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* Isabel Jordão,
Leiria
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O Campo Militar de S. Jorge, onde há 622 anos se travou uma das raras batalhas campais da Idade Média, assemelha-se hoje a outro ‘campo de batalha’, devido às obras em curso, que pretendem valorizar e dar a conhecer ao Mundo um dos acontecimentos mais decisivos da História de Portugal – a Batalha de Aljubarrota.
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ESPECTÁCULO MULTIMÉDIA RECRIA COMBATEO Centro Interpretativo da Batalha de Aljubarrota (CIBA) vai iniciar a sua actividade no primeiro semestre do próximo ano, disse ao CM Lúcia Brito, que irá assumir as funções de directora, adiantando que estão previstos ateliês e oficinas, não só para os estudantes, mas também para as famílias e para os idosos.O percurso da visita será feito em três espaços diferentes onde serão usados suportes expositivos distintos. No núcleo 1 estarão documentadas as campanhas arqueológicas que colocaram a descoberto o sistema defensivo adoptado por Nuno Álvares Pereira, correspondente a dois momentos da batalha campal.No núcleo 2, os visitantes assistem a um espectáculo multimédia, com recurso às mais avançadas tecnologias, em que se fará a recriação do combate, contextualizando a batalha e o movimento das tropas.“Será um espectáculo diferente daquilo a que estamos habituados e inédito a nível europeu”, explicou Lúcia Brito, adiantando que a base será um filme com centenas de figurantes – entre os quais militares do Exército e da GNR –, rodado ao longo de várias semanas em diversos locais do País, entre os quais o Campo de Tiro de Alcochete, Montejunto e os mosteiros da Batalha e de Alcobaça.O filme apresentará leituras diferentes sobre a Batalha de Aljubarrota, numa perspectiva pluridisciplinar, procurando dar uma visão global correcta, fornecer pistas e despertar o interesse e a curiosidade dos visitantes. Além disso, sublinhará o carácter estratégico, a coragem, a inteligência, a liderança e a força de vontade que conduziram à vitória dos portugueses.O núcleo 3 é dedicado a várias leituras e olhares sobre Aljubarrota através dos tempos e diferentes tratamentos a nível científico e literário. Inclui uma exposição com ossos de combatentes, encontrados no campo militar, bem como os resultados das análises e estudo científico que sobre eles incidiram. FEIRA MEDIEVAL LEMBRA HISTÓRIAÉ em Aljubarrota, Alcobaça, que a data é assinalada com pompa e circunstância. Durante quatro dias, os visitantes têm a oportunidade de viajar no tempo e de reencontrar Nuno Álvares Pereira e o seu acampamento militar, a padeira com o seu afamado pão e delícias da época – como doces, queijos, enchidos e compotas –, cartomantes, podendo provar o vinho numa taverna e assistir a artes circenses, rábulas teatrais e malabarismo. A feira medieval começou no domingo e hoje à noite haverá uma ceia no Salão Nobre dos Paços de Aljubarrota. Amanhã à tarde será recriado um casamento da Idade Média, na Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres. Entre os cavaleiros medievais está o grupo francês Les Compagnons de Camelot, oriundo de Aubergenville, uma cidade geminada com Alcobaça. O certame decorre no centro de Aljubarrota e a entrada é livre. SISTEMA TÁCTICO GARANTIU VITÓRIAFoi uma das mais emblemáticas e importantes batalhas medievais, sendo ainda hoje uma das únicas na Europa onde é possível reconstituir o posicionamento das tropas. De um lado, estava o exército castelhano, constituído por 40 mil elementos, comandados por D. João I de Castela, pretendente ao trono de Portugal. Do outro, oito mil homens de armas, entre os quais um pequeno grupo de cavaleiros e de peões que colocou em prática um sistema táctico idealizado por Nuno Álvares Pereira, conduzindo os portugueses à vitória e levando D. João I – Mestre de Avis – a ser aclamado rei de Portugal. Segundo vários historiadores, Aljubarrota configura um dos marcos mais representativos da evolução dos sistemas e dispositivos tácticos utilizados na guerra praticada no Ocidente europeu nos finais da Idade Média. À escala medieval, é também considerada um acontecimento da maior importância política, diplomática e militar: decidiu a disputa política que dividia a Península Ibérica e o reino de Portugal; influenciou o quadro diplomático europeu; abriu as portas a um destino atlântico e comercial; correspondeu ao início de uma fase de maturidade de um novo sistema militar.
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O Campo Militar de S. Jorge, onde há 622 anos foi travada a Batalha de Aljubarrota, está em obras. As comemorações oficiais decorrem hoje no Mosteiro da Batalha. Em Alcobaça, a data também está a ser assinalada. Para o ano já estará em funcionamento o Centro Inter-pretativo, que dará a conhecer um dos mais importantes combates da Idade Média. Entretanto, os moradores reclamam pela demora das obras e receiam que o projecto ‘mate’ a aldeia, onde agora não se pode construir.
O Campo Militar de S. Jorge, onde há 622 anos foi travada a Batalha de Aljubarrota, está em obras. As comemorações oficiais decorrem hoje no Mosteiro da Batalha. Em Alcobaça, a data também está a ser assinalada. Para o ano já estará em funcionamento o Centro Inter-pretativo, que dará a conhecer um dos mais importantes combates da Idade Média. Entretanto, os moradores reclamam pela demora das obras e receiam que o projecto ‘mate’ a aldeia, onde agora não se pode construir.
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in Correio da Manhã 2007.08.14
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» Comentários no CM on line
Terça-feira, 14 Agosto
Terça-feira, 14 Agosto
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- Zagallo - Brasil Comemorar? Devia ser era para esquecer. O nosso nível de vida é uma miséria comparado ao dos espanhóis!
- Leandro Gomes Valeu de muito a independência, ao pagarem a peso de ouro mercenários ingleses para a batalha, para agora os portugueses viverem na miséria e terem de sustentar a turma dos tachos que não faz nada e parasita a maioria.
- Velvet Na verdade o local precisava de obras. Da última vez que lá estive, com alunos meus do ensino superior, vimos que o terreno parecia uma picada de capim de Angola e não terreno sagrado. A somar a isso vejo a capela gótica adornada com quatro candeeiros globulares tipo IKEA. Com campos de batalha onde morreram Portuguesee não se brinca.
- Leandro Gomes Valeu de muito a independência, ao pagarem a peso de ouro mercenários ingleses para a batalha, para agora os portugueses viverem na miséria e terem de sustentar a turma dos tachos que não faz nada e parasita a maioria.
- Velvet Na verdade o local precisava de obras. Da última vez que lá estive, com alunos meus do ensino superior, vimos que o terreno parecia uma picada de capim de Angola e não terreno sagrado. A somar a isso vejo a capela gótica adornada com quatro candeeiros globulares tipo IKEA. Com campos de batalha onde morreram Portuguesee não se brinca.
1 comentário:
ZAGALLO DO BRASIL...se não existisse Portugal pode ter a certeza que o Brasil também não existiria tal como é hoje..tenha vergonha e deixe-se de comentários imbecis que só denotam o nível baixo arrogante e mesquinho de certo tipo de brasileiros que só gostam e dizer mal do que é português...nem sabem bem do quê...já a gora para que quiseram a independênia? o "Grito do Ipiranga"? para terem essa bela miséria ainda mais miserável que a nossa?..hoo amigo o dinheiro e a riqueza não são tudo na vida...a cultura a língua e o sentir de um povo valem mais que dinheiro.É com esse tipo de comentário que me fazem orgulhar ainda mais de ser português! Demos novos mundos ao mundo e a vossa pátria veio do nosso ventre tenham orgulho nas vossas origens brasileiros sois pátria de "Um imenso Portugal"..assim cantou Caetano Veloso....sois o futuro de nós língua e cultura, tenham orgulho caramba!
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