Ensino Superior: Mulheres com menos de 35 anos são a maioria
* André Pereira
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A maioria dos desempregados com habilitação superior pertence às áreas das Ciências Empresariais, das Ciências Sociais e do Comportamento e da Formação de Professores e Ciências da Educação. No conjunto, as três áreas representam 41,4 por cento dos indivíduos registados em centros de emprego com bacharelato, licenciatura, mestrado ou doutoramento. Dos mais de 37 mil desempregados licenciados no final de 2008, 69 por centro são mulheres, 40 por cento moram no Norte e 72 por cento têm menos de 35 anos.
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'Há que diferenciar os grupos de desempregados registados nos centros de emprego. Os diplomados até estão numa situação mais favorável do que os restantes, com uma média de oito meses de espera até encontrarem uma posição no mercado de trabalho', explica ao CM Francisco Madelino, presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
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No que respeita às Ciências Empresariais, os cursos com mais registos nos centros de emprego são Gestão, Contabilidade e Marketing. Já nas Ciências Sociais e do Comportamento, os diplomados em Economia, Psicologia e Sociologia são os mais afectados. Na Formação de Professores/Formadores e Ciências da Educação, os piores cursos são os de Educadores de Infância e Ensino Básico – 1º Ciclo.
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No sentido contrário, explica Francisco Madelino, as áreas de formação com maior empregabilidade são 'as engenharias tradicionais'. 'Além da Medicina, por razões óbvias, as engenharias, como Construção Civil, Electrotécnica e Informática também são de grande empregabilidade', indica, acrescentando que 'quem tem formação em Línguas, Informática ou Físicas rapidamente obtém uma saída profissional'.
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CURSOS DE DIREITO ASSUSTAM
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A maioria dos diplomados na área do Direito exerce funções em profissões que nada têm a ver com a advocacia. Com o número de vagas para os cursos de Direito a aumentar para 1230 este ano, o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, não escondeu a sua preocupação, aconselhando mesmo os candidatos ao Ensino Superior a 'fugir da advocacia'. 'O País já está encharcado de licenciados em Direito, que estão desempregados ou trabalham noutras áreas', disse António Marinho Pinto ao CM após a divulgação do número de vagas ao concurso nacional de acesso ao Ensino Superior.
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As Faculdades de Direito de Coimbra e Lisboa são responsáveis por 30,7 por cento dos 1115 diplomados na área de Direito inscritos nos centros de emprego. O ensino privado, porém, coloca no desemprego 588 diplomados, contra os 526 do público.
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PERGUNTAS & RESPOSTAS
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- Como mudo de curso?
- Cada instituição tem o seu procedimento, mas estará sempre sujeito ao número de vagas. Se pedir a transferência do curso para outra instituição serão contabilizados cerca de 90 por cento das cadeiras já completas. Se mudar de curso, o processo das equivalência terá de ser analisado.
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- Posso reingressar num curso?
- Sim. Basta pedir o reingresso nos serviços académicos da instituição onde iniciou o curso.
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- Posso tirar outra licenciatura?
- Os titulares de um curso superior têm um concurso especial. Cada estabelecimento define as suas regras.
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- Quem pode candidatar-se ao Ensino Superior?
- Todos os que tiverem concluído o Ensino Secundário e realizado as provas de ingresso.
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REACÇÕES
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'Para quem tira um curso na área do Ensino as alternativas não são muitas para não dizer que não existem. Nunca houve tantas actividades a precisar de professores como agora, mas por razões económicas estão a cortar na profissão.' (Mário Nogueira, S.G.Fenprof)
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'Existem cerca de 26 500 advogados. Há demasiada oferta. Podem sempre optar por profissões como escrivão ou funcionário judicial, mas quem tira o curso de Direito não quer ir para essas profissões.' (Marinho Pinto, O. Advogados)
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'Durante muitos anos, a profissão esteve desregulada e agora corremos atrás do prejuízo. Muitos estão desempregados, mas não faltam áreas a precisar de psicólogos, como o desporto, a saúde, a reabilitação ou até a empresarial.' (Telmo Baptista, O.Psicólogos)
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PERFIL DO DESEMPREGADO COM HABILITAÇÃO SUPERIOR
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TOTAL DE INSCRITOS NOS CENTROS DE EMPREGO EM JANEIRO 2008: 416 005
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- Inscritos com habilitação superior – 37 176
SEXO
– Feminino – 68,5 % (25 475)
- Masculino – 31,5 % (11 701)
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IDADE
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25 – 34 anos - (50,3%) 18 710
35 – 54 – (23,6%) 8 764
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REGIÃO
– Norte – 39,7% (14752)
- Centro – 25,4% (9436)
- Lisboa – 26,3 % (9781)
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TEMPO DE INSCRIÇÃO NO CENTRO DE EMPREGO
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3-6 meses – 25,7% (9560)
6-12 meses – 17,3% (6448)
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SITUAÇÃO DE PROCURA
33,3% - 1º Emprego
66,7% Novo Emprego
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GRAU ACADÉMICO
87,7% Licenciatura – 32615
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SUBSISTEMA DE ENSINO
Público – 64,6% (20830)
Universitário – 11 900 (36,9%)
Politécnico – 8930 (27,7%)
Privado – 35,4% (11426)
Universitário – 8108 (25,1%)
Politécnico – 3318 (10,3%)
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NOTAS
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OPORTUNIDADES: MAIORES DE 23
O ‘Maiores de 23’ destina-se a pessoas com elevada experiência profissional sem curso superior. O candidato apresenta uma tese sobre a sua área profissional que será avaliada por um júri.
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ACESSO: 1.ª FASE EM ABERTO
Os alunos que fizeram os exames nacionais na 2.ª fase ainda podem candidatar-se à 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior de 31 de Julho a 7 de Agosto.
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COLOCAÇÕES: SETEMBRO
As listas de colocação serão divulgadas a 14 de Setembro. A segunda fase do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior decorre entre os dias 14 e 18 de Setembro.
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Senhora ministra eu nao compriendo tantos medicos sem trabalho e porque vem medicos de fora serao a borla? acho estranho
Não faz mal, que o Sócrates já prometeu subsídio de desmprego para toda a gente, inclusive para quem não acabou o curso
A maioria deles quando iniciaram o curso já deviam de contar com isso.Mas,todo o mundo quer ser doutor...
De facto estão mais bem preparados para fazer outros serviços!ou só querem gabinetes? e quem faz o trabalho para a econo
São poucos os que têm um lugar à sua espera quando acabarem os cursos, e nem seria justo...têm fazer o que aparecer!
Ter um canudo não significa que tenha emprego, portanto noutras áreas poderão ser mais úteis com a formação que têm!...
Estar desempregado,nao e nada agradavel. Mas, isto prova que Pt. e o pais dos doutores.
Peçam ao ministro do Ensino Superior para lhes dar trabalho. O Gago sempre disse que não há desemprego no sector
Que tristeza tantos anos a estudar e no fim nao ter trabalho e muitos a passar mal
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