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| Um método recorrente de manipulação político-mediática ao serviço do imperialismo é a ocultação e mistificação de factos históricos para encaixar nas teses que melhor servem os seus objectivos. Tal como há muito se gabam os figurões do «império», uma linha ideológica da White House, mesmo uma mentira descomunal, orquestrada pela CIA, está em condições de se tornar «pensamento único», omnipresente nos media dominantes do planeta. . Vem isto a propósito dos «despachos» de Washigton DC que dizem que Obama e os seus homens em Langley descobriram agora um programa secreto de assassínio selectivo de «dirigentes terroristas». O programa teria sido sonegado durante oito anos ao Congresso e nem Obama nem a actual direcção da CIA teriam sabido da sua existência. Felizmente que «o programa não passou da fase de treino». . Sobre esta matéria três notas. A primeira é que a CIA já não é o que era - falhou a fonte interna e também a «antena» de Lisboa, que em Outubro 2001 enviou a sinopse do Avante incompleta. Dizia-se então nesta coluna: “«o «assassination right» - direito de assassínio pelas forças especiais dos USA de dirigentes estrangeiros, interdito há 25 anos, é uma das anunciadas «medidas de contra resposta» ao 11 de Setembro, assim o assumiram o Vice Presidente Cheney e o Senador Graham, tendo este esclarecido: «devemos poder mata-los antes que nos matem a nós»”. . A segunda é que nunca aconteceram estes anos de terrorismo de Estado, de massacres de inocentes e assassínios arbitrários no Iraque, Afeganistão, Paquistão, etc., não houve raptos nem assassínios da CIA, da Mossad e outros «amigos», sem nada a ver com o «direito à legítima defesa» da Carta da ONU. Obama não sabe de coisa nenhuma, é um anjo (embora negro) na Presidência dos USA e a sua administração imperialista está inocente e em «estado de graça» por muitos anos. . A terceira é que é mera «coincidência» que esta operação de branqueamento de Obama & CIA aconteça quando os USA e NATO aprofundam a agressão colonial no Afeganistão e Paquistão e quando, depois de tanto esforço para ocultar o escândalo, incluindo dos «democratas», ficou provado que o agente da CIA e actual Chefe de Estado Maior Afegão, Abdul Dostum, comandou em 2001 o assassínio em massa de milhares de prisioneiros de guerra. . É tudo uma farsa do imperialismo. Mas trágica e criminosa. . . in Avante - 2009.07.23 . .
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