflagrada no ano passado, estendeu seus efeitos por todo este ano. A maior novidade é que países do sul do mundo – a começar pela China, que nem sequer entrou em crise – saíram da crise, sem que os países do centro do capitalismo tivessem superado sua recessão. Já há uma dinâmica econômica multilateral do sul do mundo, que possibilita esse fenômeno novo na história.
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A multiplicação simultânea de governos progressistas na América Latina foi outro fenômeno típico desta década, em contraposição à predominância absoluta do neoliberalismo na década anterior. (Fenômenos que analiso no meu livro A nova toupeira – Os caminhos da esquerda latinoamericana, publicado este ano pela Boitempo.)
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Muitos outros fenômenos e fatos podem ser mencionados, tanto no ano que terminam, quanto nesta primeira década do século 21 – um século que se anuncia como de profunda crise hegemônica, de disputa hegemônica, com a decadência mas persistência da dominação norteamericana, mas com o surgimento de novas forças, que apontam para um mundo multipolar.
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A década e o ano confirmam que a história está aberta, seus horizontes futuros dependerão da luta econômica, social, política e cultural, protagonizada pelo velho mundo, esgotado e decadente, e o mundo novo, que apenas começa a esboçar sua fisionomia.
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Discutamos o que foi mais marcante em 2009 e na década que se termina. E suas projeções para a segunda década do século 21.
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