A Internacional

__ dementesim . . Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. . _____ . Quem luta pelo comunismo Deve saber lutar e não lutar, Dizer a verdade e não dizer a verdade, Prestar serviços e recusar serviços, Ter fé e não ter fé, Expor-se ao perigo e evitá-lo, Ser reconhecido e não ser reconhecido. Quem luta pelo comunismo . . Só tem uma verdade: A de lutar pelo comunismo. . . Bertold Brecht

sexta-feira, julho 31, 2009

Alta no índice de desemprego preocupa Obama




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O presidente estadunidense Barack Obama se mostrou preocupado nesta quinta-feira (2) pela perda de 467 mil postos de trabalho em junho, o que elevou a taxa de desemprego no país para 9,5%.


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Em breves declarações sobre um novo projeto de energia renovável, o chefe da Casa Branca admitiu que se trata de um número "para refletir", pois é uma alta vertiginosa em apenas um mês e a maior em 26 anos.

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Obama qualificou a situação de "pouco consoladora" para as pessoas sem trabalho e os mais afetados pelo que considerou "uma tormenta econômica" em seu país.

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Obama apontou que "é necessário demonstrar tudo o que a nação pode fazer para conseguir crescimento saudável e próspero, em particular os esforços por uma economia limpa, sem contaminação e que economizaria ao país milhões de dólares.

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Obama argumentou que, em meio à atual crise econômica, "é imprescindível criar mais empregos no campo energético, por ser o futuro que necessita a nação".

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O número de empregos perdidos superou os 363 mil esperados pelos analistas, mostrando as dificuldades que a economia americana enfrenta para sair da crise e da recessão.

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Com os dados de junho, já são 14,7 milhões os americanos desempregados, em resultado do problema econômico herdado da administração George W. Bush, assegurou a secretária do Trabalho, Hilda Solís.

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O relatório divulgado pela secretaria, indica que o índice de desemprego baixou levemente para os latinos, agora em 12,2%, mas bem acima da média nacional, enquanto que os negros seguem em um nível ainda mais elevado, de 14,7%.

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Os jovens americanos em idade de trabalho ostentam a taxa de desemprego mais elevada, ao bater em 22,7%.

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Desde o início da recessão, em dezembro de 2007, a maior economia do mundo perdeu 6,5 milhões de postos de trabalho e a taxa de desemprego aumentou 4,6 pontos percentuais, segundo o Departamento de Trabalho.

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Washington e os analistas do setor privado esperam que o índice de desemprego aumente no resto do ano, à medida que se dilua o impacto do estímulo econômico de US$ 787 bilhões administrado desde fevereiro deste ano pela administração Obama.

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Agência Prensa Latina
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in Vermelho - 2 DE JULHO DE 2009 - 18h30
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People Weekly's World: salário mínimo é insuficiente



Celeste Henderson é uma mãe que hoje em dia está no noticiário, mas apenas como estatística. Ela é um dos milhões de trabalhadores de baixa renda que são afetados pelo aumento do salário mínimo na próxima sexta-feira. O salário mínimo nacional será aumentado de US$ 6,55 para US$ 7,25 a hora.

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Por John Wojcik, para o People's Weekly World


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Essa mãe solteira de 26 anos trabalha como garçonete, enquanto cria seu filho de três anos em uma casa onde também vivem sua mãe, pai e irmãos.

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Ela disse que chorou muito durante mais de um ano depois do nascimento de seu filho, em parte porque o pai da criança "não queria ver seu filho" e em parte porque "tenho de passar dias e noites no restaurante".


"Mas já deixei de chorar por causa disso", disse ao jornal do PC dos Estados Unidos, People Weekly's World, e "o aumento de salário já me fez sorrir de novo".

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O restaurante no qual trabalha Celeste está situado no centro da cidade de Topeka.

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"Sou garçonete e como não é um restaurante grande, não temos ajudantes que limpem e eu termino por fazer tudo sozinha", disse. "O pagamento não é muito bom, embora seja um pouco maior nos fins de semana, quando há pratos especiais, servidos em rodízio".

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Celeste explicou que o dono do local é cuidadoso e que ela ganha, além do salário, as gorgetas. Ela disse que o patrão paga os US$ 6,55 por hora garantidos pelo governo federal.

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Disse que se sentia "emocionada" pelo aumento, "por que sei que eu não vou chegar em casa com menos que US$ 7,25 a hora, para cada hora a mais que fizer também".

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Celeste diz que dá graças aos bons vizinhos de Meriden. Randy, seu filho, "conseguiu toda sua roupa e quase todos os seus brinquedos dados pelos vizinhos, cujos meninos que já cresceram bastante".

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"Tudo isso dá voltas na minha cabeça. Setenta centavos a mais por hora. Quem sabe agora conseguirei comprar alguma coisa. Me sinto muito envergonhada de não poder comprar até coisas pequenas para meu bebê".

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"Em alguns anos ele estará pronto para is à escola. Tomara que com este aumento eu consiga economizar um pouco para comprar o que ele precisar".

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"Eu gostaria de comprar um brinquedo novo para ele, que fosse especial, uma coisa que não tivesse sido usada. Já imaginou como ele ficará feliz?", pensa ela. Os economistas dizem que o poder de comprar um tal brinquedo "especial" por milhões de mães como Celeste Henderson poderia estimular um bocado a economia.

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Kai Filion, economista para o Instituto de Política Econômica, organização apoiada pelos sindicatos, diz que os aumentos no salário mínimo são "uma maneira política muito efetiva e simples que cumpre com ambos, ajudar as famílias que estão lutando para viver e a meta de criar empregos".

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"Aumentando a renda líquida que as pessoas obtém em seus empregos, os trabalhadores conseguem segurança econômica e a capacidade de poder comprar bens e serviços e, assim, criar empregos para outros americanos", assinalou Filion.

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O movimento sindical e os economistas progressistas apontam que, entretanto, até com um salário mínimo mais alto, os trabalhadores americanos ainda seguem perdendo.

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"Embora tenham um aumento no salário mínimo para US 7,25 a partir de amanhã para os 4,5 milhões de trabalhadores estadunidenses que ganham o mínimo", esse salário compra menos do que comprava há 30 anos, de acordo com Heidi Shierholz, outra economista do Instituto de Política Econômica.


O problema da baixa no salário real, isto é, o que alguém pode comprar com o que recebe, para a maioria da classe trabalhadora é um problema que os ricos não tem.


"A parcela do um por cento de cima da pirâmide está vivendo muito bem", de acordo com um relatório publicado pelo Instituto nesta semana. Os ricos "mais que duplicaram sua renda entre 1979 e 2006. A renda do um por cento dos mais ricos cresceu cerca de 23%, isto é, cresceu em média US$ 1,3 milhões por cada lar".


A AFL-CIO reportou que os chefes das corporações receberam quase US$ 2, 1 bilhões dos US$ 6,4 que todo mundo recebeu em salários pagos no país durante o ano de 2007. Isso não inclui o valor de ações e outros benefícios que essas pessoas tem.

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"A classe trabalhadora dos Estados Unidos mostrou em novembro do ano passado que, resolutamente, quer uma mudança", disse a federação sindical em um comunicado, "temos de refazer o marco da nação para fortalecer a classe média e acabar com a desigualdade de renda entre os de cima e o resto de nós é algo fundamental para fazer essas mudanças".

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Atualmente muitos estados estão tratando de aumentar o salário mínimo. Como exemplo, o Partido Democrata de Michigan declarou esta semana que estão considerando uma iniciativa para aumentar o salário mínimo por meio de um referendo, onde os eleitores decidirão se aumentarão o salário mínimo no Estado de US$ 7,40 para US$ 10 a hora.

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People's Weekly World
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in Vermelho - 30 DE JULHO DE 2009 - 17h35
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quinta-feira, julho 30, 2009

Lucros do Deutsche Bank crescem 68%

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os lucros do deutsche bank cresceram quase 400 milhõesO maior banco alemão, o Deutsche Bank aumentou os seus lucros do segundo trimestre deste ano em 68 por cento. Segundo revelou o banco esta terça-feira, a subida dos resultados foi impulsionada pela banca de investimentos, apesar do aumento das provisões para o crédito malparado. Em Abril, Maio e Junho deste ano, o banco alemão registou lucros de 1,09 mil milhões de euros, uma grande subida em relação aos 649 milhões de euros um ano antes. Estes resultados superaram a previsão dos analistas.
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Segundo o presidente executivo do Deutsche Bank, Josef Ackermann, os resultados trimestrais são «satisfatórios».

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Entretanto, o Deutsche Bank está a ser investigado por um possível crime de espionagem.

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Segundo revelou na semana passada o diário «Financial Times», o banco contratou detectives para seguir membros do seu próprio conselho de supervisão.

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A agência de protecção de dados do Estado de Hesse, onde está situado o banco alemão, pediu às autoridades que determine porque é que estão a ser levadas a cabo pesquisas de foro criminal dois meses depois do próprio banco ter contratado externos para fazerem esse serviço.

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A má reputação do banco na sequência da divulgação deste caso não tem contudo impedido os lucros de crescerem.

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in Esquerda.net - 28-Jul-2009

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Portugal - Bancos lucram 4 milhões por dia em tempo de crise

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O presidente da Associação de Bancos, João Salgueiro, conversa com Ricardo Espírito Santo, presidente do BES. Foto Paulo Carriço/Lusa
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A crise parece não ter chegado aos bolsos dos banqueiros. Os quatro maiores bancos privados portugueses apresentaram no final do primeiro semestre deste ano 760,7 milhões de euros de lucros, uma subida de 17,4 por cento em relação a 2008. Na prática, corresponde a 4 milhões de euros de lucros por dia. Por outro lado, os impostos pagos pelos bancos desceram 16,7%, menos 32,4 milhões de euros.
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Apesar da crise, os quatro grandes bancos privados protugueses, BES, BCP, BPI e Santander Totta, apresentaram no final da primeira metade de 2009 lucros de 760,7 milhões de euros, uma subida homóloga de 17,4 por cento.

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O Santander Totta foi quem apresentou os maiores lucros com 278 milhões de euros, mais 1,7 por cento do que nos primeiros seis meses de 2008. O Banco Espírito Santo (BES) teve um resultado líquido de 246,2 milhões de euros, menos 6,8 por cento do que há um ano. Em terceiro lugar surge o Millennium BCP, que passou de lucros de 101,4 milhões de euros na primeira metade de 2008 para 147,5 milhões de euros, uma variação positiva de 45 por cento, enquanto que o BPI obtvee lucros de 89 milhões de euros, dez vezes mais do que no mesmo período do ano passado.
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Ao mesmo tempo, desceu o montante dos impostos pagos pela banca: menos 16,7%, o que corresponde a uma diminuição de 32,4 milhões de euros.
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A subida dos lucros é também explicada com ganhos extraordinários relacionados com certas operações financeiras, e com imparidades e sub-valorização das contas de 2008. Retirando estes factores, os lucros dos quatro maiores bancos desceram 5,6%. Ainda assim, corresponde a mais de três milhões de euros por dia de lucro efectivo.
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No entanto, há também a sublinhar que não fosse o crédito malparado e os bancos teriam lucrado mais 51%. As provisões para fazer face ao aumento do crédito malparado realizadas pelos grandes bancos privados aumentaram 64% nos primeiros seis meses deste ano, ou seja, mais 257,25 milhões de euros. Sem essa condicionante, os lucros dos quatro maiores bancos teriam chegado aos mil milhões de euros, mais de 5 milhões de euros por dia.

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In Esquerda.Net - 30-Jul-2009

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Luanda: Autoridades destruíram bairros de lata deixando milhares sem casa

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O governo de Eduardo dos Santos prometeu construir casas para os pobres
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Str/Reuters
O governo de Eduardo dos Santos prometeu construir casas para os pobres


Centenas protestam

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* Sabrina Hassanali Com agências
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Centenas de pessoas expulsas de bairros de lata dos arredores de Luanda marcharam até ao Centro de cidade para protestar contra o despejo e exigir compensações. "Devolvam-nos as nossas casas", gritavam repetidamente os manifestantes à medida que avançavam para junto da Assembleia Nacional, tendo sido dispersados à bastonada por forças de segurança, algumas com cães.

Este foi o maior protesto de todos os que houve desde a semana passada, quando se iniciaram os despejos. Até a passada segunda-feira, as forças de segurança já tinham desalojado milhares de residentes de bairros de lata ilegalmente construídos e destruído as casas.

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Ontem, o desespero dos recém--desalojados era evidente. Rosa Agostinho, de 24 anos, sentou-se sobre escombros da sua casa, com o filho de um ano ao lado, a chorar. "Fiquei sem nada", soluçava. Ali perto, outros residentes tentavam salvar alguns dos seus bens por entre as ruínas.

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A organização não-governamental angolana SOS Habitat assegurou que mais de 15 000 pessoas ficaram sem casa. "É uma das maiores operações de despejo dos últimos anos. É uma clara violação dos direitos humanos", comentou Luís Araújo, daquela organização.

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O governo justifica que essas terras são necessárias para projectos de desenvolvimento de interesse público. Estes despejos integram-se num plano para melhorar as condições de vida em Luanda, o qual prevê a construção de casas para os pobres num outro lugar.

APONTAMENTOS

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UM MILHÃO

O presidente Eduardo dos Santos prometeu construir um milhão de casas em quatro anos para os mais pobres. Um projecto orçado em 50 mil milhões de dólares.

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BAIRROS DE LATA

Mais de cinco milhões de pessoas – isto é, um terço da população angolana – vivem em bairros de lata sem água potável ou electricidade nos arredores da capital angolana.

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ORÇAMENTO

O Parlamento angolano aprovou ontem o orçamento revisto para 2009 – 2,6 biliões de kwanzas (23,3 mil milhões de euros). Luanda prepara-se para negociar com o FMI.

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in Correio da Manhã -
29 Julho 2009 - 00h30
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Religião: Regulamentação da Concordata sobre a assistência nos hospitais e prisões


Igreja e Estado de acordo

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A Igreja Católica e o Estado chegaram a acordo sobre a assistência religiosa nos hospitais, prisões, forças armadas e de segurança. A regulamentação será aplicada a todas as confissões religiosas. A assistência religiosa passa a ser considerada uma prestação de serviços: os capelães serão pagos segundo a tabela em vigor e tendo em conta o número de pessoas a que prestam assistência.
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continua em
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Portugal - Liberdade de Culto e Assistência Religiosa



in Correio da Manhã - 29 Julho 2009 - 00h30

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Os 10 mais ricos de Portugal

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Belmiro de Azevedo
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direitos reservados Américo AmorimAmérico Amorim
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Riqueza: Crise Financeira tem impacto nos mais ricos do país

Amorim e Belmiro perdem milhões

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*Raquel Oliveira
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As fortunas dos portugueses mais ricos encolheram pelo segundo ano consecutivo. O valor global atinge os 2,7 mil milhões de euros mas, individualmente, os milionários portugueses continuam muito ricos, com Américo Amorim a manter o primeiro lugar da tabela dos ‘dez mais’, de acordo com a revista ‘Exame’.


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O agravamento da crise financeira continua a ter impactos nas fortunas dos bilionários nacionais, avaliadas em 17,7 mil milhões, a maior parte delas intimamente ligada a empresas e aos mercados de acções .

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A análise da revista ‘Exame’ conclui que as grandes fortunas voltaram a perder valor este ano (cerca de 8,5 por cento), depois de terem estado sempre a crescer entre 2004 e 2007.

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Américo Amorim, conhecido empresário do sector da cortiça e com uma posição relevante na Galp Energia, manteve o primeiro lugar que tinha alcançado em 2008, apesar de registar perdas de mais de mil milhões de euros.

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Mais atingido pela crise tem sido Belmiro de Azevedo, de 71 anos, que entre 2004 e 2007 deteve o título do homem mais rico de Portugal e que em dois anos perdeu mais de metade da fortuna. Em euros, a desvalorização do seu património atingiu, nos dois últimos anos, os 1,5 mil milhões.

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Aliás, as perdas de Belmiro de Azevedo levaram à sua saída da famosa lista dos mais ricos do Mundo, elaborada pela revista ‘Forbes’, em que Américo Amorim ocupa agora a 183ª posição.

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MAIS RICOS

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AMÉRICO AMORIM: 2.005,7 MILHÕES DE EUROS

Dono da maior corticeira do Mundo, o empresário detém posições importantes em empresas como a Galp e o Banco Popular, depois de ter vendido sectores aos espanhóis.

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BELMIRO DE AZEVEDO: 1.437,8 MILHÕES DE EUROS

Conhecido como o ‘patrão da Sonae’, é um dos empresários mais conhecidos do País. Nos dois últimos anos a fortuna desvalorizou perto de 1,5 mil milhões.

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OS OUTROS AFORTUNADOS NA LISTA DOS DEZ MAIS RICOS

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VASCO MARIA GUIMARÃES JOSÉ DE MELLO: 1.245,5 MILHÕES DE EUROS

O presidente da Brisa é o principal rosto da família Guimarães de Mello. A extensa família de José Maria Guimarães de Mello detém a terceira maior fortuna do País.

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MARIA DO CARMO MONIZ GALVÃO ESPÍRITO SANTO: 731,8 MILHÕES DE EUROS

É a mulher mais rica do País. A sua fortuna foi avaliada tendo em conta a sua participação nos grupos Espírito Santo e Santogal, grupo de comércio automóvel.

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LUÍS SILVA: 695,6 MILHÕES DE EUROS

Ex-tenente-coronel da Força Aérea, criou um império a partir de uma pequena empresa de distribuição de filmes do sogro (a Lusomundo), que vendeu à PT. Hoje, é dono da Cinvest.

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ALEXANDRE SOARES SANTOS: 665,11 MILHÕES DE EUROS

Entrou no Grupo Jerónimo Martins em 1968 como administrador-delegado, tendo posteriormente ocupado o lugar de presidente do conselho de administração.

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JOÃO PEREIRA COUTINHO: 645,8 MILHÕES DE EUROS

Envolvido em várias áreas de negócio, desde o ramo automóvel às telecomunicações, o empresário é dono da SAG. No Brasil emprega cerca de mil pessoas e factura 175 milhões de euros.

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SALVADOR CAETANO: 637,4 MILHÕES DE EUROS

Aos vinte anos, criou a fábrica de Carroçarias Caetano & Irmão Lda, que foi o embrião do Grupo Salvador Caetano, que em 1968 se tornou o único representante da Toyota no País.

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JOE BERARDO: 618,2 MILHÕES DE EUROS

Empresário madeirense já foi condecorado por dois presidente da República (Ramalho Eanes e Jorge Sampaio) e é um dos maiores accionistas do BCP, entre outras participações.

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MANUEL SOARES VIOLAS: 610,48 MILHÕES DE EUROS

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Líder do grupo Solverde, que entre outros detém o Hotel Solverde, o Casino de Espinho e o Casino de Vilamoura, é também presidente do conselho de administração do grupo Unicer.

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PORMENORES

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MÉDIA DE IDADES

A média de idade dos milionários portugueses é 65 anos, de acordo com a revista ‘Exame’, que analisou as datas de nascimento dos 25 mais ricos.

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MAIS NOVO

O milionário mais novo, João Nuno Macedo Silva (que lidera do grupo RAR), tem 44 anos e a avaliação do património ronda os 494,46 milhões de euros.

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MULHER MAIS RICA

Maria do Carmo Espírito Santo Silva mantém-se como a mulher mais rica de Portugal, com uma fortuna avaliada em 731,8 milhões de euros.

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BILL GATES É O HOMEM MAIS RICO DO PLANETA

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Bill Gates recuperou este ano o título do homem mais rico do Mundo, destronando Warren Buffett, garante a revista ‘Forbes’, responsável por fazer anualmente as contas às ao dinheiro dos mais afortunados do Planeta. Mas a crise internacional também se fez sentir a este nível de riqueza: a ‘Forbes’ reduziu a sua exclusiva lista de 1125 para ‘apenas’ 793 multimilionários.

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O fundador da Microsoft, de 53 anos, tem uma afortuna avaliada em 28,4 mil milhões de euros e, ainda assim, registou perdas de 13 mil milhões de euros. Mas Warren Buffett perdeu mais. O último lugar deste pódio conta com um mexicano, Carlos Slim, investidor de telecomunicações e que chegou a comprar uma participação na PT no meio da OPA da Sonaecom.

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in Correio da Manhã -30 Julho 2009 - 00h30
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» COMENTÁRIOS no CM on line
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30 Julho 2009 - 10h19 | Ricardo A
Isto parte-me o coração, deviamos fazer uma vaquinha para ajudar os desgraçados. Eu posso entrar com 5€. Almada.
30 Julho 2009 - 08h31 | Victor C
Há uns tempos para cá que não durmo por causa disto!
30 Julho 2009 - 08h15 | S.A.
Vamos lá tugas, o voto também conta...
30 Julho 2009 - 02h15 | fernando monteiro
coitadinhos têm que ir pedir esmola
30 Julho 2009 - 02h13 | Pinho
Coitadinhos.Há pessoas q migam,com 200€.Noticias sobre os pobres e ñ milionários,q despem pessoas e vivem à grande...
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Umberto Eco: Berlusconi, o inimigo das liberdades



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O chefe do governo quer amordaçar a informação. E na nossa sociedade doente parece que a maioria dos italianos também está disposta a aceitar esta infração. Porém, o intelectual famoso diz: “Não estou de acordo”.

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Por Umberto Eco*


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Não sei se será o pessimismo devido à idade avançada, se a lucidez que a idade traz consigo, mas tenho as minhas dúvidas, não isentas de ceticismo, quanto a intervir a instâncias das redações em defesa da liberdade de imprensa. O que pretendo dizer é que, quando alguém tem de intervir em defesa da liberdade de imprensa é porque a sociedade, e com ela uma grande parte da imprensa, já está doente. Nas democracias a que podemos chamar “fortes” não é preciso defender a liberdade de imprensa, porque não lembra a ninguém limitá-la.
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Essa é a primeira razão para o meu ceticismo, de onde deriva todo um corolário. O problema italiano não é Sílvio Berlusconi. A história, diria eu desde Catilina para a frente, está contaminada por aventureiros não isentos de carisma, com muito pouco sentido de Estado, mas com um sentido agudo dos seus próprios interesses, que desejaram instaurar um poder pessoal passando por cima dos parlamentos, magistraturas e constituições, distribuindo favores pelos seus cortesãos e (às vezes) cortesãs e identificando o seu próprio prazer com o interesse da comunidade. O que acontece é que tais homens nem sempre conquistaram o poder a que aspiravam, porque a sociedade não o permitiu. Quando a sociedade o permitiu, porquê levar a mal esses homens e não a sociedade que lhes deixou fazer o que queriam?


Lembro-me sempre de uma história contada pela minha mãe, que com vinte anos tinha conseguido um bom emprego como secretária e datilógrafa de um deputado liberal. Deputado liberal, foi o que eu disse. No dia seguinte à subida ao poder de Mussolini, o deputado em questão disse assim: “Mas, no fundo, com a situação em que se encontra a Itália, pelo menos esse homem sabe como pôr as coisas em ordem”. Pois bem, se se instaurou o fascismo não foi devido à personalidade enérgica de Mussolini (oportunidade e pretexto), mas sim à indulgência e consentimento daquele deputado liberal (representante exemplar de um país em crise).
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Por conseguinte, é inútil virarmo-nos contra Berlusconi que, digamos assim, faz o seu papel. Quem aceitou o conflito de interesses, quem aceita as rondas, quem aceita a lei Alfano [lei que garantiria a imunidade aos quatro mais altos cargos do Estado – N.T.] e quem agora aceitaria sem grandes pruridos a mordaça que puseram à imprensa (por enquanto de forma experimental), se não fosse o presidente da República levantar reservas, é a maioria dos italianos. Se uma cuidadosa censura da Igreja não estivesse neste momento a turvar a consciência pública, esta mesma nação aceitaria sem vacilar e incluso com uma certa cumplicidade maliciosa que Berlusconi recebesse acompanhantes, mas isso depressa estará ultrapassado, porque os italianos e os bons cristâos em geral desde sempre foram às putas, por muito que o padre diga que não está bem.

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Porque dedicar então a estes alarmes um número do L’Espresso, se sabemos que o jornal vai chegar às mãos de quem já está convencido destes riscos da democracia e, em contrapartida, não será lido por quem está disposto a aceitá-los desde que não lhe faltem com a ração de Big Brother e que de muitos casos político-sexuais no fundo bem pouco sabe porque uma informação em grande parte submetida a controle nem sequer se lhes refere?
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Porque fazê-lo? O porquê é muito simples. Em 1931, o fascismo impôs aos professores universitários, que então eram 1.200, um juramento de fidelidade ao regime. Apenas se recusaram 12 (1%), que perderam o lugar. Há quem diga 14, mas isso mais não faz que confirmar até que ponto o fato passou então despercebido, deixando uma memória um tanto vaga. Muitos outros que logo seriam personagens eminentes do antifascismo do pós-guerra, inclusive aconselhados por Palmiro Togliatti ou Benedetto Croce, fizeram o juramento para poderem continuar a difundir o seu ensino. Pode ser que os 1.188 que ficaram tivessem razão, por diferentes motivos, todos eles respeitáveis. Mas os 12 que disseram não salvaram a honra da Universidade e, em definitivo, a honra do país.

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É essa a razão para às vezes se ter que dizer não, ainda que se seja pessimista e se saiba que não vai servir para nada.

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Pelo menos que a gente possa um dia dizer que o disse.
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* Umberto Eco, escritor, é diretor da Escola Superior de Ciências Humanas na Universidade de Bolonha. Texto publicado no jornal italiano L'Espresso. Tradução: Jorge Vasconcelos para ODiario.info.

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O Diário.info
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in Vermelho - 29 DE JULHO DE 2009 - 13h52
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Bento XVI e a Encíclica «A Caridade na Verdade» (Caritas in Veritate).


Ali-babá e os 40 ladrões...

Os últimos dias vieram trazer, àqueles que como todos nós se interessam pelo papel determinante desempenhado pelo Vaticano nas áreas da política, da economia e da organização social do mundo moderno, tomadas de posição muito curiosas. Vale a pena recordarmos algum noticiário recente.
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Conforme estava previsto (e um tanto à pressa...) reuniu-se o G8, mais conhecido como o Clube dos ricos, constituído pelos países mais industrializados do mundo. O encontro durou três dias, realizou-se em Itália e tinha uma agenda de trabalhos verdadeiramente muito complexa: crise económica mundial, proteccionismos, equilíbrio cambial, alterações climáticas e ajuda a África. Ao fim e ao cabo, ninguém se entendeu e o comunicado final é banal e evasivo. O capitalismo criou um monstro que ameaça agora devorá-lo. E os capitalistas não sabem o que fazer. Pesando os riscos que tudo isto encerra, é uma leitura a ter em atenção.
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Ainda que oficialmente o facto não estivesse previsto, a grande vedeta deste encontro de grandes senhores acabou por ser o Vaticano. Com a Santa Sé ali a dois passos, multiplicaram-se as entrevistas e as conversações dos altos responsáveis financeiros e políticos com o Papa. Tudo como se fosse a versão actualizada de «Ali-babá e os 40 ladrões». A caverna dos tesouros foi visitada pelos ladrões.
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Vendo bem, se o vedetismo concedido a Bento XVI não estava previsto, a encenação fulminantemente montada aponta em sentido contrário. Desde o primeiro dia do encontro do G8, desde que o Papa, dramatizando, apelou aos crentes para que concentrassem as mentes e orassem, a fim de que os políticos capitalistas tomassem decisões favoráveis a Deus e à Igreja!..
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Depois, Bento XVI recebeu os responsáveis máximos do neocapitalismo – nomeadamente Obama – no Vaticano. Por último, tirou da cartola e distribuiu uma nova encíclica sua intitulada «A Caridade na Verdade» (Caritas in Veritate).
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É impossível aceitar-se que todos estes cenários não tivessem sido a seu tempo montados.
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Conversa cifrada e o «Abre-te Sésamo»
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Numa primeira leitura, esta encíclica é simultaneamente frouxa e altamente ameaçadora para os caminhos democráticos ainda abertos à humanidade. Por um lado, nota-se que há uma grande massa de repetição de saber, ou seja, que Ratzinger reedita o palavreado piedoso tantas vezes repisado por ele e pelos seus antecessores. É o caso dos temas do trabalho, da pobreza, da espiritualidade, da ética e da bioética, da caridade, das causas do subdesenvolvimento, etc., etc. Por aqui, nada de novo. Trata-se da técnica da «árvore que oculta a floresta».
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Por outro lado, no entanto, o documento deve merecer muita atenção. O Vaticano tem um poder efectivo sobre povos e nações, na política, nas finanças internacionais e nas instituições católico-capitalistas como, aliás, Bento XVI reconhece nesta encíclica «Caridade na Verdade»: «A religião cristã e as outras religiões só podem dar o seu contributo para o desenvolvimento se Deus encontrar também lugar na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, económica e, particularmente, política». Maquiavel ou Escrivá de Balaguer, diriam outro tanto.
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Mas Ratzinger alia as suas propostas à imediata passagem à acção. O Estado nunca deveria estar separado da Igreja. A doutrina social católica deve ser reconhecida como «estatuto de cidadania». A caridade é a via mestra da doutrina social. O mercado não pode exercer uma função social e económica sem que sejam instaladas no Estado formas permanentes de solidariedade e de confiança recíprocas.
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Depois, Bento XVI serve o «prato forte» da sua culinária: a ONU não chega, é inoperante; é urgente a reforma da arquitectura financeira mundial: é necessário que as finanças voltem a ser um instrumento que tenha em vista a melhor produção da riqueza e do desenvolvimento. Assim sendo, Bento XVI propõe, do alto da sua cátedra pontifícia, uma «alta autoridade» que disponha de poderes absolutos sobre o funcionamento da ONU e que, literalmente, a refunda.
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Ratzinger falava com os 40 ladrões aos quais pregava o abre-te Sézamo que lhes há-de permitir cruzar as portas do Paraíso e encher de novo com tesouros a devastada caverna do capitalismo mundial.
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Tarde de mais. Os trabalhadores e os explorados não se deixarão enganar. Os ricos, as grandes fortunas, não abandonarão as suas rivalidades e a ganância que é a sua característica principal. O capitalismo será vencido pela firmeza das lutas de classe.
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in Avante . 2009.07.23
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Ler AQUI:
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"Caritas in veritate" Carta Encíclica, Bento XVI

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Portugal - Patronato nega Direitos dos Trabalhadores


Exemplo de dignidade e firmeza
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Há uns dias ficámos a conhecer mais um caso sobre como o patronato, muitas vezes de formas diferentes, procura chantagear, caluniar e impedir a concretização dos direitos de quem trabalha e das suas organizações. Sendo mais um entre tantos, este «caso» assume algumas particularidades.
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A entidade patronal da Fersoni, empresa do sector têxtil e vestuário sediada em Famalicão, decidiu dar mais um passo na sua já escandalosa acção de terrorismo psicológico contra os trabalhadores e as suas organizações. Uma história curta mas muito elucidativa. Tudo corria bem na empresa, até que as trabalhadoras tiveram a ousadia de, em Maio de 2006, eleger como delegada sindical Fátima Coelho – uma trabalhadora que há cerca de 25 anos trabalha neste grupo e que até Maio de 2006 tinha uma ficha disciplinar limpa, sem qualquer repreensão ou castigo.
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A partir do momento em que é eleita delegada sindical, a empresa iniciou um processo de autêntico terrorismo psicológico com vista a «dobrar» a delegada. Em Setembro de 2006, é-lhe instaurado um processo disciplinar por ter cometido o «crime» laboral de se ter levantado da linha de produção para ir buscar água para beber: cinco dias de castigo é o resultado da «gula» da trabalhadora.
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Em Dezembro de 2006, é novamente instaurado a Fátima um novo processo disciplinar, onde esta é acusada de roubar uma peça de vestuário, que levou ao seu despedimento. O processo é rapidamente contestado pelo sindicato e, após julgamento e depois de se ter provado a inocência o tribunal decide a sua reintegração, o que se vem a concretizar em Abril de 2008.
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A empresa, que tudo fez para se livrar da trabalhadora, não aceitou de bom grado a decisão do tribunal e, como tal, decidiu que não pagaria os salários em dívida à delegada sindical, tendo sido necessário recorrer a uma execução judicial de património da empresa para que se efectuasse o pagamento.
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Chantagem e perseguição
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A delegada sindical, numa postura de grande resistência e consagração dos direitos, é eleita, em Maio de 2008, para a direcção do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes; mais tarde para a direcção da União dos Sindicatos de Braga e, já em 2009, para a FESETE, federação sindical do sector.
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A participação sindical da agora dirigente, em particular na utilização dos tempos para a sua actividade sindical, efectua-se nos estritos termos em que o CCT e a lei prevêem. Lei e CCT com os quais a administração da Fersoni não está de acordo e, como tal, desencadeou uma nova ofensiva contra a trabalhadora, que passou por diversas formas. O objectivo era objectivamente atingi-la, afectar a sua dignidade, voltar contra si as restantes trabalhadoras. Em suma, criar um clima que levasse a trabalhadora a ceder do exercício dos seus direitos e deveres sindicais.
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Em Junho deste ano, Fátima Coelho recebe pela mão da empresa 333 euros (o correspondente ao seu salário), valor pago em moedas de 1 euro e de 1 cêntimo, uma postura que se insere numa estratégia de profunda humilhação. No dia 14 de Julho, a trabalhadora é impedida de entrar na empresa, informada que se encontra suspensa e que lhe tinha sido mais uma vez instaurado um processo disciplinar que era susceptível de colocar em risco a sua relação laboral com a empresa.
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Na véspera, a administração da Fersoni tinha posto a circular na empresa um abaixo-assinado que os trabalhadores eram «convidados» a assinar e onde eram colocados perante as seguintes opções: ou a permanência da Fátima Coelho ou o futuro da empresa.
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Cinco questões do nosso tempo
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Entre outros, este «caso» revela cinco questões que se enquadram muito claramente no momento político, económico e social em que nos encontramos.
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1. Questão salarial: a notícia vinda a público centrou-se em grande medida na forma de pagamento do salário (em moedas), mas não deu grande destaque ao conteúdo, ou seja, o valor. Esta trabalhadora aufere o Salário Mínimo Naconal (450 euros) e a empresa Fersoni é associada da ATP, associação patronal que está claramente a procurar bloquear a contratação colectiva, e onde a primeira proposta avançada foi de zero por cento de aumentos salariais;
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2. Chantagem que o patronato exerce sobre os trabalhadores, que neste caso assumiu a forma de «a Fátima ou a empresa». Mas temos visto de outras formas: a redução de salários ou a empresa; o sábado à borla ou a empresa; a passagem a contractos precários ou a empresa. Várias formas que têm sempre denominadores comuns – aumento da exploração, redução salarial e desregulação dos horários;
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3. Ataque ao movimento sindical de classe, aspecto muito claro neste processo. Os ataques da empresa coincidem com o reforço da organização sindical na empresa;
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4. O aspecto mais relevante e comum em todos estes acontecimentos é, sem dúvida, a resistência e luta desenvolvida pelos trabalhadores e pelas organizações de classe. É neste quadro de grande pressão que se têm desenvolvido importantes jornadas de luta e resistência que, assumindo formas diversas, constituem contributos fundamentais para travar as pretensões do patronato e do Governo.
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São disto exemplo a luta e resistência dos trabalhadores da Autoeuropa e do Arsenal do Afeite. Em várias empresas e sectores, o exemplo de trabalhadores, delegados, activistas e dirigentes de ORT`s que, com a sua postura digna, vertical, cujo o único interesse é a defesa dos direitos de quem trabalha, têm sido um exemplo para todos os seus camaradas trabalho, como é o caso de Fátima Coelho.
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5. E, por último, mas não menos importante, a solidariedade activa do PCP em toda esta luta de resistência e de exigência de mudança de rumo. Os trabalhadores podem continuar a contar com o seu partido de classe, podem contar com o PCP para continuar a lutar e resistir, com a certeza de que também não abdicaremos nem nos vergaremos perante as pretensões do patronato e da política de direita. Os trabalhadores podem continuar a contar com este grande Partido da luta, mas também de proposta, munido de soluções para uma vida melhor.
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in Avante - 2009.07.23
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O Capitalismo e a Negação dos Direitos Humanos


Comentário
Ataque à liberdade e à democracia
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Não há hoje na União Europeia (UE) documento de referência que não refira a «democracia», a «liberdade», a «justiça» e os «direitos humanos» como «valores comuns» que unem os seus países. A prática é, no entanto, bem diferente da propaganda.
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A prática da UE é a negação dos «valores» que afirma defender em muitas matérias. É a negação quando desrespeita a vontade do povo irlandês e lhe impõe um novo referendo sobre um Tratado (de Lisboa) que já tinha sido rejeitado por esse povo e pelos povos francês e holandês. É a negação quando procura atacar os direitos dos trabalhadores na flexigurança, na privatização dos serviços públicos da saúde, energia e transportes. É a negação quando a UE é parte do ataque a direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, como no caso dos «voos da CIA», com sequestros e torturas, ou na crescente selectividade e criminalização dos imigrantes.
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Foi em nome desses «valores comuns» que se criou, em 1993, com o Tratado de Maastricht, o chamado «Espaço Único de Liberdade Segurança e Justiça», no âmbito da Justiça e Assuntos Internos (JAI) da UE, em articulação com os EUA e com a NATO. Os atentados de Nova Iorque (EUA), em Setembro de 2001 levaram a fortes medidas de «excepção», posteriormente alargadas, em grande medida, à UE. Os atentados de Madrid em Março de 2004 e mais tarde, em Londres, em Julho de 2005, geraram o caldo de medo sobre o qual se «justificou» a importação dessas medidas ditas de combate ao terrorismo.
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No âmbito da presidência sueca do Conselho da UE, está prevista a aprovação de um plano de acção para a JAI no período 2009-2014, o Programa de Estocolmo, que, a ser implementado, constituirá um profundo ataque à liberdade e à democracia. O objectivo deste programa é tornar permanente muito do que até agora era considerado como cooperação caso a caso, sobretudo no que se refere à harmonização das medidas entre países e à transferência para a UE de competências que eram exclusivas dos estados, se o dito Tratado de Lisboa entrar em vigor.
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Novas formas de autoritarismo
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Através da aplicação do «princípio da convergência» entre medidas de segurança interna e de segurança externa, justificadas pelo combate ao terrorismo e aos imigrantes, a UE procura legitimar um conjunto de iniciativas que a consolidem como bloco imperialista, em parceria com os EUA. Atacando frontalmente a soberania nacional, o programa definirá princípios comuns no que se refere ao armazenamento e transmissão de dados pessoais, a criação de entidades resultantes da fusão de organismos de controlo fronteiriço de pessoas e bens e novas competências para a agência que vem coordenando o controlo das fronteiras dos países da UE com países terceiros, a FRONTEX.
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O «princípio da convergência» será de igual forma alargado a missões em países terceiros, o que poderá significar o uso de militares, paramilitares, polícia, protecção civil e outras agências sob comando de agências europeias. Pretende-se também com a aplicação deste princípio que o armazenamento de dados pelas agências de informação e segurança que actuam dentro e fora da UE seja harmonizado através de sistemas de informação compatíveis entre elas, para que todas possam aceder à informação de forma automática. O que até agora se fazia numa base de cooperação caso a caso, passa a ser feito automaticamente e sem necessidade de autorização do país em causa. Estão a ser desenvolvidos sistemas (software e hardware) que permitirão esta harmonização na recolha e armazenamento de dados, e a vigilância sobre viagens e comunicações, assim como sistemas de partilha de dados, análise de comportamento, recolha de indicadores biométricos (ex: fotografia, impressões digitais, altura), etc.
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O complexo industrial-militar tem muitos milhões de euros a ganhar com este programa e com a canalização de avultadas verbas para os seus programas de investigação. A tecnologia não é neutra, o seu uso ao serviço de um capitalismo cada vez mais agoniado e agressivo pode constituir um sério perigo não apenas para os povos dos países da UE, mas igualmente com outros países e regiões através de um efeito de contágio também visado por estas propostas.
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As medidas que estão a ser tomadas pela UE e pelos centros de decisão do sistema capitalista para combater a crise económica e financeira não constituem soluções para os problemas dos trabalhadores e dos povos. Novas explosões da crise do capitalismo seguir-se-ão, com a consequente intensificação da luta de classes. Novas formas de autoritarismo espreitam perigosamente à esquina.
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in Avante 2009.07.23
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Blogosfera e Big Brother na Internet

Leis Hadopi2 e Alfano
Big Brother na Europa

Depois do Conselho Constitucional francês ter chumbado a primeira versão da lei de Criação e Internet, conhecida como lei Hadopi, por considerar o acesso à Web um direito fundamental, o governo de Nicolás Sarkozy voltou à carga e fez aprovar no Senado, nas últimas semanas, uma nova versão do diploma, o Hadopi2.
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A discussão na câmara alta gaulesa foi realizada num tempo recorde, com os eleitos a dispor de escassos minutos para apresentarem os seus argumentos. Quase todas as propostas de emenda indicadas pela oposição foram rejeitadas (na qual, ao contrário de Outubro passado, se incluíam também os senadores do Partido Socialista Francês), com uma excepção, a possibilidade dos acusados de partilharem ficheiros protegidos por direitos de autor poderem solicitar uma audiência e fazer-se representar por um defensor legal, embora, importa frisar, o executivo de Sarkozy tenha igualmente em projecto acelerar a decisão judicial nestes casos, que podem ascender a centenas de milhares, em menos de uma hora.
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Acresce que a actual versão da norma, que se esperava que fosse votada anteontem, dia 21, na Assembleia Nacional, difere da primeira apenas porque transfere a competência de interrupção do fornecimento de Internet de uma autoridade administrativa para um tribunal, mas, ao invés, inclui no texto o termo «comunicações electrónicas», o que faz temer que a correspondência via e-mail possa vir a ser vasculhada pelas autoridades.
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Comentários punidos
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Mas não só na França se aperta a malha aos internautas. Também na Itália, o projecto-lei Alfano visa restringir a liberdade de expressão na rede.
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De acordo com informações divulgadas pelo rebelion.org, o diploma pretende universalizar o direito de réplica estendendo-o aos blogs e às páginas pessoais, com a agravante de que os multados, num valor que pode chegar aos 12 mil euros, tanto quanto contempla a lei transalpina a respeito da difamação em órgãos de comunicação social, não terão que ser condenados por uma autoridade judicial antes que seja executada a punição.
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Em protesto contra a lei Alfano, sábado, milhares de bloggers italianos abstiveram-se de publicar qualquer conteúdo. Uma concentração foi ainda realizada na Piazza Navona, em Roma.
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in Avante 2009.07.23
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Anti-comunismo e falsificação da História


OSCE aprova resolução anticomunista
Partidos comunistas e operários manifestam repúdio
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A Assembleia Parlamentar da OSCE adoptou uma resolução cujo objectivo é reescrever a história, negar o papel da União Soviética na derrota do nazi-fascismo e equiparar comunismo e fascismo.
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Em resposta à iniciativa da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, votada no passado dia 3 de Julho em Vilnius, capital da Lituânia, mais de 60 partidos comunistas e operários de todo o mundo divulgaram um protesto, que abaixo reproduzimos na íntegra, no qual manifestam o seu profundo repúdio e apelam à classe operária e aos trabalhadores para que rejeitem mais esta iniciativa anticomunista.
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«Condenamos energicamente a adopção na sessão regular da Assembleia Parlamentar da OSCE, realizada a 3 de Julho de 2009, em Vilnius, Lituânia, de uma nova resolução anticomunista intitulada “Europa dividida reunificada”, cujo conteúdo distorce grosseiramente a história e nega o papel da União Soviética na vitória sobre o nazi-fascismo. A resolução equipara comunismo e nazi-fascismo.
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«Os que assim procedem, ocultam que foi a União Soviética que deu o maior contributo para a libertação da Europa do nazi-fascismo. Os autores da resolução – os falsificadores da história – pretendem branquear os que, no pacto de Munique, em 1938, entregaram a Checoslováquia, permitindo a eliminação de um Estado independente e a subjugação dos povos checo e eslovaco ao nazi-fascismo.
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Os que votaram favoravelmente a adopção da referida resolução, justificam e encorajam «uma caça às bruxas» contra os comunistas em diversos países da OSCE nos quais os comunistas são já perseguidos, as suas organizações de juventude proibidas e os seus partidos perseguidos pelo uso do símbolo da foice e do martelo.
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«Acresce que a resolução oferece ampla cobertura à perseguição da ideologia comunista e à adopção de medidas contra os partidos comunistas.
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«Ao mesmo tempo, testemunhamos a actual reabilitação do nazismo e dos nazis em numerosos países, incluindo no país que acolheu a sessão da Assembleia Parlamentar da OSCE.
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«Não podemos permitir que ninguém insulte a memoria dos antifascistas e participantes do movimento de resistência que perderam a vida na luta contra o nazismo.
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«O agravamento do anticomunismo na Europa não é um fenómeno transitório. Demonstra o medo das classes dominantes face à profundidade da crise capitalista, à revigorada actualidade da reivindicação do fim da exploração capitalista e da urgência e necessidade de mudanças de fundo na sociedade.
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«A classe operária e os trabalhadores, independentemente de estarem de acordo ou em desacordo com os comunistas, devem repudiar decididamente a campanha anticomunista, sobretudo porque a história já provou que o anticomunismo é a antecâmara de ofensivas generalizadas contra direitos sociais e democráticos dos povos.
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«Respondamos aos provocadores e anticomunistas através da conjugação de forças na luta pelos direitos dos trabalhadores, pelo socialismo».
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Os partidos subscritores:
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«Partido Comunista da Argentina; Partido Comunista da Arménia; Partido Comunista do Bangladesh; Partido Comunista da Bielorrússia; Partido dos Trabalhadores da Bélgica; Partido Comunista do Brasil; Partido Comunista da Grã-Bretanha; Novo Partido Comunista da Grã-Bretanha; Partido Comunista da Bulgária; Partido Comunista do Canadá; AKEL – Chipre; Partido Comunista da Boémia e Morávia; Partido Comunista da Dinamarca; Partido Comunista na Dinamarca; Partido Comunista da Finlândia; Partido Comunista Alemão; Partido Comunista da Grécia; Partido Comunista dos Trabalhadores Húngaros; Partido Comunista da Índia; Partido Comunista da Índia (marxista); Partido do Povo do Irão [Tudeh]; Partido Comunista da Irlanda; Partido dos Trabalhadores da Irlanda; Partido da Refundação Comunista; Partido dos Comunistas Italianos; Partido Comunista da Jordânia; Partido dos Comunistas da Quirguízia; Partido Comunista da Letónia; Partido Comunista Libanês; Partido Socialista da Lituânia; Partido Comunista do Luxemburgo; Partido Comunista da Macedónia; AKFM – Madagáscar: Partido Comunista de Malta; Partido dos Comunistas – México; Partido Popular Socialista do México; Novo Partido Comunista da Holanda; Partido Comunista da Noruega; Partido Comunista do Paquistão; Partido Comunista Peruano; Partido Comunista das Filipinas – PKP 1930; Partido Comunista da Polónia; Partido Comunista Português; Partido Comunista Romeno; Partido Comunista da União Soviética; Partido Comunista da Federação Russa; Partido Comunista dos Trabalhadores Russos – Partido Comunista Revolucionário; Novo Partido Comunista da Jugoslávia; Partido dos Comunistas da Sérvia; Partido Comunista da Eslováquia; Partido Comunista Sul-Africano; Partido Comunista dos Povos de Espanha; Partido Comunista de Espanha; Partido dos Comunistas da Catalunha; Partido Comunista do Sri Lanka; Partido Comunista da Suécia; Partido Comunista da Síria; Partido Comunista da Turquia; Partido Comunista da Ucrânia; União dos Comunistas da Ucrânia; Partido Comunista da Venezuela».
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in Avante - 2007.07.23
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«Assassination right» - a farsa


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Um método recorrente de manipulação político-mediática ao serviço do imperialismo é a ocultação e mistificação de factos históricos para encaixar nas teses que melhor servem os seus objectivos. Tal como há muito se gabam os figurões do «império», uma linha ideológica da White House, mesmo uma mentira descomunal, orquestrada pela CIA, está em condições de se tornar «pensamento único», omnipresente nos media dominantes do planeta.
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Vem isto a propósito dos «despachos» de Washigton DC que dizem que Obama e os seus homens em Langley descobriram agora um programa secreto de assassínio selectivo de «dirigentes terroristas». O programa teria sido sonegado durante oito anos ao Congresso e nem Obama nem a actual direcção da CIA teriam sabido da sua existência. Felizmente que «o programa não passou da fase de treino».
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Sobre esta matéria três notas. A primeira é que a CIA já não é o que era - falhou a fonte interna e também a «antena» de Lisboa, que em Outubro 2001 enviou a sinopse do Avante incompleta. Dizia-se então nesta coluna: “«o «assassination right» - direito de assassínio pelas forças especiais dos USA de dirigentes estrangeiros, interdito há 25 anos, é uma das anunciadas «medidas de contra resposta» ao 11 de Setembro, assim o assumiram o Vice Presidente Cheney e o Senador Graham, tendo este esclarecido: «devemos poder mata-los antes que nos matem a nós»”.
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A segunda é que nunca aconteceram estes anos de terrorismo de Estado, de massacres de inocentes e assassínios arbitrários no Iraque, Afeganistão, Paquistão, etc., não houve raptos nem assassínios da CIA, da Mossad e outros «amigos», sem nada a ver com o «direito à legítima defesa» da Carta da ONU. Obama não sabe de coisa nenhuma, é um anjo (embora negro) na Presidência dos USA e a sua administração imperialista está inocente e em «estado de graça» por muitos anos.
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A terceira é que é mera «coincidência» que esta operação de branqueamento de Obama & CIA aconteça quando os USA e NATO aprofundam a agressão colonial no Afeganistão e Paquistão e quando, depois de tanto esforço para ocultar o escândalo, incluindo dos «democratas», ficou provado que o agente da CIA e actual Chefe de Estado Maior Afegão, Abdul Dostum, comandou em 2001 o assassínio em massa de milhares de prisioneiros de guerra.
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É tudo uma farsa do imperialismo. Mas trágica e criminosa.
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in Avante - 2009.07.23
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Anti-comunismo e fascistas em Portugal e na União Europeia


RECORRÊNCIAS PERIGOSAS

A semana que passou foi, no plano mediático, marcada pela recorrente exibição de anticomunismo primário de Alberto João Jardim.
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Múltiplos grandes títulos, complementados com as inevitáveis análises produzidas pelos inevitáveis analistas de serviço, catapultaram o vómito para o lugar de notícia do dia durante vários dias.
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E nada disto espanta: nem a reincidência do líder do PSD/Madeira que, saudoso do passado fascista, veio retomar uma «proposta» que já havia feito em 2003 nem o espalhafato dos média dominantes, fingindo que estavam a noticiar uma novidade, mas, de facto, associando-se e dando nova dimensão à provocação anticomunista de Jardim; nem o silêncio de Manuela Ferreira Leite e da direcção do PSD, remetendo a sua opinião para a futura revisão da Constituição – talvez alimentando o sonho de, para tal revisão, interromperem a democracia por seis meses (ou mesmo mais…) de modo a poderem sacar do texto constitucional o que, nele, de Abril resiste, designadamente o seu conteúdo antifascista.
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Registe-se, entretanto, que tudo isto não pode ser visto desligado da campanha anticomunista em curso e do conjunto de intenções expressas e de decisões tomadas nos últimos tempos, em vários países – sempre a partir da perversa equiparação de comunismo com fascismo como caminho para criminalizar o primeiro e branquear o segundo; sempre na calha da poderosa ofensiva da ideologia dominante que tem como linha essencial a sacralização do capitalismo e a diabolização do comunismo - e sobretudo sempre procurando esconder e escamotear essas verdades incontornáveis que nos mostram que o fascismo é, sempre, uma expressão do capitalismo e que o anticomunismo é, sempre, antidemocrático.
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No caso concreto de Portugal, quem viveu no tempo do fascismo – ou quem sobre esse tempo colheu informação verdadeira (naturalmente, fora do universo dos média dominantes…) – sabe que equiparar fascismo e comunismo significa equiparar os opressores e os que resistiram à opressão; os que brutalmente liquidaram a liberdade e os que por ela lutaram correndo todos os riscos; os inimigos intransigentes da democracia e os que a defenderam intransigentemente; os repressores e os reprimidos; os carrascos e as vítimas; os torturadores e os torturados, enfim, os fascistas e os democratas.
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E a verdade é que o ódio ao PCP por parte destes democratas de ocasião decorre do facto de essa resistência heróica dos comunistas continuar a irritá-los, sabendo como sabem – mas não querem que se saiba – que, quando lutar pela democracia e pela liberdade tinha como consequência inevitável a prisão, a tortura, muitas vezes a morte, os comunistas ocuparam sempre a primeira fila dessa luta – da mesma forma que, derrubado o fascismo, estiveram na vanguarda da construção da democracia de Abril e, posteriormente, na defesa dessa democracia encabeçando a luta contra a política de direita, a política da contra-revolução de Abril.
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E é esta postura do PCP, sempre do lado da democracia, da liberdade e dos interesses dos trabalhadores, do povo e do País que eles não toleram.
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Com tudo isto, o PCP foi provavelmente, o partido mais falado, nos últimos dias, nos média dominantes, facto que eles registarão, para efeito estatístico em matéria de pluralismo...
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E com tudo isto, todos esses média persistiram no alheamento (ou pior do que isso) em relação à intensa intervenção dos comunistas: para eles, as centenas de iniciativas levadas a cabo em todo o País, com a participação de milhares de homens, mulheres e jovens, não são notícia; nem os vários debates com vista à construção do Programa Eleitoral do PCP para as legislativas; nem nada que tenha a ver com o esforço de análise da realidade nacional, de procura de soluções e de propostas para livrar o País da grave situação criada por três décadas de política de direita.
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E quando, para os tais efeitos estatísticos, cobrem uma iniciativa do PCP, é regra geral para a menorizar ou para deturpar o seu conteúdo.
Entretanto, as consequências da política de direita continuam a fazer-se sentir, cada dia de forma mais gravosa, na vida da imensa maioria dos portugueses.
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Como há dias referiu o secretário-geral do PCP, Portugal está no topo dos países da União Europeia com mais profundas desigualdades sociais. A pobreza, em muitos casos extrema, atinge mais de dois milhões de portugueses. E não vale inventar explicações para fugir à verdade, como faz todos os dias o primeiro-ministro. As causas desta sombria realidade estão na política de direita, na sua natureza anti-social, na sua cada vez mais desigual e injusta repartição da riqueza - nesta política geradora do desemprego – que atinge mais de 600 mil trabalhadores, metade dos quais sem receber qualquer subsídio; do emprego precário – fonte de insegurança e fonte de desvalorização dos salários; dos baixos salários e dos salários em atraso; das reformas de miséria…
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Enquanto do outro lado desta trágica realidade, numa ofensa aos dramas vividos por milhões de pessoas, a imensa minoria composta pelos grandes grupos económicos e financeiros, continua a acumular riqueza mesmo em «tempo de crise», como o confirmam os mais de 500 milhões de euros de lucro dos cinco maiores bancos nos primeiros três meses deste ano – ou os 550 milhões de euros de lucro arrecadados, no mesmo período, pelos cindo maiores grupos económicos do sector da energia e comunicações.
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E é por uma alternativa a esta política que se bate o PCP: combatendo-a, contrapondo-lhe a política necessária e lutando pela sua concretização.
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in Avante - 2009.07.23
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quarta-feira, julho 29, 2009

Federação Ibérica?

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Federação ibérica é ideia que entusiasma mais portugueses que espanhóis

28 Jul "De Espanha nem bons ventos, nem bons casamentos" parece ser um adágio completamente desajustado do que pensam hoje os portugueses sobre o país vizinho.

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28 Jul Só 1,2% dos espanhóis sabem que Sócrates é o primeiro-ministro de Portugal...


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in Jornal de Notícias

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Eis uma lista das comunidades e cidades autônomas:

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Os idiomas da Espanha (simplificado)
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██ Espanhol oficial; falada em todo o país

██ Catalão/Valenciano, co-oficial

██ Basco, co-oficial

██ Galego, co-oficial

██ Aranês, co-oficial (dialeto do Occitano)

██ Asturiano, reconhecida

██ Aragonês, não oficial

██ Leonês, não oficial

██ Extremenho, não oficial

██ Fala da Extremadura, não oficial

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O idioma oficial e o mais falado no conjunto da Espanha, por 99% da população, é o espanhol, língua materna de 89% dos espanhóis, [13] que pode receber a denominação alternativa de castelhano. [14] [15] a estimação do número de falantes em todo o mundo vai desde os 450 [16] aos 500 milhões [17] [18] [19] de pessoas, sendo a segunda língua materna mais falada depois do Chinês. [20] [21] [22] Se prevê que se torne a segunda língua de comunicação internacional depois do inglês no futuro, e é a segunda língua mais estudada após o mesmo. [23]

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Além disso, se falam outras línguas que podem ser oficiais em suas regiões, de acordo com a Constituição e os Estatutos de Autonomia de cada Comunidade Autônoma, e co-oficiais para o resto do país. Ordenadas por número de falantes, estas Línguas são:

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Também se falam uma série de línguas ou dialetos románicos que não tem status de língua oficial: o asturiano, falado em Astúrias [25] (chamado Bable), Leão, Zamora (chamado “leonés”), Salamanca e Extremadura [26] (chamado “extremenho”) e o “aragonês” no norte de Huesca.

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O aranês, variante do occitano, é considerada co-oficial na Catalunha, [27] onde é e falada nos municípios do Vale de Arán (Lérida).

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Igualmente, o português é falado em algumas localidades fronteiriças extremenhas, principalmente por portugueses ali residentes.

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A Espanha ratificou em 9 de abril de 2001 a Carta Européia das Línguas Minoritárias ou Regionais [28] do Conselho Europeu.[29]

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