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* Armando Esteves Pereira,
Director-Adjunto
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Em Portugal é preciso ser-se quase um génio no ensino Secundário para se entrar numa faculdade de medicina ou então ter dinheiro para ir para Espanha ou para a República Checa tirar o curso.
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Simultaneamente há uma falta de médicos e há centenas de profissionais de Espanha, Cuba, ou de países africanos e de muitas outras paragens, que são acolhidos em Portugal. A estimativa do Ministério da Saúde é de agravamento da situação em 2012/20013, quando um grande número de clínicos passar à reforma. E agora a nova rede de Urgências do Governo vai importar cem médicos do Uruguai.
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Era fácil prever há 20 anos que Portugal iria enfrentar problemas com a falta de médicos, mas em vez de alargar as entradas nas universidades os sucessivos governos fizeram a vontade à Ordem e defenderam os interesses corporativos, evitando a multiplicação da concorrência aos clínicos instalados. Em consequência, milhares de jovens e aplicados alunos com boas notas ficaram sem hipóteses de concretizar o seu sonho profissional.
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in Correio da Manhã 2007.08.06
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