Em reacção às críticas da Câmara do Porto à recolha na cidade
.* Sérgio Cardoso
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A recolha do lixo volta a estar no cerne de uma polémica entre a Câmara Municipal do Porto (CMP) e os trabalhadores. Ontem, em comunicado, a Câmara criticou o “desleixo” na recolha do lixo na cidade, principalmente na Baixa e no centro histórico, onde, segundo o mesmo documento, “a situação é particularmente lastimável”.
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Face a esta constatação, a autarquia pondera avançar para a concessão a privados da totalidade da recolha em toda a cidade e não apenas em 50 por cento, como está previsto no concurso recentemente aberto pelo executivo portuense.
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A reacção do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) não se fez esperar. Segundo João Avelino, coordenador do STAL, este é mais um passo para a “degradação da imagem do serviço público, tendo em vista a promoção daquilo que é, sem dúvida, o negócio do lixo e onde estão envolvidos interesses no interior de partidos políticos”. João Avelino fala ainda de “sabotagem”, dando como exemplo o desaparecimento das vassouras mecânicas durante duas semanas, sob a justificação camarária de estarem em inspecção obrigatória, o que, segundo o coordenador do STAL, “viria a confirmar-se como falso, porque esses veículos não são obrigados a esse tipo de vistoria. Mesmo que fossem, não faria sentido irem todos ao mesmo tempo”.
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in Correio da Manhã 2007.08.24
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Foto Baía Reis (João Avelino acusa autarquia de 'sabotagem' aos trabalhadores )
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