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sexta-feira, julho 31, 2009

People Weekly's World: salário mínimo é insuficiente



Celeste Henderson é uma mãe que hoje em dia está no noticiário, mas apenas como estatística. Ela é um dos milhões de trabalhadores de baixa renda que são afetados pelo aumento do salário mínimo na próxima sexta-feira. O salário mínimo nacional será aumentado de US$ 6,55 para US$ 7,25 a hora.

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Por John Wojcik, para o People's Weekly World


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Essa mãe solteira de 26 anos trabalha como garçonete, enquanto cria seu filho de três anos em uma casa onde também vivem sua mãe, pai e irmãos.

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Ela disse que chorou muito durante mais de um ano depois do nascimento de seu filho, em parte porque o pai da criança "não queria ver seu filho" e em parte porque "tenho de passar dias e noites no restaurante".


"Mas já deixei de chorar por causa disso", disse ao jornal do PC dos Estados Unidos, People Weekly's World, e "o aumento de salário já me fez sorrir de novo".

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O restaurante no qual trabalha Celeste está situado no centro da cidade de Topeka.

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"Sou garçonete e como não é um restaurante grande, não temos ajudantes que limpem e eu termino por fazer tudo sozinha", disse. "O pagamento não é muito bom, embora seja um pouco maior nos fins de semana, quando há pratos especiais, servidos em rodízio".

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Celeste explicou que o dono do local é cuidadoso e que ela ganha, além do salário, as gorgetas. Ela disse que o patrão paga os US$ 6,55 por hora garantidos pelo governo federal.

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Disse que se sentia "emocionada" pelo aumento, "por que sei que eu não vou chegar em casa com menos que US$ 7,25 a hora, para cada hora a mais que fizer também".

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Celeste diz que dá graças aos bons vizinhos de Meriden. Randy, seu filho, "conseguiu toda sua roupa e quase todos os seus brinquedos dados pelos vizinhos, cujos meninos que já cresceram bastante".

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"Tudo isso dá voltas na minha cabeça. Setenta centavos a mais por hora. Quem sabe agora conseguirei comprar alguma coisa. Me sinto muito envergonhada de não poder comprar até coisas pequenas para meu bebê".

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"Em alguns anos ele estará pronto para is à escola. Tomara que com este aumento eu consiga economizar um pouco para comprar o que ele precisar".

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"Eu gostaria de comprar um brinquedo novo para ele, que fosse especial, uma coisa que não tivesse sido usada. Já imaginou como ele ficará feliz?", pensa ela. Os economistas dizem que o poder de comprar um tal brinquedo "especial" por milhões de mães como Celeste Henderson poderia estimular um bocado a economia.

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Kai Filion, economista para o Instituto de Política Econômica, organização apoiada pelos sindicatos, diz que os aumentos no salário mínimo são "uma maneira política muito efetiva e simples que cumpre com ambos, ajudar as famílias que estão lutando para viver e a meta de criar empregos".

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"Aumentando a renda líquida que as pessoas obtém em seus empregos, os trabalhadores conseguem segurança econômica e a capacidade de poder comprar bens e serviços e, assim, criar empregos para outros americanos", assinalou Filion.

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O movimento sindical e os economistas progressistas apontam que, entretanto, até com um salário mínimo mais alto, os trabalhadores americanos ainda seguem perdendo.

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"Embora tenham um aumento no salário mínimo para US 7,25 a partir de amanhã para os 4,5 milhões de trabalhadores estadunidenses que ganham o mínimo", esse salário compra menos do que comprava há 30 anos, de acordo com Heidi Shierholz, outra economista do Instituto de Política Econômica.


O problema da baixa no salário real, isto é, o que alguém pode comprar com o que recebe, para a maioria da classe trabalhadora é um problema que os ricos não tem.


"A parcela do um por cento de cima da pirâmide está vivendo muito bem", de acordo com um relatório publicado pelo Instituto nesta semana. Os ricos "mais que duplicaram sua renda entre 1979 e 2006. A renda do um por cento dos mais ricos cresceu cerca de 23%, isto é, cresceu em média US$ 1,3 milhões por cada lar".


A AFL-CIO reportou que os chefes das corporações receberam quase US$ 2, 1 bilhões dos US$ 6,4 que todo mundo recebeu em salários pagos no país durante o ano de 2007. Isso não inclui o valor de ações e outros benefícios que essas pessoas tem.

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"A classe trabalhadora dos Estados Unidos mostrou em novembro do ano passado que, resolutamente, quer uma mudança", disse a federação sindical em um comunicado, "temos de refazer o marco da nação para fortalecer a classe média e acabar com a desigualdade de renda entre os de cima e o resto de nós é algo fundamental para fazer essas mudanças".

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Atualmente muitos estados estão tratando de aumentar o salário mínimo. Como exemplo, o Partido Democrata de Michigan declarou esta semana que estão considerando uma iniciativa para aumentar o salário mínimo por meio de um referendo, onde os eleitores decidirão se aumentarão o salário mínimo no Estado de US$ 7,40 para US$ 10 a hora.

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People's Weekly World
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in Vermelho - 30 DE JULHO DE 2009 - 17h35
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