A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

domingo, junho 24, 2007

Setúbal mar de prata



Setúbal mar de prata


Setúbal nasceu,
Com um mar de prata,
Setúbal cresceu,
Generosa e farta.


O rio com pescado,
O vale com giesta
Por todos bem amado,
Com um povo em festa.


REFRÃO

Venham ver a terra,
Com arco e balão
Do Sado á Serra
Baila o coração.


É tempo dos Santos
Belos, populares,
Com o sol dos mantos.
Voando nos ares.


Cantando os andores,
No azul do céu,
Amam os amores,
Em doce pitéu!


Venham ver Setúbal,
Airosa e ladina,
Dançando Asdrúbal
Com sua varina.


Venham, não se cansem,
No baile da terra,
A tristeza encerrem,
Com o mel na guelra.


REFRÃO


Cantem salmonetes
Saiam da janela
Pulem os pivetes
Na rua singela.


Com a boca um beijo,
No arco em foguete,
P'ra matar desejo
Sem qualquer ralhete.


REFRÃO


Lá vem Setúbal,
Cheira a rosmaninho
Não é Tentúgal
Mas belo cantinho.


Com bom moscatel
Doce São João,
Pedro no batel,
António na mão.


REFRÃO


Setúbal navega,
Na sua falua
Mui linda, boneca,
Com o pé na lua.


Contem esta trova,
Ao Santo confessa,
Não há Casanova
Sem falsa promessa.


Victor Nogueira - Concurso das Marchas Populares (não classificado)

NOTA - Em adolescente fui ao S. João no Porto, nas Fontainhas, zona que revisitei há uns anos e me pareceu de gente pobre. Não achei graça ao bulício e à «loucura» nem aos martelinhos ou allhos porro a baterem-ne na cabeça. Anos depois, em Lisboa, fui ao Santo António e eu era o único que desenquadrava no meio do grupo; aquilo era ruído e toalhas manchadas de nódoas, talheres ainda com restos de comida do utilizador anterior, enormes barricas onde se fingia que lavava a louça em água nunca mudada, e fumo e cheiro a sardinha assada que me fizeram perder o apetite de comer fosse o que fosse. Aqui em Setúbal também há Marchas Populares com Bairros à compita pelo 1º prémio.
Apercebemo da chegada dos Santos Populares porque as ruas da Baixa estão engalanadas, há quadras escritas em papelinhos colados às paredes e cheiro a manjerico. Cá para cima, apenas se engalana uma das ruas do Bairro Santos Nicolau, que foi de pescadores e conserveiras. Lá em baixo creio que há mesmo uma ruela com um azulejo comemorativo de ter sido premiada algures no tempo pela mais bela «engalanação»

VN

7 comentários:

Anónimo disse...

Boa noite amigo.
Acabei de surripiar ao seu blog um assunto interessante. Espero que não se aborreça. Pode verificar em http://arestasdevento.blogs.sapo.pt/

Faço o Arestas de Vento, aos domingos, na Pal FM, das 11 às 14h. Mande, se possível, uma pequena nota biográfica, pois… gostaria de entrevistar o amigo.

Parabéns pelo seu blog.

A luta continua
Abraço
Ricardo Cardoso

Victor Nogueira disse...

Caríssimo

Fico grato por ter encontrado e referido o meu blog. Quanto a ser entrevistado ou enviar-lhe uma biografia minha, ela seria muito sucinta: nasci em Luanda, moro e trabalho em Setúbal e morrerei um dia, não sei onde e seguramente que de mim não rezará a história.
Não leve a mal, mas não quero ser entrevistado. Quanto ao poema que retirou do meu blog, que elogiosamente referiu, agradeço-lhe. Sempre é uma forma de se ir tornando conhecido. Mas tenho duas pequenas observações a fazer, no sentido de serem corrigidas:
a) O poema está incompletamente transcrito no «arestas»
b) A hiperligação não remete para ele mas sim para uma gravura de Pisasso que ilustra uma ao tempo «célebre» Tourada.
Certo de que fará estas duas correcções, apresento-lhe os meus cumprimentos,
Victor Nogueira

Anónimo disse...

olá.gostei do teu blog e dos santos populares se bem k o santo antónio tá zangado comigo . he, he , he.tenho um blog com poemas feitos por mim e com ftos tmb se kiseres dá uma olhada. bj . carla granja.
http://paixoeseencantos.blogs.sapo.pt

Victor Nogueira disse...

De Victor Nogueira a 30 de Junho de 2007 às 19:20
Olá Carla
(http://paixoeseencantos.blogs.sapo.pt)

Dei pela tua passagem pelo meu blog, muito diferente do teu.
Este é um poema em que te desnudas. Eu sou mais comedido. Tinha um poema meu para retribuir, mas eles «vivem» tb dos espaços que se perdem na formatação dos blogs para quem não sabe programar em HTML.
Como não tens endereço aqui no teu blog, fica expresso o meu reconhecimento pela tua passagem pelo Kant_O e pelas tua simpática apreciação.
Bjo
VM

Anónimo disse...

Anónimo disse...
obrigada pelo tua visita ao meu blog. tu leste só akele poema , mas tenho outros onde passei por veneza milao roma toulouse esse é só um para os amigos k gostam. mas eu tmb naao sei escrever nada de jeito. mas obrigada gostei muito. vai passando e deixando tua marquinha, bjo carla granja

30 Junho, 2007

Victor Nogueira disse...

De Victor Nogueira a 30 de Junho de 2007 às 20:44
Viva

Li todos os teus poemas no teu novel blog, mas naturalmente deixei os comentários no post mais recente. Escreves bem, embora a qualidade da produção, naturalmente, como sucede comigo, não seja toda igual. Se quisres ver poemas meus procura no Kant_O o marcador VN Poesia.
Como não me deste o teu mail, não posso retribuir-te com o poema que pensava. Mas deixo-te este:

No silêncio
deste cinzel baço e crespo
É de pedra o meu sorriso!
Abro o pensamento
E dele escapou o azul cinzento do tempo
Nos meus dedos secaram as fontes
E as aves passam de longe
Em busca de outras marés,
Do cais partem navios
Lentos como este pensar

VN

Anónimo disse...

At 30 Junho, 2007, Anónimo said…

OBRIGADA PELO COMENTARIO E PELO POEMA TMB É MUITO LINDO. O MEU EMAIL É granja.carla@---.pt bjo e obrigada. carla granja.